domingo, 28 de abril de 2013

Marcha de estudantes de universidades privadas em Santiago do Chile



Adital
Estudantes de universidades privadas chilenas marcham hoje pela emblemática Alameda exigindo várias demandas, entre elas educação gratuita para todos. Segundo o porta-voz do Movimento de Educação Superior Privada (Mesup), Manuel Erazo, o principal objetivo da manifestação será "conseguir a gratuidade para todos os estudantes”.
De acordo com o dirigente, a crise na educação se manifesta na dívida que têm milhões de famílias, que vivem agoniadas e abatidas. "Não importa que saia um ministro ou nos deem mais bolsas, queremos soluções reais, e só com a luta podemos conseguir”, disse em um comunicado a Mesup, que convocou a marcha.
Além das universidades privadas, a mobilização está chamando os estudantes de Institutos Profissionais e Centros de Formação Técnica, assim como membros da União Nacional Trabalhadores do Chile, a Federação de Serviços Gerais e a Federação de Interempresas do Metrô, entre outros sindicatos.
"O que queremos é estudar para nos desenvolvemos como sociedade, sem exclusões e sem sermos cidadãos de segunda classe”, disse Erazo, segundo a convocatória.
Nesta quarta-feira, a Prefeitura Metropolitana autorizou a realização da marcha que vai começar na frente da Universidade de Santiago e terminará na Praça Los Héroes, seção da emblemática Alameda.
O itinerário inicial anunciado pela Mesup era diferente, no entanto as autoridades alegaram que a rota foi estabelecida depois de analisar as informações da polícia municipal e organismos de transporte para manter o normal funcionamento da cidade, a segurança dos moradores e as dos próprios participantes do protesto.
Convocados pela Confederação de Estudantes do Chile, organizações de alunos secundários, o Colégio de Professores e o Central Única dos Trabalhadores, mais de 100 mil pessoas marcharam no dia 11 de abril por várias ruas da capital, exigindo uma educação pública, gratuita e de qualidade, e contra o lucro na educação.
A marcha se desenvolveu de maneira pacífica em todo seu trajeto de uns três quilômetros, com grande colorido, bandas de música, grupos de baile e dramatizações alegorias a repressão de que foi vítima o povo chileno durante a ditadura de Augusto Pinochet.
Só ao termino da manifestação se registraram incidentes com a polícia municipal, que nas ruas próximas ao percurso autorizado pela Prefeitura da Região Metropolitana tinha implantado forças especiais, carros lança-água e veículos para lançamento de gás lacrimogêneo.
Os principais feitos se produziram quando se desenvolvia o show que finalizou a manifestação, aconteceu confrontos entre jovens encapuzados e policiais de Carabineros (polícia militarizada). Mais de uma centena de pessoas foram presas.
A notícia é da Prensa Latina

Nenhum comentário:

Postar um comentário