sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Produção industrial fica estável (0,0%) em dezembro e fecha 2012 em queda (-2,7%)


Produção industrial fica estável (0,0%) em dezembro e fecha 2012 em queda (-2,7%)

Em dezembro de 2012, o setor industrial repetiu o patamar de produção do mês imediatamente anterior (0,0%), na série livre de influências sazonais, após recuar 1,3% em novembro e avançar 0,6% em outubro. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria assinalou queda de 3,6% em dezembro de 2012, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. No fechamento do quarto trimestre de 2012, a produção industrial recuou tanto frente a igual período do ano anterior (-0,6%), como em relação ao trimestre imediatamente anterior (-0,3%) na série com ajuste sazonal. O índice para o fechamento de 2012 mostrou queda de 2,7%, após apontar avanço de 10,5% em 2010 e acréscimo de 0,4% em 2011. É o primeiro resultado negativo desde a queda de 7,4% observada em 2009, ano em que a indústria ainda tinha reflexos dos efeitos mais intensos da crise internacional.
A publicação completa pode ser acessada pelo link
www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfbr/default.shtm.
Produção industrial mostra queda generalizada em 2012
No fechamento de 2012 (-2,7%), o primeiro semestre do ano (-3,8%) teve resultado negativo mais intenso que o segundo (-1,6%) nas comparações contra igual período do ano anterior. Neste indicador, todas as categorias de uso, 17 dos 27 ramos, 50 dos 76 subsetores e 59,5% dos 755 produtos investigados assinalaram queda na produção. Entre as atividades, a de veículos automotores (-13,5%), exerceu a maior influência negativa na formação do índice geral, pressionada pela redução na produção em aproximadamente 80% dos produtos pesquisados no setor, em especial a menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para caminhões e ônibus, motores diesel para caminhões e ônibus, autopeças e veículos para transporte de mercadorias. Outras contribuições negativas vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-13,5%), máquinas e equipamentos (-3,6%), alimentos (-2,1%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-13,5%), metalurgia básica (-4,1%), edição, impressão e reprodução de gravações (-4,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,2%) e vestuário e acessórios (-10,5%). Entre as dez atividades que registraram avanço na produção, as principais influências sobre o total da indústria ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (4,1%), outros produtos químicos (3,4%) e outros equipamentos de transporte (8,5%), impulsionados principalmente pela maior fabricação de gasolina automotiva, óleo diesel e outros óleos combustíveis, no primeiro ramo, herbicidas para uso na agricultura, no segundo, e aviões no último.
Entre as categorias de uso, o ano de 2012 confirmou o menor dinamismo para bens de capital (-11,8%) e bens de consumo duráveis (-3,4%), pressionadas especialmente pela menor fabricação de bens de capital para transporte (caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, veículos para transporte de mercadorias e chassis com motor para caminhões e ônibus), bens de capital de uso misto (computadores e monitores de vídeo) e bens de capital para construção, no primeiro segmento, e de telefones celulares, motocicletas, fornos de micro-ondas, relógios, televisores, ventiladores, aparelhos de ar-condicionado de paredes/janelas e automóveis, no segundo. A produção de bens intermediários recuou 1,7% no índice acumulado do ano, queda menos intensa que a média da indústria (-2,7%), enquanto a de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) assinalou o resultado negativo mais moderado entre as categorias de uso em 2012.
14 dos 27 ramos investigados tiveram queda na produção
Na passagem de novembro para dezembro (série com ajuste sazonal), 14 dos 27 ramos investigados apontaram queda na produção. Os principais recuos ocorreram em máquinas e equipamentos (-4,5%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (-13,1%). Com o resultado desse mês, a primeira atividade mostrou a segunda taxa negativa consecutiva, acumulando perda de 5,1% em dois meses; e a segunda eliminou o avanço de 7,9% verificado em novembro último. Outras contribuições negativas vieram de veículos automotores (-1,0%), metalurgia básica (-1,9%), bebidas (-2,5%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-8,0%), celulose, papel e produtos de papel (-1,2%) e calçados e artigos de couro (-4,3%). Entre os 12 ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância foram registrados por indústrias extrativas (2,8%), farmacêutica (3,7%), outros equipamentos de transporte (4,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,6%), vestuário e acessórios (10,0%), edição, impressão e reprodução de gravações (2,5%) e minerais não metálicos (2,2%).
Entre as categorias de uso, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de capital (-0,8%) e bens de consumo duráveis (-0,5%) apontaram as quedas mais acentuadas nesse mês, com o primeiro mantendo o comportamento negativo presente desde agosto último, período em que acumulou perda de 3,3%, e o segundo acumulando recuo de 1,5% nos dois últimos meses. O setor produtor de bens intermediários, com variação negativa de 0,1%, mostrou a retração mais moderada em dezembro e reduziu o ritmo de queda frente ao registrado em novembro último (-1,0%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) teve o único resultado positivo em dezembro de 2012 e reverteu dois meses seguidos de taxas negativas que acumularam perda de 0,7%.
