Como diz a poeta, mulher é desdobrável. E ela é. Mãe de 11 filhos, D. Ceci Faria, 85 anos, mudou a imagem dos cafés de toda uma região ao vencer a Cup of Excellence no ano 2000. Até então a região leste de Minas Gerais, a Zona da Mata, era sinônimo de cafés de qualidade inferior. O prêmio da D. Ceci foi uma sensação, a imprensa quis saber quem era a ganhadora do prêmio de reputação internacional e que região era essa que produzia café tão especial. “O bom do prêmio foi que animou muito os produtores” lembra D. Ceci numa visão de mulher inteligente que conhece a força da liderança. Por isso mesmo ela foi e é uma inspiração para quem acredita que controlando certas variáveis qualquer produtor da região pode, sim, produzir café de qualidade com notas acima de 90 pontos na escala da SCAA.
E não tem privilégio maior que sentar na varanda da D. Ceci para escutar causos que incluem personagens do mundo do café, como Anna Illy que pediu a receita do delicioso pudim de queijo que D. Ceci faz para suas visitas ou o norueguês Andreas Solberg da Soberg&Hansen que comprou o lote premiado no ano 2000 para distribuir nas sofisticadas cafeterias de Oslo.
O café premiado revelou uma característica própria da região: aquele aroma de rapadura que é possível sentir ao se adentrar nas tulhas das propriedades onde estão armazenados os cafés esperando pelos compradores. Compradores que estiveram presentes na 1ª Rodada de Negócios realizada pelo SEBRAE -MG no 17° Simpósio de Cafeicultura de Montanha, em Manhuaçu, na semana passada, ansiosos por conhecer o potencial dos cafés das Matas de Minas.
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