Um documentarista chileno fez um filme em Cuba com crianças, para constatar como as gerações que haviam nascido depois da vitória da Revolução, já não conheciam palavras que eram essenciais antes de 1959 lá e segue sendo fundamental aqui, em outros tipos de sociedade.
Só uma das crianças disse que conhecia um mendigo. Ele tinha lido "O príncipe e o mendigo" e só dai tinha ideia do que era um mendigo.
Nenhum deles conhecia a palavra "desalojo" ou a expressão "tempo morto" – o período de miséria generalizada, quando terminava a safra, todos ficavam desempregados e abandonados. Desalojo era expulsar gente do povo das suas casas, das suas terras.
A crise atual do capitalismo reatualizou dramaticamente a palavra “desalojo”. Começou como crise do sistema financeiro por créditos frouxos para expandir a demanda imobiliária – casos típicos dos EUA e da Espanha – para depois se estender ao conjunto da economia, afeta em grande medida gente que comprou casas e não pôde seguir pagando-as. Preferiram ou foram obrigados a devolvê-las, continuam pagando as dividas e ficaram sem o que haviam pagado e sem casas. Na Califórnia quantidade de gente vive nas ruas, nos seus carros, outros tantos estão completamente dependentes das suas dívidas com os bancos, sem conseguir pagá-las. Na Espanha é a ponta mais visível das politicas de austeridade que o Banco Central Europeu, o FMI e o governo da Alemanha impõem aos governos.
Na Espanha, os desalojos já provocaram vários casos de suicídio, diante do desespero de não poder pagar as contas pendentes – que aumentam mês a mês – e do pânico de ver policiais virem expulsá-lo da casa que começaram a comprar.
Dolores de Cospedal, secretaria geral do PP e governadora de La Mancha, tomou a decisão de evitar o uso da palavra desalojo e de seus sinônimos. Os decretos que decidem da mesma maneira expulsar as pessoas das suas casas deverá dizer: “o não pagamento produzirá todos os efeitos previstos na normativa”.
É das coisas mais tristes ver pessoas – aqui, aí ou em qualquer lado – serem expulsa da sua casa, com a politica atirando todas suas modestas coisas na rua, como se fosse violar totalmente a privacidade das pessoas.
Cospedal recebeu a respota devida da Plataforma de Afetados pelas Hipotecas (PAH): "Nos vemos na obrigação de dizer-lhe que proibir o uso de uma palavra não elimina a realidade. Chame-lhe desalojo ou crime”.
Só uma das crianças disse que conhecia um mendigo. Ele tinha lido "O príncipe e o mendigo" e só dai tinha ideia do que era um mendigo.
Nenhum deles conhecia a palavra "desalojo" ou a expressão "tempo morto" – o período de miséria generalizada, quando terminava a safra, todos ficavam desempregados e abandonados. Desalojo era expulsar gente do povo das suas casas, das suas terras.
A crise atual do capitalismo reatualizou dramaticamente a palavra “desalojo”. Começou como crise do sistema financeiro por créditos frouxos para expandir a demanda imobiliária – casos típicos dos EUA e da Espanha – para depois se estender ao conjunto da economia, afeta em grande medida gente que comprou casas e não pôde seguir pagando-as. Preferiram ou foram obrigados a devolvê-las, continuam pagando as dividas e ficaram sem o que haviam pagado e sem casas. Na Califórnia quantidade de gente vive nas ruas, nos seus carros, outros tantos estão completamente dependentes das suas dívidas com os bancos, sem conseguir pagá-las. Na Espanha é a ponta mais visível das politicas de austeridade que o Banco Central Europeu, o FMI e o governo da Alemanha impõem aos governos.
Na Espanha, os desalojos já provocaram vários casos de suicídio, diante do desespero de não poder pagar as contas pendentes – que aumentam mês a mês – e do pânico de ver policiais virem expulsá-lo da casa que começaram a comprar.
Dolores de Cospedal, secretaria geral do PP e governadora de La Mancha, tomou a decisão de evitar o uso da palavra desalojo e de seus sinônimos. Os decretos que decidem da mesma maneira expulsar as pessoas das suas casas deverá dizer: “o não pagamento produzirá todos os efeitos previstos na normativa”.
É das coisas mais tristes ver pessoas – aqui, aí ou em qualquer lado – serem expulsa da sua casa, com a politica atirando todas suas modestas coisas na rua, como se fosse violar totalmente a privacidade das pessoas.
Cospedal recebeu a respota devida da Plataforma de Afetados pelas Hipotecas (PAH): "Nos vemos na obrigação de dizer-lhe que proibir o uso de uma palavra não elimina a realidade. Chame-lhe desalojo ou crime”.
Postado por Emir Sader às 18:18
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