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Na manhã dessa quarta-feira (28), na sede da Associação de Trabalhadores da Educação da província de Chubut, na Argentina, foi realizada uma conferência de imprensa em repúdio aos últimos acontecimentos na cidade. O encontro rechaçou a violenta repressão promovida ontem (27), na Legislatura de Rawson, onde dezenas de manifestantes do movimento ‘Não à Mina’ que foram gravemente feridos por integrantes da União Obreira de Construção da República Argentina, contratados pelo governador Martín Buzzi.
Segundo o comunicado da União se Assembleias Patagônias (UAP), militantes das Organizações socioambientais da própria UAP se autoconvocaram na Legislatura chubutense de maneira pacífica, como habitualmente fazem, mas foram violentamente reprimidos por obreiros da UOCRA, empregados na construção de uma "trilha dupla” que liga as cidades de Trelew e Puerto Madryn.
"Muitos foram feridos, alguns de tão intensa gravidade e, conforme as explicações dos companheiros mobilizados, como há muito tempo não se via na província de Chubut semelhante repressão”, registrou o comunicado.
A UAP denunciou que o governo provincial tenta, por todos os meios, habilitar a megamineração proibida pela Lei 5001, mediante um marco regulatório, o qual vinha ameaçando uma eventual reforma.
O informe salientou que ministros e funcionários do governo Buzzi haviam descartado realizar uma consulta popular considerando que uma legislatura fiel aos seus objetivos faria as reformas do marco regulatório mineiro, "depois de tudo” – disseram para negar a consulta – "o povo governa através de seus representantes”.
Com as forças de choque, o governo da província de Chubut pretendeu mostrar que há uma parte importante da população que deseja a megamineração contaminadora e, tal como se aprecia, a violência é o caminho que utilizam para aprovar um marco regulatório propício.
Com informações da União de Assembleias Patagônicas (UAP)
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