segunda-feira, 6 de abril de 2015

Site promove ódio contra negros; saiba como denunciar


Site propaga racismo abertamente com frases de ódio, deboche e agressão contra os negros. Denúncias serão enviadas para o 

Ministério Público e a Polícia Federal para que se inicie uma

 investigação.

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Imagens com frases alteradas (Imagem: Pragmatismo Político)
Maíra Streit, Revista Fórum
Lutar contra o racismo foi a principal motivação da estudante de Antropologia da Universidade 
de Brasília (UnB), Lorena Monique, ao criar o tumblr #AHBRANCODAUMTEMPO. Inspirada em 
uma campanha da Universidade de Harvard, ela desenvolveu um ensaio fotográfico com pessoas 
Você é um negro de alma branca”, “Você lava o seu cabelo?”, “Sempre quis saber como é 
uma negra na cama” foram algumas das mensagens trazidas nas fotos pelos participantes. 
Porém, não demorou muito para a iniciativa causar incômodo entre os mais conservadores.
As imagens, criadas para combater a discriminação, foram alteradas com frases de ódio,
 deboche e forte preconceito contra os negros. Os autores da ação ainda não foram identificados.
Na opinião de Lorena, idealizadora do projeto, esse tipo de ataque evidencia ainda mais a necessidade de enfrentar o problema. “Sempre existiram covardes que desestimulam e 
ridicularizam toda a nossa luta, por mais simplória que seja. A estes, tenho a missão de dizer 
que não me deixarei abater, sinto que somos vistos, sinto que causamos desconforto e isto é
 um bom sinal. Sou forte, somos fortes. A luta é minha, a luta é nossa, a luta é de todos que 
almejam igualdade real nos direitos sem distinção de gênero, cor, credo e opção sexual”, 
afirmou.
O caso pode ser considerado crime cibernético, por promover o ódio e a violência contra 
indivíduos com base em questões raciais. De acordo com informações da organização não governamental SaferNet, em nove anos de funcionamento a entidade já recebeu quase 470
mil denúncias de racismo, envolvendo 69 mil páginas na internet, vinculadas a 54 diferentes
 países.
As queixas podem ser feitas aqui e, após análise, serão enviadas para o Ministério Público e a
 Polícia Federal para que se inicie uma investigação. No caso de sites estrangeiros, a SaferNet encaminha para canais de denúncias internacionais.
Compare algumas fotos originais do projeto e como ficaram depois das alterações:
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