14/04/2015 18:35
Mais de 478,3 mil microempreendedores individuais possuem seu próprio negócio e
recebem Bolsa Família
Brasília, 14 – Moradora do município de Alto Araguaia (MT), Sandra Santos da Silva Rezende
se emociona ao contar sua história de superação. Com 40 anos e mãe de três filhos, ela saiu
de uma crise financeira e se curou de uma depressão com a ajuda do curso de manicure e
pedicure do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Hoje
sou uma microempreendedora bem-sucedida, tenho meu próprio salão de beleza e ajudo a
minha família”, diz.
A mudança começou em 2008, quando Sandra estava desempregada e enfrentava uma
depressão devido às dificuldades financeiras. "Meu filho pedia uma bolacha e eu não tinha
para dar. Meu esposo era o único que estava trabalhando." Ela conta que nessa época
recebia o Bolsa Família e que o dinheiro do benefício era de grande ajuda. "Eu contava
os dias para esse dinheiro chegar, pois era com ele que eu comprava comida para os meus filhos."
Com tantos problemas, Sandra decidiu mudar de vida e se inscreveu para o curso de
manicure e pedicure do Pronatec, voltado à população de baixa renda. "No começo foi
difícil e eu quase desisti, mas a professora me deu força e persisti até o final." Depois
de formada, começou a bater de porta em porta para apresentar seus serviços e, assim,
conquistou suas primeiras clientes. "Depois resolvi alugar um espaço para montar o meu
próprio salão, que já está a quase um ano funcionando. Tenho clientes fixas e tiro até
mil reais por mês. É com esse dinheiro que eu ajudo a pagar as contas na minha casa."
Sandra não para por aí. Continua fazendo cursos para ampliar seu salão e ter mais renda.
"Quero crescer profissionalmente e poder ajudar cada vez mais a minha família." Pensando
no futuro, paga o INSS como autônoma para garantir sua aposentadoria. "Incentivo também
meus filhos a fazerem os cursos do Pronatec. Dois deles já fizeram cursos de informática e
o mais velho está terminando o curso de técnico em segurança do trabalho."
Hoje ela não precisa mais do Bolsa Família e quer que esse dinheiro, que tanto ajudou sua
família, melhore a vida de outras pessoas mais necessitadas. "Eu aconselho outras
beneficiárias do Bolsa Família a fazerem cursos do Pronatec. É difícil depender do marido,
nós nos sentimos inferiores. Temos que correr atrás e persistir." Para ela, mulher tem que
ser independente, tem que batalhar e deixar de depender do benefício social. "Para começar
você não precisa de muita coisa. Persistência é a alma do negócio."
O Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se
legaliza como pequeno empresário. Desde 2011, já são 1,2 milhão de microempreendedores
inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e 478,3 mil deles
recebem o Bolsa Família.
Para o diretor de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome (MDS), Luiz Müller, os beneficiários do Bolsa Família trabalham muito,
porém muitas vezes são trabalhadores informais. "A qualificação profissional permite que
empreendedores, até então informais, se formalizem como MEI. Assim, eles acessam
direitos que os demais trabalhadores formais já têm, melhorando sua condição de vida."
Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60
mil/ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também
pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
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