terça-feira, 30 de abril de 2013

Produção de café em assentamento na Bahia deve chegar a oito mil sacas este ano



30/04/2013 12:46

Produção de café em assentamento na Bahia deve chegar a oito mil sacas este ano

Foto: Ascom/Incra

Localizado em Porto Seguro, extremo sul da Bahia, o assentamento Chico Mendes II vive a época da colheita cafeeira. Mesmo com a estiagem severa, os agricultores esperam atingir oito mil sacas de 60 quilos do grão. Em 2012, foram colhidas 10 mil sacas do produto tipo conilon in natura. A expectativa das 35 famílias produtoras de café é de crescimento. Em 2014, esperam uma safra de 14 mil sacos do produto in natura. 
O presidente da associação do assentamento Chico Mendes II, Antônio Martins Souza, explica que esse aumento para o próximo ano se dará porque novos cafezais entrarão em produção nos 120 hectares dedicados à cultura. Para ele, os bons resultados são devido à organização das famílias e à aplicação correta dos créditos. 
O engenheiro agrônomo da Assessoria Técnica do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Tony Fagundes, informa que foram iniciados os estudos para a elaboração do Plano de Recuperação do Assentamento (PRA), que poderá resolver diferenças entre as famílias que optaram pelo cultivo de café e as que adotaram outras culturas. 
Leite e mamão 
Criado em 2001, o Chico Mendes II possui 65 famílias numa área de 858,2 hectares. Desse total, são potencialmente agricultáveis 328,4 hectares, divididos entre culturas variadas, como o mamão, que é cultivado em 51,5 hectares. Na última safra, a produção do fruto chegou a 60 toneladas. 
O presidente da associação informa que outra fonte de renda é a produção leiteira das 400 cabeças de gado, que fornecem uma média diária de 400 litros de leite. O valor do litro varia de R$ 0,65 a R$ 0,98. Segundo ele, a população do assentamento quase não necessita de adquirir alimentos fora. "Cultivamos hortaliças, grãos, verduras e criamos galinha e porco para o consumo interno", exemplifica. 
Melhorias 
Outro reforço na renda das famílias chegou por meio de uma fecularia, obtida por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), do governo da Bahia. Nela, há produção de farinha, goma e ração com beneficiamento da mandioca. 

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