Adital
A concentração para a marcha em São Paulo será às 9h, na Praça da Sé. De lá, os estudantes, trabalhadores e outros grupos marcharão pelas ruas do centro chegando à Praça da República onde realizarão ato público. As lutas na capital paulista são pela reserva estadual de vagas com a campanha "Cotas sim, Pimesp não”, passe livre para o estudante prounista e o combate ao extermínio da juventude negra.
A polêmica sobre o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp) está na exigência de que estudantes cotista ingresse na universidade estadual a partir de um curso preparatório com duração de dois anos. A UNE considera que a imposição de um ‘college’ apenas para os estudantes cotistas é uma medida que cria um processo de discriminação negativa.
"É inadmissível que estudantes negros e índios e oriundos de escola pública tenham que passar por duas etapas de seleção para ingressar na universidade, enquanto estudantes oriundos de escola particular tem somente uma”, explicou o presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE), Alexandre Silva.
Entre os grandes consensos dos movimentos de juventude está a necessidade de investimento na área da educação. Somada à luta pelos 10% do PIB brasileiro na educação pública, está a reivindicação por 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal também no setor educacional. Outra pauta urgente e unificada é o combate à violência e extermínio da população jovem e negra no Brasil, principalmente nas periferias das grandes cidades.
Dados recentes do Conselho Nacional de Juventude mostram que, do total de homicídios no país, 70,6% das vítimas são negras e 53,5% são jovens com idades entre 15 e 19 anos.
Entre as principais reivindicações estão: 10% do PIB, 50% do fundo social do Pré-sal e 100% dos royalties do petróleo para a educação; Passe livre na capital paulista para estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni); Revisão do Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp); Trabalho decente; Reforma Política; Fim do extermínio da juventude negra;. Democratização da comunicação de massas; e Reforma agrária.
Calendário
Estão previstas grandes mobilizações em mais dez capitais brasileiras. No dia 3 de abril (quarta-feira) ocorrerá em Brasília a principal marcha da Jornada de Lutas. Os movimentos pretendem ocupar a Esplanada dos Ministérios com mais de 5 mil pessoas. O objetivo é entregar à presidenta Dilma uma carta com as reivindicações da juventude brasileira.
Um dia depois é o Rio de Janeiro que vai parar com uma grande marcha pelas ruas do centro da cidade no dia 4 de abril (quinta-feira).
Outras datas: Curitiba (25/3), Manaus (26/3), Natal (27/3), Goiânia (27/03), Macapá (27/3), Fortaleza (27/03), Belo Horizonte (2/4), Recife (4/4), Salvador (11/4), Porto Alegre (27/3).
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