Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Teve início na última segunda-feira (22) o Curso sobre Estado financeirizado promovido pela Rede Jubileu Sul Brasil em parceria com a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa e Olimpíadas, a 5ª Semana Social Brasileira (SSB) e o Grito dos Excluídos. A atividade acontece no bairro do Ipiranga em São Paulo (SP) até amanhã (26), reunindo professores e militantes do Brasil e da América Latina.
Através de debates, exposições e oficinas, o curso discute temas como "Processo de surgimento dos Estados modernos europeus: do feudalismo, colonialismo e capitalismo”, "Revolução Industrial, a Era do Capital e expansão financeira imperialista”, "Da crise da dívida dos anos 80 à crise da dívida do século XXI – perspectiva econômica e política do processo de endividamento”, "Qual o papel da sociedade, dos movimentos sociais e das redes neste Estado” e "Alternativas e superações: auditorias, dívidas sociais, ecológicas e históricas, ilegitimidade da dívida e reparações, resistências em curso”.
O objetivo é debater sobre o processo de financeirização e mercantilização dos Estados, dívida pública e o impacto que tudo isso causa sobre as populações, já que, segundo pesquisadores, o endividamento dos Estados serve como instrumento de controle e dominação da vida e dos bens comuns uma vez que favorece a expansão do capital. Dentro deste contexto, haverá uma análise da Campanha "A dívida não acabou; você paga por ela; Auditoria já!”, promovida pela Rede Jubileu Sul, Pastorais e movimentos sociais.
Com este curso, a ideia também é fortalecer os processos de luta e resistência contra o modelo de desenvolvimento patrocinado por governos, a exemplo de movimentos sociais e dos Comitês Populares da Copa e Olimpíadas que lutam contra remoções de famílias em áreas de obras para os megaeventos, leis que favorecem comércio para grandes empresas e contra as decisões da FIFA que visam o favorecimento de poucos.
Beverly Keene, integrante da Rede Jubileu Sul na Argentina, ressaltou que a financeirização dos Estados latino-americanos impacta diretamente nas populações e movimentos sociais, já que os governos, em geral, estão "a serviço do Capital, das corporações, em busca de maior lucro, não respeitando os direitos humanos dos povos nem a natureza”.
Exemplos disso podem ser percebidos através das concessões de projetos como a Usina Belo Monte no Brasil e demais projetos hidroelétricos em outros países, projetos de mineração e outros que passam por cima de leis e violam a natureza e direitos de povos indígenas e populações afetadas pelas obras. "É a expansão do capital com a mercantilização da natureza, da água e dos recursos em busca de mercadorias e de lucro em todos os segmentos”, disse.
Ela também destacou o caso dos megaeventos como os que vão acontecer no Brasil entre 2013 e 2014 (Copa das Confederações e Copa do Mundo) que são financiados com recursos públicos para o lucro de empresas privadas e que traz "consequências muito graves para as populações”, que veem seus direitos violados e acabam não sendo beneficiadas com as restrições comerciais e altos preços praticados durante esses eventos. Para ela, o Brasil é um Estado "quase empresarial”.
Segundo Beverly, com a economia cada vez mais acumulada, as populações ficam cada vez mais pobres. "Em todos os seus aspectos, o endividamento dos Estados possibilita a centralização do capital para as empresas. Por outro lado nem sempre há recursos para a saúde e a educação e quem paga os juros dessas dívidas do Estado é o povo”, ressaltou.
Para mais informações, acesse: www.jubileusul.org.br
Através de debates, exposições e oficinas, o curso discute temas como "Processo de surgimento dos Estados modernos europeus: do feudalismo, colonialismo e capitalismo”, "Revolução Industrial, a Era do Capital e expansão financeira imperialista”, "Da crise da dívida dos anos 80 à crise da dívida do século XXI – perspectiva econômica e política do processo de endividamento”, "Qual o papel da sociedade, dos movimentos sociais e das redes neste Estado” e "Alternativas e superações: auditorias, dívidas sociais, ecológicas e históricas, ilegitimidade da dívida e reparações, resistências em curso”.
O objetivo é debater sobre o processo de financeirização e mercantilização dos Estados, dívida pública e o impacto que tudo isso causa sobre as populações, já que, segundo pesquisadores, o endividamento dos Estados serve como instrumento de controle e dominação da vida e dos bens comuns uma vez que favorece a expansão do capital. Dentro deste contexto, haverá uma análise da Campanha "A dívida não acabou; você paga por ela; Auditoria já!”, promovida pela Rede Jubileu Sul, Pastorais e movimentos sociais.
Com este curso, a ideia também é fortalecer os processos de luta e resistência contra o modelo de desenvolvimento patrocinado por governos, a exemplo de movimentos sociais e dos Comitês Populares da Copa e Olimpíadas que lutam contra remoções de famílias em áreas de obras para os megaeventos, leis que favorecem comércio para grandes empresas e contra as decisões da FIFA que visam o favorecimento de poucos.
Beverly Keene, integrante da Rede Jubileu Sul na Argentina, ressaltou que a financeirização dos Estados latino-americanos impacta diretamente nas populações e movimentos sociais, já que os governos, em geral, estão "a serviço do Capital, das corporações, em busca de maior lucro, não respeitando os direitos humanos dos povos nem a natureza”.
Exemplos disso podem ser percebidos através das concessões de projetos como a Usina Belo Monte no Brasil e demais projetos hidroelétricos em outros países, projetos de mineração e outros que passam por cima de leis e violam a natureza e direitos de povos indígenas e populações afetadas pelas obras. "É a expansão do capital com a mercantilização da natureza, da água e dos recursos em busca de mercadorias e de lucro em todos os segmentos”, disse.
Ela também destacou o caso dos megaeventos como os que vão acontecer no Brasil entre 2013 e 2014 (Copa das Confederações e Copa do Mundo) que são financiados com recursos públicos para o lucro de empresas privadas e que traz "consequências muito graves para as populações”, que veem seus direitos violados e acabam não sendo beneficiadas com as restrições comerciais e altos preços praticados durante esses eventos. Para ela, o Brasil é um Estado "quase empresarial”.
Segundo Beverly, com a economia cada vez mais acumulada, as populações ficam cada vez mais pobres. "Em todos os seus aspectos, o endividamento dos Estados possibilita a centralização do capital para as empresas. Por outro lado nem sempre há recursos para a saúde e a educação e quem paga os juros dessas dívidas do Estado é o povo”, ressaltou.
Para mais informações, acesse: www.jubileusul.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário