Talita Moretto
Jornalista especialista em Tecnologias na Aprendizagem, coordenadora de Programa Jornal e Educação, atuando na interface mídia e educação desde 2008.
Adital
Hoje, vou propor uma análise sobre o que é "diálogo”, uma palavra poderosa quando a levamos para o campo onde Mídia e Educação se relacionam. Qual é este campo? Em qual espaço social elas interagem e acabam por convergir suas teorias?.Destaco a convergência, ou seja, quando dois pontos rumam ao mesmo alvo, ao mesmo destino, e acabam por se misturar; consequentemente, crescem, ampliam-se devido à união de suas forças.
Parece estranho aceitar que duas áreas, aparentemente, distintas, tenham o mesmo alvo, mas não é. Aqui eu entro em uma reflexão que fiz em um artigo recente intitulado jã publicado neste espaço: "O educar numa era em que a informação é densa, móvel e sem barreiras” (que, inclusive, está sendo tema de palestras e oficinas).
No referido artigo coloco que a comunicação sempre foi uma habilidade necessária em todas as relações pessoais, independente de tempo, espaço ou maneira que acontece. Por anos, foi imperceptível; em outros tempos, camuflada; e ainda hoje há quem ignore seu potencial.
Quando os meios de comunicação de massa começam a ganhar formas mais atrativas, e força, transformando-se em robustos pontos de influência nas relações humanas, as esferas sociais começam a munir-se de binóculos para acompanhar de perto o que os meios, e as pessoas (os canais), têm a dizer. Neste contexto, pergunto: o que as ações midiáticas e as educativas têm em comum? E respondo: Conquistar pessoas. Ambas ensinam ao transmitir informação. Ambas necessitam de canais e receptores, que são a mesma coisa: os cidadãos. Ora, se a mídia não se faz entender e não consegue despertar o interesse de um receptor, sentido algum ela possui na sociedade. Bem como um professor – disseminador de informação no ambiente de ensino – precisa de um receptor atento às suas informações para que seu papel seja cumprido dentro da educação.
A convergência das áreas acontece quando os meios de comunicação social de massa passam a ocupar o mesmo espaço em que estão os meios de comunicação educacionais. O problema, em toda essa linda história, é que se ambas as esferas se negarem a dialogar, nenhuma fará sentido a qualquer que seja o receptor, nem farão sentido uma a outra.
O fato é que o poder de influência da mídia ainda é maior. Hoje, as informações vêm através de diversos meios, formatos e atrativos que, dificilmente, a mídia conseguirá ser superada pela educação. Considerando que o jovem, em idade escolar, é o mais suscetível a abraçar novas ideias e levá-las consigo para dentro dos muros escolares, ou de lá para fora, e também deseja contribuir no seu processo ensino-aprendizagem, de revelar o que viu, ouviu e aprendeu, se não houver uma brecha para o "diálogo”, todas as vozes nos discursos serão abafadas.
Aliás, foi a necessidade de comunicar que abriu as portas para que redes sociais se formassem em plataformas digitais, a necessidade do jovem falar sobre si, seu dia e seu mundo, porque ele percebeu que era possível, que existe um caminho que o leva a ser mais presente na sociedade; e ele começou a sentir, de fato, essa presença.
Precisamos compreender que os consumidores de informação são, igualmente, autores de conteúdo. Por isso, diversas vozes [algumas vezes com ruídos] estão aparecendo no ponto de convergência.
Falar sobre a necessidade de haver um diálogo entre a Mídia e a Educação é mais que discursar sobre o uso daquela na escola ou desta nos meios de comunicação, é dar um passo à frente e perceber que ambas as áreas têm, desde o princípio, um único objetivo: Educar.
Parece estranho aceitar que duas áreas, aparentemente, distintas, tenham o mesmo alvo, mas não é. Aqui eu entro em uma reflexão que fiz em um artigo recente intitulado jã publicado neste espaço: "O educar numa era em que a informação é densa, móvel e sem barreiras” (que, inclusive, está sendo tema de palestras e oficinas).
No referido artigo coloco que a comunicação sempre foi uma habilidade necessária em todas as relações pessoais, independente de tempo, espaço ou maneira que acontece. Por anos, foi imperceptível; em outros tempos, camuflada; e ainda hoje há quem ignore seu potencial.
Quando os meios de comunicação de massa começam a ganhar formas mais atrativas, e força, transformando-se em robustos pontos de influência nas relações humanas, as esferas sociais começam a munir-se de binóculos para acompanhar de perto o que os meios, e as pessoas (os canais), têm a dizer. Neste contexto, pergunto: o que as ações midiáticas e as educativas têm em comum? E respondo: Conquistar pessoas. Ambas ensinam ao transmitir informação. Ambas necessitam de canais e receptores, que são a mesma coisa: os cidadãos. Ora, se a mídia não se faz entender e não consegue despertar o interesse de um receptor, sentido algum ela possui na sociedade. Bem como um professor – disseminador de informação no ambiente de ensino – precisa de um receptor atento às suas informações para que seu papel seja cumprido dentro da educação.
A convergência das áreas acontece quando os meios de comunicação social de massa passam a ocupar o mesmo espaço em que estão os meios de comunicação educacionais. O problema, em toda essa linda história, é que se ambas as esferas se negarem a dialogar, nenhuma fará sentido a qualquer que seja o receptor, nem farão sentido uma a outra.
O fato é que o poder de influência da mídia ainda é maior. Hoje, as informações vêm através de diversos meios, formatos e atrativos que, dificilmente, a mídia conseguirá ser superada pela educação. Considerando que o jovem, em idade escolar, é o mais suscetível a abraçar novas ideias e levá-las consigo para dentro dos muros escolares, ou de lá para fora, e também deseja contribuir no seu processo ensino-aprendizagem, de revelar o que viu, ouviu e aprendeu, se não houver uma brecha para o "diálogo”, todas as vozes nos discursos serão abafadas.
Aliás, foi a necessidade de comunicar que abriu as portas para que redes sociais se formassem em plataformas digitais, a necessidade do jovem falar sobre si, seu dia e seu mundo, porque ele percebeu que era possível, que existe um caminho que o leva a ser mais presente na sociedade; e ele começou a sentir, de fato, essa presença.
Precisamos compreender que os consumidores de informação são, igualmente, autores de conteúdo. Por isso, diversas vozes [algumas vezes com ruídos] estão aparecendo no ponto de convergência.
Falar sobre a necessidade de haver um diálogo entre a Mídia e a Educação é mais que discursar sobre o uso daquela na escola ou desta nos meios de comunicação, é dar um passo à frente e perceber que ambas as áreas têm, desde o princípio, um único objetivo: Educar.
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