Além das preocupações com o preço das sacas, os cafeicultores brasileiros também temem a falta de tecnologia para a colheita. A maior parte da produção brasileira ainda está baseada na cafeicultura de montanha. Nesses terrenos, as plantas criam raízes mais fortes e profundas para se sustentar, por isso absorvem mais nutrientes e desenvolvem frutos melhores, mas há pouca tecnologia para realizar a colheita. "A cafeicultura de montanha tem um custo bem maior porque ainda não temos o equipamento adequado", diz Vanúsia Nogueira, da Associação Brasileira de Cafés Especiais - BSCA. "Os produtores estão sofrendo por falta de tecnologia".
A única máquina desenvolvida para esse tipo de cultivo é brasileira e se parece com mãos que derrubam os frutos de café do pé e substituem a força de trabalho de dez homens. Ainda assim, a tecnologia é insuficiente. "Ainda precisa muito do ser humano", diz Alcântara. "No cerrado, uma colhedeira mecânica colhe de 30 a 50 hectares com apenas um homem, é uma velocidade estupenda".
O cultivo de montanha é comum em outros países, mas até hoje em nenhum país foi desenvolvida a tecnologia necessária para esse tipo de colheita. Na Colômbia e no Vietnã, por exemplo, o café também é de montanha, mas a mão de obra barata e as intervenções estatais tornam a colheita manual ainda muito rentável.
Distribuição de renda na cafeicultura de montanha
"O café é um grande empregador. No ano passado, as exportações do grão equivaleram a 8 bilhões de dólares, mas os custos de sua produção estão cada vez mais caros por uma série de fatores, como aumento da inflação entre outros impactos que o encarecem principalmente durante a colheita (fundamentalmente em regiões serranas). A solução para o produtor é mecanizar", afirmou Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, durante o Global Agribusiness Forum, realizado em setembro.
Êxodo Rural
Para Paulino, um dos grandes desafios e necessidades para o pequeno produtor será de fato o avanço rápido na mecanização, deixando o campo mais interessante para o produtor e evitando o êxodo para as grandes cidades. "Ao investirmos em mão de obra qualificada e processos vantajosos e eficientes na lavoura, a migração para as cidades tende a diminuir, trazendo mais competitividade para o meio rural".
No Brasil, o cultivo é cinco vezes mais caro do que a cafeicultura de cerrado. "A colheita mecânica custa 20% da colheita manual", afirma Alcântara, do MAPA. Segundo o Sincal - Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite, 72% do parque cafeeiro nacional se encontra em regiões serranas.
Soluções para o Café de Montanha
O cenário urgente de déficit tecnológico na montanha levou o CNC - Conselho Nacional do Café a levantar o tema na semana passada e colocá-lo em debate. Representantes do setor sugeriram para a pauta da reunião do CDPC / MAPA a criação de um concurso que foque o desenvolvimento de máquinas para a colheita do café nessas áreas com maior declividade, proposta que está em estudo para aperfeiçoamento, mas que antecipamos visa trabalhar com alunos das faculdades de mecatrônica de todo o Brasil, oferecendo um prêmio, ainda a ser definido, para o vencedor.
As informações são do IG Agronegócios e do CNC, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
A única máquina desenvolvida para esse tipo de cultivo é brasileira e se parece com mãos que derrubam os frutos de café do pé e substituem a força de trabalho de dez homens. Ainda assim, a tecnologia é insuficiente. "Ainda precisa muito do ser humano", diz Alcântara. "No cerrado, uma colhedeira mecânica colhe de 30 a 50 hectares com apenas um homem, é uma velocidade estupenda".
O cultivo de montanha é comum em outros países, mas até hoje em nenhum país foi desenvolvida a tecnologia necessária para esse tipo de colheita. Na Colômbia e no Vietnã, por exemplo, o café também é de montanha, mas a mão de obra barata e as intervenções estatais tornam a colheita manual ainda muito rentável.
Distribuição de renda na cafeicultura de montanha
"O café é um grande empregador. No ano passado, as exportações do grão equivaleram a 8 bilhões de dólares, mas os custos de sua produção estão cada vez mais caros por uma série de fatores, como aumento da inflação entre outros impactos que o encarecem principalmente durante a colheita (fundamentalmente em regiões serranas). A solução para o produtor é mecanizar", afirmou Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooxupé, durante o Global Agribusiness Forum, realizado em setembro.
Êxodo Rural
Para Paulino, um dos grandes desafios e necessidades para o pequeno produtor será de fato o avanço rápido na mecanização, deixando o campo mais interessante para o produtor e evitando o êxodo para as grandes cidades. "Ao investirmos em mão de obra qualificada e processos vantajosos e eficientes na lavoura, a migração para as cidades tende a diminuir, trazendo mais competitividade para o meio rural".
No Brasil, o cultivo é cinco vezes mais caro do que a cafeicultura de cerrado. "A colheita mecânica custa 20% da colheita manual", afirma Alcântara, do MAPA. Segundo o Sincal - Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite, 72% do parque cafeeiro nacional se encontra em regiões serranas.
Soluções para o Café de Montanha
O cenário urgente de déficit tecnológico na montanha levou o CNC - Conselho Nacional do Café a levantar o tema na semana passada e colocá-lo em debate. Representantes do setor sugeriram para a pauta da reunião do CDPC / MAPA a criação de um concurso que foque o desenvolvimento de máquinas para a colheita do café nessas áreas com maior declividade, proposta que está em estudo para aperfeiçoamento, mas que antecipamos visa trabalhar com alunos das faculdades de mecatrônica de todo o Brasil, oferecendo um prêmio, ainda a ser definido, para o vencedor.
As informações são do IG Agronegócios e do CNC, adaptadas pela Equipe CaféPoint.
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