terça-feira, 10 de abril de 2012

CARIÊ E O TELEFONE DOS DESPERADOS


O telefone tocou e Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho, Cariê, o comandante da Rede Gazeta atendeu imediatamente. Pacientemente ouviu uma longa história. No final da conversa ele foi direto e objetivo:
Pode voltar a trabalhar amanhã meu filho. Porque aqui na Gazeta quem ainda admite e demite sou eu. O máximo que poderá lhe acontecer é você perder os dias que não veio trabalhar.
A curiosidade normal de qualquer jornalista ao ouvir a resposta é de ficar imaginando a conversa que veio antes e quem estava no outro lado. Mas ainda pensando e curtindo a curiosidade, Cariê desliga o telefone e me fala:
Mansur, tem gente que fala que eu sou doido, porque tenho uma linha telefônica direta e que qualquer um pode me ligar. Mas se um chefe lá debaixo resolve imprensar um funcionário, pelo menos ele tem a quem recorrer. Foi o caso agora.
Na época que este fato aconteceu, a Rede Gazeta ainda funcionava no Centro da cidade, no início da década de 80, a TV Gazeta funcionava nos dois últimos andares e o jornal no térreo e no primeiro andar.
Aquele telefone deve ter sido a última chance de muita gente, por isto o título: CARIÊ E O TELEFONE DOS DESESPERADOS.
HISTÓRIAS E LEMBRANÇAS QUE OUVI, VIVI E PASSO ADIANTE.
JORNAL DO CAMPO 25 ANOS. AQUI FALA QUEM FAZ. RONALD MANSUR. 34

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