Recursos serão destinados a projetos de redes de apoio e de assessoramento técnico no âmbito do Plano Brasil sem Miséria
Brasília, 21/12/2010 – A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), concluiu o processo de seleção das redes de cooperação formadas por empreendimentos econômicos solidários iniciado em outubro. Das 41 entidades que apresentaram propostas, 32 foram selecionadas, incluindo, pela primeira vez, projetos que beneficiam jovens trabalhadores. Os recursos totais, que chegam a R$ 30,2 milhões, serão aplicados até 2015. O foco é a integração dos empreendimentos da Economia Solidária em todo o país.
“O objetivo é fomentar, no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria, atividades produtivas, de prestação de serviços, comercialização e de consumo solidário entre trabalhadores, produtores autônomos e familiares com vistas à promoção do desenvolvimento territorial sustentável e à superação da pobreza extrema”, explica o diretor do Departamento de Fomento à Economia Solidária da Senaes, Manoel Vital de Carvalho Filho.
A meta da Senaes é assinar, até 28 de dezembro, convênios para o repasse dos recursos aos projetos de 12 entidades. Desse total, nove são voltadas para o desenvolvimento e assessoramento técnico às redes de cooperação solidária. As outras três entidades desenvolvem atividades de apoio a empreendimentos juvenis, com iniciativas voltadas para a organização de arranjos produtivos, comercialização e assessoria a projetos realizados por jovens trabalhadores.
Suporte – Um dos principais propósitos das redes de cooperação é dar o suporte necessário à integração entre os empreendimentos da Economia Solidária, assegurando a eles viabilidade operacional. “A existência de um mercado solidário pressupõe a consolidação de uma escala de oferta de produtos e serviços com periodicidade e diversidade. Se um empreendimento permanecer isolado, ele fatalmente enfrentará dificuldades que poderão comprometer sua sobrevivência”, explica Vital.
A implantação das redes de apoio e de assessoramento à Economia Solidária envolve o fomento às cadeias produtivas e arranjos econômicos territoriais e setoriais. Estão também entre os objetivos o fomento à integração e encadeamento dos diferentes espaços organizativos – produção familiar, associativismo comunitário, centrais de cooperação territorial ou setorial – e o subsídio a processos locais de desenvolvimento de empreendimentos solidários e sustentáveis.
Alternativa inovadora – A economia solidária vem se apresentando como uma alternativa inovadora de geração de trabalho e renda e uma resposta favorável às demandas de inclusão social no país. Ela compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas de autogestão e redes de cooperação – que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças, trocas, comércio justo e consumo solidário.
Desde sua criação, em 2003, a Senaes vem elaborando mecanismos de formação, fomento e educação para o fortalecimento da economia solidária no Brasil. Além da divulgação e da promoção de ações nessa direção, desde 2007 a secretaria tem realizado chamadas públicas a fim de apoiar os empreendimentos econômicos alternativos.
Assessoria de Comunicação Social MTE
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