Karol Assunção
Adital
Padre Laudimiro de Jesus Borges (padre Mirim), da Irmandade dos Mártires da Caminhada, explica que a tenda é um espaço de oração e de contemplação, onde os/as jovens podem conhecer e se inspirar nos mártires e nas próprias juventudes ali presentes. "Para a JMJ trouxemos mártires ligados à juventude da América Latina para mostrar uma outra igreja comprometida [com a causa social]”, afirma.
O religioso considera importante que os/as jovens busquem força e inspiração para "criar um mundo novo” nos homens e nas mulheres que foram assassinados/as porque lutavam por justiça social. "As juventudes [aqui presentes] é uma juventude que já assumiu a causa dos mártires, que luta contra o extermínio de jovens. [São pessoas] que buscam nos mártires a inspiração, o desejo de construir a civilização do amor”, afirma, destacando ainda a busca por uma "vida de oração mística inspirada em Jesus Cristo”.
Irmandade dos Mártires da Caminhada
Padre Mirim explica que a Irmandade surgiu em 1976 na Prelazia de São Félix do Araguaia, em Ribeirão Cascalheira, Mato Grosso, por ocasião dos sete dias da morte do padre João Bosco Penito Burnier, jesuíta missionário assassinado em Mato Grosso quando tentava interceder por duas sertanejas que estavam sendo torturadas.
Dez anos depois, para lembrar o martírio do missionário, foi fundado o Santuário dos Mártires da Caminhada. A ideia é homenagear, além de padre João Bosco Burnier, homens e mulheres da América Latina que dedicaram a vida à justiça social e fazer com que a luta deles/as continue. No local, há fotos de mártires como: frei Tito de Alencar, religioso dominicano preso e torturado durante a ditadura militar brasileira; padre Rodolfo Lunkenbein, missionário salesiano que dedicou a vida pelos direitos indígenas; Chico Mendes, defensor da Amazônia; entre outros.
Para conhecer mais sobre os mártires, consulte o blog: irmandadedosmartires.blogspot.com.br
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