30/03/2013 - 14h04
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Um incêndio de grandes proporções, que começou no final da noite de ontem (29), atingiu dez imóveis e só foi controlado três horas depois, na madrugada de hoje (30), no centro de comércio popular da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), no centro do Rio. O fogo começou na loja Caçula, especializada em aviamentos, papelaria, artigos de armarinho e bijuterias. Cinco imóveis desabaram e um foi demolido. Não houve vítimas.
O subsecretário de Defesa Civil do município, coronel Márcio Mota, disse que incêndios como esse acabam servindo de lição para os comerciantes, de que é melhor investir em um sistema de prevenção ao fogo do que amargar um grande prejuízo.
“Cada desastre gera sempre uma lição. O dano é mensurável, mas o prejuízo terá de ser avaliado, incluindo o quanto o comerciante deixará de ganhar. São imóveis antigos, construídos anteriormente ao Código de Segurança contra Incêndio e Pânico, de 1976. Alguns proprietários não se adequaram, por não terem condições ou por alguma questão de negligência”, disse o coronel da Defesa Civil.
O presidente da Saara, Enio Bitencourt, lamentou o incêndio que provocou a interdição de trecho da Rua Buenos Aires, uma das principais do centro comercial, justamente na véspera de Páscoa, quando é grande o movimento de consumidores.
“Nós estamos sentidos demais, porque eles perderam toda a loja, que era o maior armarinho do Rio de Janeiro. Tivemos um mau atendimento por parte do Corpo de Bombeiros. Levamos mais de meia hora ligando e eles não atendiam. Uma patrulha que passou na hora fez um contato por rádio e eles levaram mais uns 20 minutos para chegar”, reclamou Bitencourt.
O Corpo de Bombeiros disse que a informação do presidente da Saara, Enio Bitencourt, não procede. O primeiro aviso sobre o incêndio foi registrado às 22h58 e a chegada da primeira equipe no local foi às 23h04. A assessoria de imprensa da Caçula informou que os 300 funcionários que trabalhavam no local serão realocados em outras 11 unidades da rede, até que seja erguida no terreno onde houve o incêndio uma nova loja.
Edição: Fábio Massalli // matéria atualizada às 14h14 para inclusão da versão do Corpo de Bombeiros sobre a denúncia do presidente da Saara, Enio Bitencourt, de que houve demora no atendimento ao incêndio.
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