Postado em 18 ago 2015
Lula é o alvo da plutocracia.
Isso está claro. Dilma, com as unhas aparadas, fica até 2018.
O problema é Lula.
Quem poderia enfrentá-lo na direita? São todos mirins. Ao mesmo tempo, também o PT, sem Lula, vira um adversário muito mais fácil de bater.
Tirar Lula é a prioridade, portanto.
A mídia comanda, como sempre, a perseguição.
Vale tudo, como você pode observar. A prova não está na Veja, que há dez anos, semana sim, semana não, anuncia o fim de Lula.
Esqueça, portanto, a Veja, que figura já no manicômio da imprensa.
Mas repare no Globo.
Numa coisa, em particular. Dias atrás, Lula desmentiu ser dono de um apartamento no Guarujá que ele poderia comprar com o dinheiro de uma palestra.
O Globo respondeu oficialmente. É o tipo de resposta que quem milita ou militou na imprensa sabe que foi lida e aprovada pelos patrões.
Isso dá a ela mais importância ainda.
A contraargumentação da Globo é centrada, toda ela, na vizinhança.
Não há um único documento, não há uma única prova.
A vizinhança disse.
Quem é essa enigmática vizinhança, o leitor não fica sabendo. Batata.
Mas que cultura editorial é esta que baseia uma denúncia – porque era este o tom do Globo – na vizinhança?
Parece piada, parece coisa do Sensacionalista. Mas é o Globo nesta fase mata-Lula.
A vizinhança disse que Lula foi visto “três vezes” no prédio.
Ainda que fosse verdade – onde uma foto neste tempo de orgia de selfies? – o que significa Lula ter ido ao prédio além disso mesmo, que ele foi ao prédio?
Isso é evidência de propriedade? Só para quem deseja atacar a qualquer preço.
A resposta do Globo evoca a vizinhança, mais uma vez, para dizer que Lulinha foi o responsável por uma reforma no apartamento alegadamente de Lula.
Sempre ela, a vizinhança.
Mais uma vez, nem uma só foto de Lulinha? Se foi mesmo o responsável, deve ter ido ao apartamento várias vezes.
Poderiam ter fotografado à distância, se quisessem. Ou de perto, se alguém da vizinhança se apresentasse a Lulinha amigavelmente.
Não é todo dia que você encontra o filho de um presidente, e ainda mais um no centro de tantas acusações como Lulinha.
Nada.
E finalmente a mulher de Lula, Mariza, também é invocada na resposta do Globo.
Mariza cuidou da decoração, segundo – adivinhe – a vizinhança.
O assunto todo é de extrema irrelevância. Qualquer palestrante – Merval, Jabor, Míriam Leitão etc – compra um apartamento daqueles com um pé nas costas. Que dirá Lula, com cachês de astro do circuito internacional de palestra?
O que é desimportante vira assunto sério por um único motivo: mostrar que o Globo não vai ter limites na perseguição a Lula.
O que se deve esperar não é jornalismo. É caça mesmo.
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