Um dos objetivos da COP 18 é negociar a extensão do Protocolo de Kyoto, acordo internacional que prevê a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Da redação
São Paulo – Começou nesta segunda-feira (26) em Doha, no Catar, a 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP18) com um apelo para que os 194 países que participam do encontro cheguem a acordos que impeçam que a temperatura do ambiente suba mais do que dois graus Celsius até o fim deste século em relação ao período pré-industrial. Na última quarta-feira (21), um estudo divulgado pelo Banco Mundial alertou que a temperatura do planeta Terra deverá subir quatro graus Celsius, em média, até 2066.
Na abertura do evento, o presidente da COP 18 e da Agência de Transparência e Controle Administrativo do Catar, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, afirmou que a conferência é uma “chance de ouro” para que os representantes das nações avancem na discussão de acordos e protocolos que reduzam efetivamente a emissão de gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso.
“Agora, mais do que nunca, as questões que estão no centro destas negociações são a vanguarda do debate e do discurso globais. Todas as sete bilhões de pessoas que vivem neste planeta compartilham de um desafio único: mudança climática”, disse Attiyah no discurso de abertura da COP 18.
Um dos principais temas que serão discutidos até o fim da COP 18, em 07 de dezembro, é a extensão do Protocolo de Kyoto. O acordo foi assinado em 1997, no Japão, e determinou que, de 2008 a 2012, os países ricos cortassem 5,2% das emissões de gases causadores do efeito estufa em relação ao que emitiam em 1990. Este tratado não inclui os Estados Unidos, que não ratificaram o protocolo, nem a China e outros países em desenvolvimento, que não foram contemplados com nenhuma meta naquela ocasião.
Como o Protocolo de Kyoto expira em 31 de dezembro deste ano, os representantes das nações em Doha irão discutir sua extensão até 2020. As propostas incluem determinar metas de redução de emissões também para os países em desenvolvimento.
Outro tema que deverá ser discutido na COP 18, mas que pode ser concluído apenas em 2015, é a elaboração de um protocolo sobre mudanças climáticas mais abrangente e restritivo para entrar em vigor em 2020.
A principal barreira para que as negociações avancem, contudo, é que determinados países não querem se comprometer com redução de gases poluentes, o que acaba por afetar seu crescimento econômico, sem que outros também assumam metas arrojadas. Um dos princípios que determinam as funções de cada nação é o das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, que foi estabelecido na ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente realizada em 1992, no Rio de Janeiro.
Este princípio determina que os países ricos tenham regras de emissões mais rígidas do que as nações em desenvolvimento porque foram os primeiros que mais poluíram no decorrer dos anos e porque ter as mesmas regras agora limita o desenvolvimento dos emergentes. Todos concordam que precisam contribuir para reduzir os gases que causam o efeito estufa, mas uns mais do que outros.
Ao passar a liderança da conferência ao representante do Catar, a presidente da COP 17, que foi realizada na África do Sul, em 2011, Maite Nkoana-Mashabane, defendeu que a solução para a redução dos gases que causam o efeito estufa seja encontrada e adotada por todos os países juntos e no âmbito das Nações Unidas. “Se você deseja caminhar rápido, caminhe sozinho. Se deseja ir longe, caminhe com os outros”, afirmou ela.
Na abertura do evento, o presidente da COP 18 e da Agência de Transparência e Controle Administrativo do Catar, Abdullah Bin Hamad Al-Attiyah, afirmou que a conferência é uma “chance de ouro” para que os representantes das nações avancem na discussão de acordos e protocolos que reduzam efetivamente a emissão de gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico, o metano e o óxido nitroso.
“Agora, mais do que nunca, as questões que estão no centro destas negociações são a vanguarda do debate e do discurso globais. Todas as sete bilhões de pessoas que vivem neste planeta compartilham de um desafio único: mudança climática”, disse Attiyah no discurso de abertura da COP 18.
Um dos principais temas que serão discutidos até o fim da COP 18, em 07 de dezembro, é a extensão do Protocolo de Kyoto. O acordo foi assinado em 1997, no Japão, e determinou que, de 2008 a 2012, os países ricos cortassem 5,2% das emissões de gases causadores do efeito estufa em relação ao que emitiam em 1990. Este tratado não inclui os Estados Unidos, que não ratificaram o protocolo, nem a China e outros países em desenvolvimento, que não foram contemplados com nenhuma meta naquela ocasião.
Como o Protocolo de Kyoto expira em 31 de dezembro deste ano, os representantes das nações em Doha irão discutir sua extensão até 2020. As propostas incluem determinar metas de redução de emissões também para os países em desenvolvimento.
Outro tema que deverá ser discutido na COP 18, mas que pode ser concluído apenas em 2015, é a elaboração de um protocolo sobre mudanças climáticas mais abrangente e restritivo para entrar em vigor em 2020.
A principal barreira para que as negociações avancem, contudo, é que determinados países não querem se comprometer com redução de gases poluentes, o que acaba por afetar seu crescimento econômico, sem que outros também assumam metas arrojadas. Um dos princípios que determinam as funções de cada nação é o das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, que foi estabelecido na ECO 92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente realizada em 1992, no Rio de Janeiro.
Este princípio determina que os países ricos tenham regras de emissões mais rígidas do que as nações em desenvolvimento porque foram os primeiros que mais poluíram no decorrer dos anos e porque ter as mesmas regras agora limita o desenvolvimento dos emergentes. Todos concordam que precisam contribuir para reduzir os gases que causam o efeito estufa, mas uns mais do que outros.
Ao passar a liderança da conferência ao representante do Catar, a presidente da COP 17, que foi realizada na África do Sul, em 2011, Maite Nkoana-Mashabane, defendeu que a solução para a redução dos gases que causam o efeito estufa seja encontrada e adotada por todos os países juntos e no âmbito das Nações Unidas. “Se você deseja caminhar rápido, caminhe sozinho. Se deseja ir longe, caminhe com os outros”, afirmou ela.
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