Publicado dia 20/10/2015
Imagem: Kennyo Alex / Seminário “Pesquisa e Política de Sementes no Semiárido Paraibano” - Embrapa
Cerca de 400 assentados de todas as regiões da Paraíba participaram da sexta edição da Festa das Sementes da Paixão, que reuniu cerca de 1.300 agricultores familiares de todo o estado. A programação foi realizada de 14 a 16 de outubro, dentro da Semana Mundial da Alimentação, em Arara e Campina Grande, localizadas respectivamente a 172 e 121 quilômetros de João Pessoa.
Em Arara, os agricultores participaram de seminário durante dois dias dentro do tema “Agricultura Familiar guardiã da sociobiodiversidade, pela soberania alimentar, livre de transgênicos e agrotóxicos”. Em Campina Grande, foi realizada na sexta-feira (16), a VI Feira das Sementes da Paixão. Também conhecidas como crioulas (nativas) as sementes são variedades locais cultivadas há anos pelos agricultores familiares. A realização do evento é da Articulação do Semiárido (ASA), em parceria com diversos órgãos e entidades.
Os assentados participaram da programação, através de parceria feita com a Asa entre a Coordenação de Assitência Técnica do Incra na Paraíba e Instituto de Assessoria à Cidadania e ao Desenvolvimento Sustentável (IDS) - contratado pela autarquia no Estado para promover a articulação institucional e assessoria técnico-pedagógica às equipes que prestam assistência técnica aos assentamentos
A Festa
Os objetivos da Festa são valorizar o papel das famílias agricultoras guardiãs das sementes crioulas no estado da Paraíba; Refletir sobre a importância dos Bancos de Sementes Comunitários na produção de alimentos e enfrentamento dos períodos de estiagem prolongados; Promover o intercâmbio de experiências agroecológicas de valorização das sementes da paixão; Fortalecer a Rede Sementes da ASA Paraíba como estratégia de luta e resistência pela conservação da agrobiodiversidade; Refletir sobre o livre uso das sementes da paixão e as ameaças à agrobiodiversidade e por fim, Construir mecanismos para as políticas públicas de sementes no Semiárido Paraibano.
Os objetivos da Festa são valorizar o papel das famílias agricultoras guardiãs das sementes crioulas no estado da Paraíba; Refletir sobre a importância dos Bancos de Sementes Comunitários na produção de alimentos e enfrentamento dos períodos de estiagem prolongados; Promover o intercâmbio de experiências agroecológicas de valorização das sementes da paixão; Fortalecer a Rede Sementes da ASA Paraíba como estratégia de luta e resistência pela conservação da agrobiodiversidade; Refletir sobre o livre uso das sementes da paixão e as ameaças à agrobiodiversidade e por fim, Construir mecanismos para as políticas públicas de sementes no Semiárido Paraibano.
Bancos de sementes
Segundo levantamento do IDS, existem 14 bancos de sementes em assentamentos paraibanos. O destaque maior está com as regiões paraibanas da Zona da Mata Sul com 43% dos guardiões de sementes, e da Borborema, onde estão 40% dos assentados responsáveis pela manutenção dos bancos de sementes. Entre elas, estão sementes de milho, feijão, gergelim, abóbora, fava, amendoim entre outras. No estado, atualmente, existem aproximadamente 220 bancos comunitários de sementes e milhares de bancos familiares.
Segundo levantamento do IDS, existem 14 bancos de sementes em assentamentos paraibanos. O destaque maior está com as regiões paraibanas da Zona da Mata Sul com 43% dos guardiões de sementes, e da Borborema, onde estão 40% dos assentados responsáveis pela manutenção dos bancos de sementes. Entre elas, estão sementes de milho, feijão, gergelim, abóbora, fava, amendoim entre outras. No estado, atualmente, existem aproximadamente 220 bancos comunitários de sementes e milhares de bancos familiares.
Para o agricultor Robson Moreira, do assentamento Nova Conquista, em São José dos Ramos, a feira é importante para a aquisição de novas sementes. “Aqui a gente consegue sementes que ainda não existem em nossa região. Eu, por exemplo, consegui trocar semente de fava normal pela fava “rosinha”. Ela fica pronta para a colheita em 50 dias. A tradicional só pode ser colhida em 90 dias. Com isso, vou ganhar 40 dias de antecedência na colheita”, disse Robson.
Para o coordenador do programa de assistência técnica do Incra/PB, José Vandilson do Nascimento Silva, a feira proporciona um intercâmbio muito importante para os assentados, além de troca de sementes e de experiências. Já o superintendente regional do Incra/PB,Cleofas Caju, afirmou que depois de uma feira como essa, os assentados voltam para casa cheios de novidades e incentivos para produzir mais. “São momentos ricos, onde o agricultor diversifica seu estoque de sementes de boa qualidade e adquire novas experiências”, disse Caju
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