Há dez anos, os norte americanos bebiam refrigerante suficiente para encher um aquário pequeno a cada ano. Cerca de 200 litros por pessoa. Isso significa meio litro de Diet Coke em média por dia. Comparemos isso com a outra bebida cafeinada favorita dos americanos, o café. Para cada xícara de café que se consumia em 2003, bebia-se dois copos de refrigerante nos Estados Unidos. Para cada US$ 1 gasto com café, gastava-se US$ 4 com refrigerante.
Agora, o que acontece é que o refrigerante está em queda, com a receita doméstica caindo em 40%. A cultura do café está em ascensão, crescendo em 50% em dez anos. Em mais uma década, os Estados Unidos poderá gastar mais com café do que com refrigerante – algo totalmente impensável no começo do século (dados industriais via IBISWorld).
Há quatro fatores por trás dessa mudança no consumo de bebidas cafeinadas nos Estados Unidos:
1) A questão da saúde. Refrigerante não é cigarro, mas os refrigerantes com açúcar enfrentaram as críticas culturais e politicas similares na última década. À medida que atitudes obsessivamente saudáveis foram tomando conta da população em geral, os governos locais se voltaram contra o refrigerante, pressionando por proibições nas escolas e limites nos volumes dos copos. Isso teve dois impactos: pressionar os consumidores de refrigerante para marcas mais baratas e estimular as companhias de refrigerantes a produzir bebidas diet, em embalagens menores e bebidas alternativas, de acordo com o IBISWorld.
2) Mania de água e bebidas energéticas. Os americanos bebem cerca de 680 litros de líquidos por ano. Esse número é extremamente estável. Se uma pessoa que bebe refrigerante decidir que quer beber chá gelado ou bebidas derivadas do café com a refeição a partir de agora, ela não pedirá os dois, mas sim, fará uma troca.
Quando bebemos mais de um tipo de bebida – as vendas de água engarrafada aumentaram em 50% na última década; as vendas de bebidas esportivas e energéticas aumentaram em 100% - esses aumentos levam a perdas nas vendas de refrigerantes. O aumento nas bebidas energéticas é especialmente importante, porque essas substituem diretamente os refrigerantes entre os clientes que compravam Diet Coke. Os americanos ainda bebem mais refrigerante do que qualquer outra “categoria” de bebida, como leite ou suco. Porém, a diferença vem caindo rapidamente.
3) Ascendência da cultura do café. O consumo de café nos Estados Unidos está basicamente estável, após duas décadas quando a Starbucks e outras cafeterias nacionais tiveram uma grande disseminação nas áreas urbanas e suburbanas. Porém, os consumidores jovens ainda não terminaram seu ajuste e à medida que essa questão demográfica aponta para mais café caro quando a economia se recuperar, o IBISWorld projeta que a indústria em geral continuará aumentando.
Enquanto estudos mostram os efeitos ruins dos refrigerantes com açúcar, mostram igualmente que podemos basicamente beber o quanto queremos de café, levando os jovens a consumir mais esta bebida. O consumo aumentou entre os consumidores de 18 a 24 anos, disse o IBISWorld, e “os consumidores mais jovens têm mais chances de beber café diariamente hoje do que há cinco anos” e mais chance ainda de beber café espresso.
4) Aumento nos preços do café. Segundo o IBISWorld, o crescimento da receita do café não é somente uma questão de pagar mais caro por conta dos "lattes" diversos oferecidos cada vez mais pelas cafeterias. Seria também por pagar mais caro por uma xícara pura de café. “Grande parte do crescimento na receita nos últimos cinco anos foi estimulada por um aumento de 14,1% anualizado no preço mundial de café”, que foi em sua maioria repassado aos consumidores".
A reportagem é do Theatlantic.com, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.
Agora, o que acontece é que o refrigerante está em queda, com a receita doméstica caindo em 40%. A cultura do café está em ascensão, crescendo em 50% em dez anos. Em mais uma década, os Estados Unidos poderá gastar mais com café do que com refrigerante – algo totalmente impensável no começo do século (dados industriais via IBISWorld).
Há quatro fatores por trás dessa mudança no consumo de bebidas cafeinadas nos Estados Unidos:
1) A questão da saúde. Refrigerante não é cigarro, mas os refrigerantes com açúcar enfrentaram as críticas culturais e politicas similares na última década. À medida que atitudes obsessivamente saudáveis foram tomando conta da população em geral, os governos locais se voltaram contra o refrigerante, pressionando por proibições nas escolas e limites nos volumes dos copos. Isso teve dois impactos: pressionar os consumidores de refrigerante para marcas mais baratas e estimular as companhias de refrigerantes a produzir bebidas diet, em embalagens menores e bebidas alternativas, de acordo com o IBISWorld.
2) Mania de água e bebidas energéticas. Os americanos bebem cerca de 680 litros de líquidos por ano. Esse número é extremamente estável. Se uma pessoa que bebe refrigerante decidir que quer beber chá gelado ou bebidas derivadas do café com a refeição a partir de agora, ela não pedirá os dois, mas sim, fará uma troca.
Quando bebemos mais de um tipo de bebida – as vendas de água engarrafada aumentaram em 50% na última década; as vendas de bebidas esportivas e energéticas aumentaram em 100% - esses aumentos levam a perdas nas vendas de refrigerantes. O aumento nas bebidas energéticas é especialmente importante, porque essas substituem diretamente os refrigerantes entre os clientes que compravam Diet Coke. Os americanos ainda bebem mais refrigerante do que qualquer outra “categoria” de bebida, como leite ou suco. Porém, a diferença vem caindo rapidamente.
3) Ascendência da cultura do café. O consumo de café nos Estados Unidos está basicamente estável, após duas décadas quando a Starbucks e outras cafeterias nacionais tiveram uma grande disseminação nas áreas urbanas e suburbanas. Porém, os consumidores jovens ainda não terminaram seu ajuste e à medida que essa questão demográfica aponta para mais café caro quando a economia se recuperar, o IBISWorld projeta que a indústria em geral continuará aumentando.
Enquanto estudos mostram os efeitos ruins dos refrigerantes com açúcar, mostram igualmente que podemos basicamente beber o quanto queremos de café, levando os jovens a consumir mais esta bebida. O consumo aumentou entre os consumidores de 18 a 24 anos, disse o IBISWorld, e “os consumidores mais jovens têm mais chances de beber café diariamente hoje do que há cinco anos” e mais chance ainda de beber café espresso.
4) Aumento nos preços do café. Segundo o IBISWorld, o crescimento da receita do café não é somente uma questão de pagar mais caro por conta dos "lattes" diversos oferecidos cada vez mais pelas cafeterias. Seria também por pagar mais caro por uma xícara pura de café. “Grande parte do crescimento na receita nos últimos cinco anos foi estimulada por um aumento de 14,1% anualizado no preço mundial de café”, que foi em sua maioria repassado aos consumidores".
A reportagem é do Theatlantic.com, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.
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