Publicado dia 26/10/2015
Maria Lúcia Falcón (à direita) durante visita a estandes do evento
Crédito: Ascom Incra/SP
A presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, anunciou no domingo (25), dia de encerramento da 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP), a descentralização de R$ 23 milhões para a execução de projetos de agroindústria em assentamentos de reforma agrária de todo País, ainda este ano.
Do total anunciado, São Paulo receberá cerca de R$ 11,46 milhões, que serão destinados a 34 projetos, por meio do Terra Sol, programa do Incra de fomento à agroindustrialização e à comercialização. As principais ações são a construção e reforma de unidades de processamento de alimentos, de laticínios, barracões e estações de tratamento de esgoto, além do apoio ao desenvolvimento de logomarcas e da identidade visual de produtos.
Outros estados beneficiados são o Acre, Rondônia, Pará – superintendências de Marabá e de Belém - Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Ceará e Minas Gerais.
Na feira, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com o apoio do Incra e outras entidades governamentais – Maria Lúcia Falcón destacou o papel da reforma agrária na cadeia produtiva e de sustentabilidade ambiental. “A reforma agrária é capaz de propiciar à cidade benefícios como comida, água, energia, remédio e emprego. A produção sustentável traz alimentos mais saudáveis, remédios naturais e, por conseguinte, mais saúde, oferece proteção aos mananciais, em suma, água potável”, exemplifica.
Segundo ela, a política do órgão precisa investir no avanço de agroindústrias, cooperativas, além do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera). Desta forma, aponta, o Incra enfrenta um de seus principais desafios, de possibilitar que quase um milhão de famílias já assentadas se desenvolvam e façam essa aliança entre campo e cidade.
A medida foi comemorada, já que uma das principais reivindicações dos produtores assentados são novos investimentos em agroindústria, conforme destacou a coordenadora nacional do MST, Débora Nunes. “Estamos embalados com o resultado dessa feira. Conseguimos reafirmar a importância e a necessidade da reforma agrária no País. E agora é preciso fazer a ligação desse resultado com as demandas para o desenvolvimento dos assentados. Promover a agroindustrialização da produção conforme a diversidade regional apresentada nesta feira”, justifica.
O evento
A recepção da 1ª Feira da Reforma Agrária pelo público paulistano reflete-se nos números. Cerca de150 mil pessoas visitaram a feira, no Parque da Água Branca, durante os quatro dias de duração. Foram comercializadas 200 toneladas de produtos de todo o País, alimentos processados ou in natura, artesanatos, cosméticos e fitoterápicos, além dos pratos típicos regionais ofertados na praça de alimentação. Apenas no sábado (24), estiveram presentes 70 mil pessoas ao evento, o segundo maior público já registrado pelo Parque da Água Branca. Na manhã de domingo, alguns expositores, entre assentados e acampados, já haviam esgotado seus produtos.
Assessoria de Comunicação Social
Incra-SP
(11) 3823 8558 / 8523
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