O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro, disse, 7, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o novo preço mínimo do café de R$ 307/saca, anunciado nesta terça-feira, 7, pelo governo, ficou abaixo das expectativas dos produtos, 'mas é melhor do que nada'.
Ele ressaltou que os cafeicultores queriam que o preço mínimo fosse corrigido pelo menos pelo custo de produção calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para safra 2013/14 (R$ 333,86/saca), mas se conforma com o fato de o governo ter utilizado como parâmetro os custos da safra 2012/13 (R$ 304,72/saca). 'O importante é que sejam feitos reajustes periódicos', afirmou o deputado, observando que o preço mínimo estava congelado em R$ 261,69/saca há quatro anos.
Na avaliação do CNC, que reúne as principais cooperativas de café do País, ao anunciar o novo preço mínimo o governo sinalizou que as novas medidas de apoio ao setor serão aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o que deve dar sustentação aos preços do grão no mercado internacional. Ele recordou que, no mês passado, o governo alongou o prazo de pagamento do financiamento de estocagem que estava concentrado no início deste ano, parcelando os vencimentos em 12 meses, o que contribui para evitar uma pressão de venda de café por parte dos produtores para quitar as dívidas. Agora, após a aprovação do preço mínimo, o setor aguarda a liberação dos R$ 3,1 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar o custeio, colheita e estocagem.
Silas comentou ainda que a quarta etapa das medidas para o setor será o apoio do governo federal à comercialização, por meio de leilões de prêmios para equalizar preços (Pepro) e de opções de vendas públicas. O setor pede leilões para subsidiar preços e garantir renda na comercialização de até 8 milhões de sacas de café. No caso das opções, os produtores pedem leilões para venda ao governo de até 2 milhões de sacas, que iriam para os estoques oficiais se preços de mercado ficarem abaixo do valor sinalizado para o exercício do título.
Na avaliação do CNC, que reúne as principais cooperativas de café do País, ao anunciar o novo preço mínimo o governo sinalizou que as novas medidas de apoio ao setor serão aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o que deve dar sustentação aos preços do grão no mercado internacional. Ele recordou que, no mês passado, o governo alongou o prazo de pagamento do financiamento de estocagem que estava concentrado no início deste ano, parcelando os vencimentos em 12 meses, o que contribui para evitar uma pressão de venda de café por parte dos produtores para quitar as dívidas. Agora, após a aprovação do preço mínimo, o setor aguarda a liberação dos R$ 3,1 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para financiar o custeio, colheita e estocagem.
Silas comentou ainda que a quarta etapa das medidas para o setor será o apoio do governo federal à comercialização, por meio de leilões de prêmios para equalizar preços (Pepro) e de opções de vendas públicas. O setor pede leilões para subsidiar preços e garantir renda na comercialização de até 8 milhões de sacas de café. No caso das opções, os produtores pedem leilões para venda ao governo de até 2 milhões de sacas, que iriam para os estoques oficiais se preços de mercado ficarem abaixo do valor sinalizado para o exercício do título.
Fonte: Agência Estado via CCCMG
Carla de Pádua Martins comentou em: 07/05/2013 20:37
Novo preço mínimo ajuda produtor, mas é aquém da demanda - CNC
Lessandro Carvalho
A elevação no preço mínimo governamental do café de R$ 261,69 a saca para R$ 307,00 representa um avanço, ajuda o produtor neste momento de dificuldades no mercado, mas fica aquém da demanda do setor. A opinião é do presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro, que concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS.
Silas Brasileiro observou que os produtores desejavam uma elevação no preço para pelo menos os R$ 336,13 a saca que a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) comprovou através de estudo como sendo a média do custo de produção do arábica no Brasil. "O governo teve a preocupação, que não procede, com a possível inflação que uma maior elevação no preço traria. Mas, quando o café estava a mais de R$ 400,00 a saca do grão não houve aumento nas gôndolas ou do cafezinho nos bares e restaurantes, o que não justifica essa preocupação", afirmou.
Além disso, o deputado coloca que o governo temia que uma correção maior no preço do café poderia fazer com que outros setores também pedissem elevações em seus valores das commodities, o que também para Brasileiro é injustificável, uma vez que desde 2009 o café não tinha aumento no preço mínimo.
O ponto positivo, para o deputado, é que o mínimo passou de R$ 300,00 a saca e o governo comprometeu-se, através do Ministério da Agricultura e da Fazenda, que agora a correção no preço será anual. E agora a cadeia produtiva também aguarda por medidas complementares, que deverão vir, entre elas leilões de opção e o Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).
Brasileiro disse que já houve uma reação no mercado com a perspectiva de elevação no preço mínimo, que é uma importante referência. "Agora esperamos pelas opções e pelo Pepro", apontou o presidente do CNC, destacando que o setor também aguarda os números dos estoques do Brasil, segundo a Conab, que deverão ser divulgados na próxima semana.
Os produtores também aguardam pelo voto do Conselho Monetário Nacional (CMN), que deverá ser aprovado neste mês, com os valores específicos que serão liberados para a cafeicultura este ano, entre custeio, comercialização e colheita. No orçamento, estão previstos R$ 3,2 bilhões. Brasileiro destaca que é importante a definição destes números, pois na segunda quinzena de maio começa a colheita do arábica, com o conillon já sendo colhido neste momento em algumas regiões. "O voto do CMN vai definir estes valores agora em maio e em junho começa a liberação dos recursos", acredita o dirigente do CNC.
O presidente do CNC está otimista em relação à política para o café por parte do governo, com a recuperação do mercado a partir do novo preço mínimo e de medidas complementares que podem vir. Ele descreve que são 4 os passos neste momento que estão sendo dados pelo governo e que podem ajudar os produtores. O primeiro foi a reprogramação dos pagamentos da estocagem, com o alongamento dos financiamentos. O segundo passo foi o preço mínimo elevado. Agora, espera-se o voto do CMN com o orçamento do Funcafé para 2013 e o quarto passo seriam as opções e o Pepro. Este quarto passo deverá ser dado pelo governo a partir de junho, caso o preço do café não se recupere para uma faixa próxima a R$ 400,00 a saca, acredita Silas Brasileiro. (LC)
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