INCLUSÃO PRODUTIVA
Em parceria com a assistência social de Curitiba, IFPR instalou dois cursos nos bairros mais vulneráveis da capital do estado
Publicado em 20/04/2016 14h10
Brasília – Em uma visita rotineira ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Cajuru, em Curitiba, Denise Ângela Leal, 35 anos, ficou sabendo da abertura de vagas para o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) Aprendiz. “Inscrevi meu filho Alan na hora. Ele adora ficar no computador. Agora ele estuda uma coisa que gosta e vai ter uma profissão.”
O filho Alan Vinicius Leal da Silva, 15, é um dos 40 alunos do Pronatec Aprendiz Itinerante do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Os cursos dos módulos Financeiro e Informática foram direcionados para os bairros de maior vulnerabilidade da capital paraense. As aulas começaram em janeiro e as contratações estão previstas para julho. “Estou gostando muito do que eu estou aprendendo no curso. Quero seguir essa área e quem sabe fazer um curso de Física”, diz o estudante.
A mãe, Denise, é beneficiária do Bolsa Família e o irmão é portador de necessidades especiais. Desempregada, o benefício de R$ 224 complementa a renda da família junto com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Fazendo o Pronatec, agora tenho a oportunidade de ter um emprego e ajudar a mãe, porque ela não pode trabalhar, e também meus irmãos.”, conta Alan.
A parceria com a assistência social foi fundamental na definição das localidades e para fazer a busca ativa dos alunos com o perfil do programa e encaminhá-los para os cursos. “Nossa proposta é que o Instituto vá até as comunidades. Então montamos as salas nas comunidades do Tatuquara e do Cajuru”, explica a coordenadora adjunta do IFPR campus Curitiba, Maria Isabel Rodrigues Severiano.
A ideia do Pronatec itinerante veio para ajudar os jovens a ter uma qualificação profissional e evitar a evasão. Os cursos foram pensados para formar o aluno por completo. “Quando foi pensado o itinerário pensamos em uma continuidade de curso e para uma absorção no mercado de trabalho”, afirma Maria Isabel.
O itinerário do módulo financeiro é formado pelos cursos de assistente financeiro, assistente administrativo e auxiliar de Recursos Humanos. Já o do modulo de informática é formado por montador de computador – o qual Alan está estudando –, operador e programador de Web. “A ideia do Pronatec Itinerante é que esse grupo de alunos já se insira no curso seguinte, sem precisar concorrer à vaga”, afirmou a coordenadora. A expectativa é que os cursos se encerrem em 2017.
Pronatec Aprendiz – O Pronatec Aprendiz foi lançado em julho de 2015. As empresas não têm a obrigação legal de contratar os jovens aprendizes, mas, caso desejem, não precisam custear a qualificação profissional, assumida pelo governo federal através do Pronatec.
Para participar do programa, o jovem aprendiz deve estar cursando nível fundamental ou médio e ter, prioritariamente, entre 14 e 18 anos. “A aprendizagem profissional é o melhor programa para possibilitar aos jovens unir educação e experiência no trabalho, incentivando a permanência na escola”, destaca o diretor de Inclusão Produtiva Urbana do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luiz Muller.
A Lei da Aprendizagem, aprovada em 2000, determina que empresas de médio e grande porte contratem jovens de 14 a 24 anos, para capacitação profissional (prática e teórica), cumprindo cotas que variam de 5% a 15% do número de funcionários efetivos qualificados. É facultativa a contratação de aprendizes pelas microempresas e empresas de pequeno porte.
Informações sobre os programas do MDS:0800-707-2003mdspravoce.mds.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário