Publicado em: 27/10/2012 - 08:33 | Atualizado em: 27/10/2012 - 08:33
No próximo mês de novembro o Paraná passará a ter uma nova base de referência sobre a contextualização histórica e cultural dos alemães dentro do que é hoje o Estado, já que ocorrerá no dia 09, em Marechal Cândido Rondon, o lançamento do livro “Imigração Alemã no Paraná: 180 anos”.
A obra é resultado de três anos de pesquisa e trabalho conjunto entre o organizador, que é o secretário executivo da Comissão dos Festejos alusivos aos 180 anos, Harto Viteck, e os historiadores e professores Valdir Gregory, Marcos Nestor Stein, Alfred Pauls, Ir. Estevão Müller, Marli Portes, Marlon Fluck, Cláudia Schwengber e Divinamir de Oliveira Pinto.
Ela abarca o registro da chegada dos primeiros imigrantes ao Estado, em 1829, no Rio Negro, e as posteriores imigrações, reemigrações e migrações, a forma como se estabeleceram, bem como a importância deles no contexto econômico e social atual. Devido à origem do organizador e da busca por profissionais de sua confiança para auxiliarem na produção, praticamente 90% da obra foram elaborados em Marechal Cândido Rondon, calcula Viteck, considerando desde o apoio dos professores universitários, passando pela organização, revisão, produção da capa e editoração, que foram feitas por pessoas do município.
“A capa, uma produção de Alex Sandro Viteck, foi fundamental, pois de nada adiantaria ter um bom conteúdo se não houvesse uma chamada atrativa”, enfatiza. Viteck reconhece que a grandiosidade da obra o assustou no início, até mesmo por ter sua primeira experiência na organização de um livro.
A incumbência foi assumida sem um projeto inicial. Foi então que ele cogitou a possibilidade de que o relato envolvesse a base histórica dos oito principais núcleos de presença alemã no Paraná: Rio Negro (dois núcleos), Lapa, Curitiba, Witmarsum, Rolândia, Guarapuava (colônia Entre Rios) e Oeste do Paraná.
De acordo com Viteck, o objetivo de incluir os núcleos era oferecer uma maior abrangência à obra, assim como uma forma de aglutinar as referidas bases históricas. “A forma como o livro foi produzido vai permitir que os pesquisadores encontrem em uma única obra a história de imigrantes alemães no Estado, sem a necessidade de recorrer a várias produções”, afirma.
A satisfação do organizador com o resultado é grande, já que os objetivos foram atingidos. “É uma obra perfeita porque ela tem os seus erros”, comenta, em tom de brincadeira. O projeto (Pronac 10 11.546) foi viabilizado a partir da Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet), por intermédio do Ministério da Cultura e com patrocínio da Souza Cruz, Copel e Caminhos do Paraná. A publicação é da Editora Germânica e possui 393 páginas.
Região Oeste
Um dos capítulos da obra, especificamente aquele voltado ao núcleo de etnia alemã do Oeste, foi elaborado pelos historiadores e professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Valdir Gregory e Marcos Stein. Conforme Gregory, considerando o processo de ocupação populacional e o contato dos imigrantes europeus com os povos nativos e caboclos que existiam no território nacional, o Oeste do Paraná possui uma especificidade.
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