CPMI do Cachoeira irá só até o fim do ano
Comissão será prorrogado por 48 dias. Oposição pleiteava 180 dias e quebra de sigilo de empresas ligadas à construtora Delta que, supostamente, demonstrariam seus vícunlos com aliados do governo. Para governistas, os opositores querem protelar a investigação judicial de seus aliados e ganhar tempo para buscar problemas de seus adversários políticos. O prazo original da CPMI se encerra neste domingo (4). Com a prorrogação de 48 dias ela se estenderá até 22 de dezembro. Para o relator, neste período, a CPI deverá apenas discutir o relatório final.
Vinicius Mansur
Brasília - Após muitos ataques da oposição, a base governista, liderada por PT e PMDB, conseguiu emplacar sua posição e adiar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira por apenas mais 48 dias. A oposição pleiteava 180 dias.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu mais tempo para a comissão aprofundar as investigações e disse que a prorrogação por 45 dias significa, na prática, o fim da CPMI. Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) considerou o tamanho da prorrogação uma questão menor frente a importância de se quebrar o sigilo de empresas ligadas à construtora Delta. “Se não houver quebra de sigilo, a prorrogação será uma farsa”, disse.
De acordo com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), a movimentação governista tem o intuito de impedir a quebra de sigilo de 13 empresas ligadas à construtora e esconder seus vínculos com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). “Esse escândalo é três vezes maior do que o mensalão”, disse, referindo-se ao volume de dinheiro envolvido.
Na reunião da CPMI desta quarta-feira (31), a base aliada aprovou o adiamento da votação dos 533 requirimentos pendentes, entre eles pedidos de quebra de sigilo e convocação de testemunhas e acusados. O relator Odair Cunha (PT-MG) sustentou que não faz sentido a comissão aprovar requerimentos enquanto seu prazo de duração está indefinido.
A decisão sobre a prorrogação dos trabalhos depende da assinatura de 1/3 dos parlamentares (171 deputados e 27 senadores), precisa passar pela Mesa do Congresso Nacional e ser lida em plenário. A base governista já protocolou seu pedido de adiamento de 48 dias com as assinaturas necessárias. A oposição tentou angariar as assinaturas necessárias para pedir 180 dias, mas, segundo Alvaro Dias, os opositores não somam mais de 100 deputados.
Para o senador Jorge Viana (PT-AC), um prazo mais curto dará objetividade a CPMI “que já prestou grande serviço ao país”. “Nós já temos sigilos quebrados, nós já temos autoridades públicas sob suspeição e que serão entregues à Justiça”, completou. Viana ainda insinuou que os defensores do adiamento por 180 dias querem, na verdade, protelar a investigação judicial de seus aliados e ganhar tempo para buscar problemas deseus adversários políticos.
Na mesma linha, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a oposição quer “a CPMI do fim do mundo”. “Querem investigar todas as empresas e não apresentar o relatório nunca. Assim como fizeram em outras CPIs que não deram em nada, como a CPI dos Bingos que, se tivesse dado em alguma coisa, nós não precisaríamos da CPI do Cachoeira”, disse.
Odair Cunha afirmou que pretende apresentar o relatório em 20 de novembro e refutou que a CPI terminará em “pizza”. “Teremos um relatório contundente”, concluiu, recusando-se a adiantar qualquer conteúdo do documento.
O prazo original da CPMI se encerra neste domingo (4). Com a prorrogação de 48 dias ela se estenderá até 22 de dezembro. Para o relator, neste período, a CPI deverá apenas discutir o relatório final. O líder do PT, Jilmar Tatto, defende que o jornalista da revista Veja, Policarpo Júnior, ainda seja convocado.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu mais tempo para a comissão aprofundar as investigações e disse que a prorrogação por 45 dias significa, na prática, o fim da CPMI. Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) considerou o tamanho da prorrogação uma questão menor frente a importância de se quebrar o sigilo de empresas ligadas à construtora Delta. “Se não houver quebra de sigilo, a prorrogação será uma farsa”, disse.
De acordo com o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), a movimentação governista tem o intuito de impedir a quebra de sigilo de 13 empresas ligadas à construtora e esconder seus vínculos com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). “Esse escândalo é três vezes maior do que o mensalão”, disse, referindo-se ao volume de dinheiro envolvido.
Na reunião da CPMI desta quarta-feira (31), a base aliada aprovou o adiamento da votação dos 533 requirimentos pendentes, entre eles pedidos de quebra de sigilo e convocação de testemunhas e acusados. O relator Odair Cunha (PT-MG) sustentou que não faz sentido a comissão aprovar requerimentos enquanto seu prazo de duração está indefinido.
A decisão sobre a prorrogação dos trabalhos depende da assinatura de 1/3 dos parlamentares (171 deputados e 27 senadores), precisa passar pela Mesa do Congresso Nacional e ser lida em plenário. A base governista já protocolou seu pedido de adiamento de 48 dias com as assinaturas necessárias. A oposição tentou angariar as assinaturas necessárias para pedir 180 dias, mas, segundo Alvaro Dias, os opositores não somam mais de 100 deputados.
Para o senador Jorge Viana (PT-AC), um prazo mais curto dará objetividade a CPMI “que já prestou grande serviço ao país”. “Nós já temos sigilos quebrados, nós já temos autoridades públicas sob suspeição e que serão entregues à Justiça”, completou. Viana ainda insinuou que os defensores do adiamento por 180 dias querem, na verdade, protelar a investigação judicial de seus aliados e ganhar tempo para buscar problemas deseus adversários políticos.
Na mesma linha, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a oposição quer “a CPMI do fim do mundo”. “Querem investigar todas as empresas e não apresentar o relatório nunca. Assim como fizeram em outras CPIs que não deram em nada, como a CPI dos Bingos que, se tivesse dado em alguma coisa, nós não precisaríamos da CPI do Cachoeira”, disse.
Odair Cunha afirmou que pretende apresentar o relatório em 20 de novembro e refutou que a CPI terminará em “pizza”. “Teremos um relatório contundente”, concluiu, recusando-se a adiantar qualquer conteúdo do documento.
O prazo original da CPMI se encerra neste domingo (4). Com a prorrogação de 48 dias ela se estenderá até 22 de dezembro. Para o relator, neste período, a CPI deverá apenas discutir o relatório final. O líder do PT, Jilmar Tatto, defende que o jornalista da revista Veja, Policarpo Júnior, ainda seja convocado.
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