Média móvel trimestral varia -0,3%
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral variou -0,3% no trimestre encerrado em dezembro frente ao nível do mês anterior, reduzindo o ritmo de queda mostrado em novembro (-0,5%). Entre as categorias de uso, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de capital (-0,6%) registrou o recuo mais intenso em dezembro e manteve a trajetória descendente iniciada em agosto último. Os segmentos de bens de consumo duráveis (-0,2%) e de bens intermediários (-0,2%) também mostraram taxas negativas, com ambos apontando o segundo resultado negativo consecutivo nesse indicador. O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis (0,1%) assinalou o único resultado positivo nesse mês e permaneceu com o comportamento predominantemente positivo presente desde agosto último.
Indústria cai 3,6% na comparação com dezembro de 2011
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial recuou 3,6% em dezembro de 2012, com perfil disseminado de taxas negativas. A maior parte (18) das 27 atividades pesquisadas apontou queda na produção. Dezembro de 2012 (20 dias) teve dois dias úteis a menos que igual mês do ano anterior (22). O ramo de veículos automotores, que recuou 16,4%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 80% dos produtos investigados no setor, com destaque para a menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para caminhões e ônibus, autopeças, motores diesel para caminhões e ônibus, automóveis e carrocerias para ônibus. Outras contribuições negativas vieram dos setores de máquinas e equipamentos (-10,8%), alimentos (-4,4%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-23,0%), metalurgia básica (-6,8%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalar, ópticos e outros (-24,6%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-12,6%).
Os índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, assinalaram taxas negativas em dezembro de 2012, com bens de capital (-14,7%) registrando ritmo de queda bem superior ao do total da indústria (-3,6%), vindo a seguir bens de consumo duráveis (-3,5%) e bens intermediários (-2,5%). A produção de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) mostrou o recuo menos intenso nesse tipo de comparação.
O setor produtor de bens de capital, ao recuar 14,7%, apontou a queda mais intensa desde junho de 2012 (-15,5%) e foi influenciado pelos resultados negativos observados em todos os seus subsetores, com destaque para o recuo de 15,0% registrado por bens de capital para equipamentos de transporte, ainda bastante pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para caminhões e ônibus, reboques e semi-reboques e carrocerias para ônibus. O segmento de bens de consumo duráveis (-3,5%) interrompeu, em dezembro de 2012, a sequência de resultados positivos iniciada em agosto último. O desempenho negativo nesse mês foi particularmente influenciado pela menor fabricação de motocicletas (-35,8%), telefones celulares (-26,7%), automóveis (-2,1%), artigos do mobiliário (-6,9%), eletrodomésticos da linha marrom (-3,0%) e de outros eletrodomésticos (-11,8%). Nessa categoria de uso, o principal impacto positivo foi observado no grupamento de eletrodomésticos da linha branca (4,7%). O setor de bens intermediários (-2,5%), que assinalou o segundo resultado negativo consecutivo no confronto com igual mês do ano anterior, foi pressionado pelos recuos na produção dos produtos associados às atividades de veículos automotores (-21,5%), metalurgia básica (-6,7%), celulose, papel e produtos de papel (-1,4%), outros produtos químicos (-0,4%) e produtos de metal (-1,4%). O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) também mostrou redução na produção nesse mês, primeira taxa negativa desde setembro último nesse tipo de comparação. O índice de dezembro de 2012 foi influenciado em grande parte pelos resultados negativos vindos dos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-4,7%) e de semiduráveis (-6,7%).
Produção industrial tem resultados negativos há cinco trimestres
Em bases trimestrais, o setor industrial, ao recuar 0,6% no quarto trimestre de 2012, sustenta resultados negativos há cinco trimestres consecutivos, mas com clara redução no ritmo de queda, já que no segundo trimestre observou-se perda de 4,4% e no trimestre seguinte recuo de 2,6%, todas as comparações contra igual período do ano anterior. Entre as categorias de uso, bens de consumo duráveis, que passou de 0,1% no terceiro trimestre do ano para 5,6% no quarto, apontou o maior ganho de dinamismo nesse período, sustentado especialmente pela expansão na fabricação de automóveis e de eletrodomésticos da linha branca, que registraram avanços de 11,4% e de 13,0% no quarto trimestre do ano. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (de -1,4% para 0,8%) e de bens intermediários (de -1,4% para -0,4%) também mostraram melhora no ritmo da produção entre os dois períodos, com o primeiro revertendo dois trimestres seguidos de taxas negativas, e o segundo reduzindo claramente a intensidade de queda frente aos resultados dos trimestres anteriores. O setor produtor de bens de capital, que passou de -12,2% no terceiro trimestre de 2012 para -9,7% no quarto, permaneceu apontando a taxa negativa mais intensa, mas com diminuição na magnitude de queda entre os dois períodos.
Comunicação Social
01 de fevereiro de 2013

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