Adital
O Ceará é o terceiro estado do Brasil com mais assassinatos de jovens. Foram 108 mortos para cada 100 mil, segundo dados do Mapa da Violência 2015, estudo feito pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz. Só os estados de Alagoas e Espírito Santo têm situação pior, o que classifica o Ceará como em situação "drástica”. Os dados são referentes ao ano de 2012.
De acordo com o Mapa, o Brasil registrou, em 2012, 56.337 homicídios, atingindo a taxa de 29 assassinatos por 100 mil habitantes. Desse total, 30.072 foram pessoas jovens. O que faz a taxa de homicídios subir, tratando-se exclusivamente da população juvenil, para 57,6/100 mil, tendo o pico na faixa entre 20 e 24 anos de idade (nesta idade, a taxa chega à 66,9/100 mil). De acordo com o Mapa da Violência 2015, do total de óbitos de jovens de 16 e 17 anos, em 2013, 46% foram causados por homicídios.
Quando se faz um recorte dos dados em relação à juventude negra, os números são ainda mais alarmantes: enquanto 6.823 jovens brancos foram assassinados, em 2012, 23.160 jovens negros tiveram suas vidas tomadas. Isto significa que a taxa de homicídios do primeiro grupo chegou à 29,9/100 mil, ao passo que, no segundo, atingiu 82,3/100 mil. Naquele ano, portanto, foram mais de 63 jovens negros assassinados por dia.
Nesse contexto, ainda ganha relevo a altíssima letalidade da polícia brasileira, explícita nos números de mortes causadas em suas intervenções e maquiada pelos chamados "autos de resistência”. Fortaleza e sua Região Metropolitana, bem como o restante do Estado do Ceará não estão distantes dessa realidade. Entre os episódios mais recentes destaca-se a chacina acontecida em bairros da Grande Messejana, que vitimou 11 pessoas, na capital cearense, no início deste mês de novembro. Os crimes seguem, por parte dos órgãos competentes, envoltos em silêncio, denuncia a Pastoral da Juventude (PJ).
A PJ, ligada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 2009, com a Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens, que acabou em meados deste ano discute, vem refletindo sobre e denunciando a realidade de extermínio a qual estão acometidos os jovens brasileiros.
Seminário "A juventude quer viver”
Tendo em vista a realidade de violência e extermínio, a Pastoral da Juventude realiza entre os dias 27 e 29 de novembro, no Município de Quixadá, sertão central cearense, o seminário "A juventude quer Viver”. O objetivo é possibilitar espaços de conscientização e formação de agentes multiplicadores das pautas da juventude, bem como o fortalecimento da luta contra a violência e o extermínio de jovens, em todo o Ceará.
O tráfico humano, a redução da maioridade penal e a educação e trabalho estão entre os 11 eixos que serão abordados no evento. Destinado, principalmente, ao público jovem, de 15 a 29 anos, o seminário conta com o apoio da Diocese de Quixadá e terá valor de extensão pelo Curso de Filosofia da Faculdade Católica Rainha do Sertão. Para quem quer participar, as oficinas temáticas do domingo, 29, serão abertas ao público.
Serviço
Seminário a Juventude quer Viver
Local: Centro de Pastoral Diocesano.
De acordo com o Mapa, o Brasil registrou, em 2012, 56.337 homicídios, atingindo a taxa de 29 assassinatos por 100 mil habitantes. Desse total, 30.072 foram pessoas jovens. O que faz a taxa de homicídios subir, tratando-se exclusivamente da população juvenil, para 57,6/100 mil, tendo o pico na faixa entre 20 e 24 anos de idade (nesta idade, a taxa chega à 66,9/100 mil). De acordo com o Mapa da Violência 2015, do total de óbitos de jovens de 16 e 17 anos, em 2013, 46% foram causados por homicídios.
Quando se faz um recorte dos dados em relação à juventude negra, os números são ainda mais alarmantes: enquanto 6.823 jovens brancos foram assassinados, em 2012, 23.160 jovens negros tiveram suas vidas tomadas. Isto significa que a taxa de homicídios do primeiro grupo chegou à 29,9/100 mil, ao passo que, no segundo, atingiu 82,3/100 mil. Naquele ano, portanto, foram mais de 63 jovens negros assassinados por dia.Nesse contexto, ainda ganha relevo a altíssima letalidade da polícia brasileira, explícita nos números de mortes causadas em suas intervenções e maquiada pelos chamados "autos de resistência”. Fortaleza e sua Região Metropolitana, bem como o restante do Estado do Ceará não estão distantes dessa realidade. Entre os episódios mais recentes destaca-se a chacina acontecida em bairros da Grande Messejana, que vitimou 11 pessoas, na capital cearense, no início deste mês de novembro. Os crimes seguem, por parte dos órgãos competentes, envoltos em silêncio, denuncia a Pastoral da Juventude (PJ).
A PJ, ligada a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), desde 2009, com a Campanha Nacional contra a Violência e Extermínio de Jovens, que acabou em meados deste ano discute, vem refletindo sobre e denunciando a realidade de extermínio a qual estão acometidos os jovens brasileiros.
Seminário "A juventude quer viver”Tendo em vista a realidade de violência e extermínio, a Pastoral da Juventude realiza entre os dias 27 e 29 de novembro, no Município de Quixadá, sertão central cearense, o seminário "A juventude quer Viver”. O objetivo é possibilitar espaços de conscientização e formação de agentes multiplicadores das pautas da juventude, bem como o fortalecimento da luta contra a violência e o extermínio de jovens, em todo o Ceará.
O tráfico humano, a redução da maioridade penal e a educação e trabalho estão entre os 11 eixos que serão abordados no evento. Destinado, principalmente, ao público jovem, de 15 a 29 anos, o seminário conta com o apoio da Diocese de Quixadá e terá valor de extensão pelo Curso de Filosofia da Faculdade Católica Rainha do Sertão. Para quem quer participar, as oficinas temáticas do domingo, 29, serão abertas ao público.
Serviço
Seminário a Juventude quer Viver
Local: Centro de Pastoral Diocesano.
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