Adital
A rede ecumênica Igrejas e Mineração (AIM) expressa sua solidariedade às famílias das vítimas da tragédia que afetou as comunidades da região do Município de Mariana (Estado de Minas Gerais, Brasil), e que está afetando todas as áreas águas abaixo da represa que se rompeu. A AIM é uma rede ecumênica de comunidades cristãs ameaçadas pelo conflito com as empresas mineradoras. Compõe-se de líderes cristãos locais, religiosos, pastores e bispos de vários países de América Latina. No último dia 05 de novembro, duas barragens da mineradora Samarco se romperam na cidade de Mariana. Segundo especialistas, a lama que desce pelo rio Doce atingirá, no total, uma área de cerca de 10 mil quilômetros quadrados no litoral do Espírito Santo, o equivalente a mais de seis vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
A rede também expressa seu repúdio pela "irresponsabilidade” das empresas Vale S.A. y BHP Billiton, em torno da segurança e controle ambiental: "não podemos aceitar que um acidente dessa magnitude seja considerado simplesmente como uma oportunidade de aprendizagem, para evitar mais desastres no futuro”.
Segundo a AIM, o Papa Francisco, em sua mensagem às pessoas afetadas pela mineração em todo o mundo, que se reuniram no Vaticano, em julho deste ano, comentou: "que se escute o grito de muitas pessoas, famílias e comunidades, que sofrem direta ou indiretamente, frequentemente devido às consequências negativas das atividades mineradoras; um grito pela terra perdida; um grito pela extração das riquezas do solo, que paradoxicalmente, não produz riqueza para a população local, que continua sendo pobre; um grito de dor em reação à violência, às ameaças e à corrupção; um grito de indignação e de ajuda pelas violações de direitos humanos, discreta ou descaradamente pisoteados em matéria de saúde das pessoas, as condiciones de trabalho, às vezes, pela escravidão e o tráfico de pessoas, que alimenta o trágico fenômeno da prostituição; um grito de tristeza e impotência pela contaminação da água, ar e do solo”.
A entidade insta que o desastre não seja arquivado como um acidente ambiental ou se resolva simplesmente com um acordo econômico, que alivia a responsabilidade corporativa da Vale S.A. e da BHP Billiton. Os custos morais e materiais dos danos ao meio ambiente até o momento são muito altos e são diretamente resultados dos contínuos esforços das empresas para reduzirem seus gastos, sacrificarem a segurança, a qualidade de vida dos trabalhadores e o respeito às comunidades afetadas por suas operações. "O perigo é que a maior parte desses custos recaia, uma vez mais, nos cofres públicas, e incida, ao final, no bolso dos contribuintes”.
Igrejas e Mineração anuncia que se soma à CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] no chamado para a "investigação rigorosa pela definição de responsabilidades e as mudanças necessárias na legislação mineradora”. Ademais o debate sobre o novo marco jurídico da mineração no Brasil não pode ser acelerado justo nesse momento "dramático” na história da mineração no país.
"Comunidades, igrejas, grupos de pesquisa, sindicatos, movimentos sociais e outras organizações sociais apresentaram a tempo uma proposta detalhada para a revisão do marco jurídico, à luz do respeito aos direitos humanos, à vida e aos territórios. Em respeito às vítimas e ao sofrimento das comunidades afetadas, o desastre de Mariana deve ser aproveitando para um amplo movimento de solidariedade, bem como novas propostas que devem ser incorporadas a um novo Código da Mineração, que signifiquem uma maior proteção socioambiental para as gerações presentes e futuras”, assinala a AIM.
A rede também expressa seu repúdio pela "irresponsabilidade” das empresas Vale S.A. y BHP Billiton, em torno da segurança e controle ambiental: "não podemos aceitar que um acidente dessa magnitude seja considerado simplesmente como uma oportunidade de aprendizagem, para evitar mais desastres no futuro”.
Segundo a AIM, o Papa Francisco, em sua mensagem às pessoas afetadas pela mineração em todo o mundo, que se reuniram no Vaticano, em julho deste ano, comentou: "que se escute o grito de muitas pessoas, famílias e comunidades, que sofrem direta ou indiretamente, frequentemente devido às consequências negativas das atividades mineradoras; um grito pela terra perdida; um grito pela extração das riquezas do solo, que paradoxicalmente, não produz riqueza para a população local, que continua sendo pobre; um grito de dor em reação à violência, às ameaças e à corrupção; um grito de indignação e de ajuda pelas violações de direitos humanos, discreta ou descaradamente pisoteados em matéria de saúde das pessoas, as condiciones de trabalho, às vezes, pela escravidão e o tráfico de pessoas, que alimenta o trágico fenômeno da prostituição; um grito de tristeza e impotência pela contaminação da água, ar e do solo”.
A entidade insta que o desastre não seja arquivado como um acidente ambiental ou se resolva simplesmente com um acordo econômico, que alivia a responsabilidade corporativa da Vale S.A. e da BHP Billiton. Os custos morais e materiais dos danos ao meio ambiente até o momento são muito altos e são diretamente resultados dos contínuos esforços das empresas para reduzirem seus gastos, sacrificarem a segurança, a qualidade de vida dos trabalhadores e o respeito às comunidades afetadas por suas operações. "O perigo é que a maior parte desses custos recaia, uma vez mais, nos cofres públicas, e incida, ao final, no bolso dos contribuintes”.
Igrejas e Mineração anuncia que se soma à CNBB [Conferência Nacional dos Bispos do Brasil] no chamado para a "investigação rigorosa pela definição de responsabilidades e as mudanças necessárias na legislação mineradora”. Ademais o debate sobre o novo marco jurídico da mineração no Brasil não pode ser acelerado justo nesse momento "dramático” na história da mineração no país.
"Comunidades, igrejas, grupos de pesquisa, sindicatos, movimentos sociais e outras organizações sociais apresentaram a tempo uma proposta detalhada para a revisão do marco jurídico, à luz do respeito aos direitos humanos, à vida e aos territórios. Em respeito às vítimas e ao sofrimento das comunidades afetadas, o desastre de Mariana deve ser aproveitando para um amplo movimento de solidariedade, bem como novas propostas que devem ser incorporadas a um novo Código da Mineração, que signifiquem uma maior proteção socioambiental para as gerações presentes e futuras”, assinala a AIM.
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