quinta-feira, 23 de maio de 2013

Audiência Pública discutiu desafios do tráfico de pessoas com foco na prevenção e no atendimento à vítima



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Tatiana Félix *

Adital -
Na última sexta-feira (17) foi realizada, na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro, a Audiência Pública "Tráfico de Pessoas: prevenção, repressão, acolhimento às vítimas e parcerias". A atividade, promovida pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF/RJ), reuniu representantes de entidades de governo e de justiça, e da sociedade civil para discutir sobre os desafios deste crime que faz milhares de vítimas no mundo. Durante todo o dia, os participantes discutiram temas como: "Principais desafios da política relativa ao tráfico de pessoas", "Reflexões sobre os eixos de atuação no enfrentamento ao tráfico de pessoas: prevenção, responsabilização, acolhimento e as parcerias - principais desafios" e "A mídia no enfrentamento ao tráfico de pessoas".
De acordo com Jaime Mitropoulos, procurador regional dos direitos do cidadão e um dos convocantes da audiência pública, a proposta foi promover a troca de experiências sobre prevenção e repressão ao crime, ampliando o conhecimento deste fenômeno, e criar e fortalecer uma rede organizada de enfrentamento ao tráfico de seres humanos e acolhimento de vítimas. Além disso, o objetivo também foi o de sensibilizar e conscientizar a população para este problema.
Um dos principais aspectos trabalhados, segundo ele, foi a necessidade de valorização das vítimas de tráfico humano com a prestação de serviço e assistência pelo Poder Público. "As audiências públicas conseguem provocar o Poder Público na prevenção do Tráfico de Pessoas. Estamos convictos de que isso é possível porque as audiências capacitam profissionais e através delas conseguimos olhar outros atores e trocar experiências com a sociedade civil", explicou.
Tráfico de Pessoas
O crime de tráfico de pessoas está entre as três atividades ilícitas mais lucrativas do planeta e acontece a partir do envolvimento de criminosos organizados em rede, articulados em várias cidades ou países, para aliciar pessoas, sobretudo mulheres e jovens, a fim de servir ao mercado da exploração sexual, trabalho escravo, tráfico de órgãos e tecidos, adoção ilegal e casamento servil. Estimativas de organizações internacionais apontam que o tráfico de seres humanos faz milhares de vítimas todos os anos, sendo um crime considerado "sutil e invisível" e difícil de combater.

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