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Tatiana Félix *
Adital -
Amanhã, 24 de abril, será realizado no Auditório Germán Abdala, em Buenos Aires, na Argentina, o "Seminário de capacitação para jornalistas e comunicadores sobre o crime do tráfico de pessoas". A iniciativa é do Programa "Memória em Movimento, Comunicação e Direitos Humanos", da Fundação María de lós Ángeles e entidades governamentais, e é destinada para profissionais de comunicação, funcionários de governo e especialistas. O objetivo é realizar uma jornada intensiva de 6 horas para expor sobre a realidade do tráfico de pessoas e a melhor maneira de abordar o problema, já que é comum o tratamento jornalístico reproduzir esquemas de estigmatização e vitimização das mulheres que se encontram submetidas às redes criminosas, aumentando sua situação de vulnerabilidade e a de suas famílias.
Para modificas esta situação é preciso que os jornalistas e os responsáveis dos meios de comunicação reflitam sobre suas práticas e acessem a recursos de formação e informação que lhes permitam se comprometer com uma cobertura das notícias que contribua para a prevenção e erradicação deste crime e ao cuidado e proteção das mulheres que o sofrem.
A abertura do seminário ocorre a partir das 9h30 da manhã e contará com a participação do chefe de Gabinete de Ministros do País, Juan Manuel Abal Medina, e da presidenta da Fundação María de lós Ángeles, Susana Trimarco. Em seguida, se realizará o primeiro painel que abordará os aspectos básicos do delito de tráfico de pessoas, métodos de captação e submissão, estigmatização da vítima e a exposição do traficante.
O segundo painel tratará do tema "Políticas públicas de prevenção e erradicação do crime de tráfico de pessoas" no qual participarão representantes do Escritório de Resgate e Acompanhamento a Pessoas lesionadas pelo delito de tráfico de pessoas, da Unidade Fiscal de Assistência em Sequestros Extorsivos e Tráfico de Pessoas (UFASE), do Ministério da Justiça e Direitos Humanos, entre outros.
Pela tarde, o terceiro e último painel realizará um debate sobre a abordagem jornalística do crime de tráfico de pessoas, a responsabilidade dos meios de comunicação, o cuidado da vítima, sobrevivente e familiares, além de orientações de como retratar estes casos nas notícias.
Tráfico de pessoas
Considerado um caso extremo de violência de gênero, o crime de tráfico de pessoas ganhou mais visibilidade na Argentina a partir do sequestro e desaparecimento de Marita Verón, e com a luta empreendida por sua mãe, Susana Trimarco. Desde então se abriu um debate público sobre este problema que afeta milhares de mulheres, meninas, adolescentes e adultas, e começou a existir um maior interesse jornalístico pelo tratamento desta temática por parte dos meios de comunicação.
Para mais informações e inscrições escreva para:memoriaenmovimiento@medios.gov.ar
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