Brasília, 25 – A oportunidade do primeiro emprego faz parte do desejo de muitos jovens brasileiros. E essa conquista tem sido possibilitada por meio da aprendizagem profissional que, além de permitir a inserção no mercado de trabalho, promove a capacitação necessária para atender à demanda das empresas.
Ano passado, para incentivar que as micro e pequenas empresas ampliem a contratação aprendizes, a presidenta Dilma Rousseff lançou o Pronatec Aprendiz. Por meio do programa, adolescentes e jovens entre 15 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social, recebem a qualificação profissional, com acompanhamento socioassistencial. E a alta qualidade dos cursos, prestados pelas instituições federais de ensino e Sistema “S” (Sebrae, Senai, Senac, Senar e Senat), permite aos empresários ter a tranqüilidade de contratar um jovem capacitado e com vontade de crescer.
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Em Arapiraca (AL), o problema da qualificação era um entrave. “Não tínhamos profissionais capacitados na área de vestuário e confecção e acabávamos terceirizando os serviços”, afirma a empresária Maria das Graças Oliveira Silva. Desde 2005, ela confecciona uniformes profissionais para hospitais, hotéis, restaurantes e outras empresas. “Precisamos de mão de obra qualificada e os jovens se qualificando não vão ficar desempregados. O programa é uma grande oportunidade tanto para as empresas como para os jovens.”
Atualmente, a Universidade Federal de Alagoa s (UFAL) realiza três cursos do Pronatec Aprendiz, todos atendendo a demandas das empresas da região. No mês passado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) articulou reunião com as empresas para que as instituições que oferecem os cursos pudessem apresentar a programação e mostrar os benefícios em se contratar um jovem aprendiz. Os cursos são divididos em três módulos e desde o primeiro módulo os alunos já podem ser incorporados às empresas.
“No dia seguinte, alguns empresários foram ao centro de capacitação onde executamos os cursos e se interessaram em contratar os aprendizes”, conta a coordenadora geral do Pronatec da Escola Técnica de Artes da UFAL, Marilda Melo. Marilda explica o papel da assistência social no processo que, além de fazer a divulgação dos cursos nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), também é responsável pela realização da pré-matrícula dos alunos. “Eles captam a demanda, nos encaminham e confirmamos a matrícula.”
Arquivo Pessoal
E foi por meio do programa que Steffanny Lima, 18 anos, conseguiu seu primeiro emprego na confecção de Maria das Graças. Em janeiro, ela iniciou o curso de Costureiro de Máquina Reta e Overloque, oferecido pela UFAL. E ainda no primeiro módulo, o de costura, já conquistou o tão sonhado primeiro emprego. “Sempre quis fazer um curso pelo Pronatec, mas nunca imaginava que por meio dele conseguiria meu primeiro emprego”, diz. “Na empresa, posso aliar o que aprendo no curso com a prática. Espero concluir e ser contratada de vez.”
A contratação esperada por Steffanny pode acontecer ao final dos dois anos de curso, com carga horária total de 480 horas. Ela ainda deve concluir os módulos de modelagem e cortador industrial. Mas a empresária Maria das Graças adianta que vê na alu na uma promissora profissional. “Ela é uma esperança do que o país necessita, que são profissionais qualificados. Steffanny está dando o primeiro passo e tenho certeza que, se conseguir captar tudo aquilo que será passado, será uma grande profissional.”
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