A três meses das eleições em Israel, pesquisa mostra acirramento da polarização na sociedade do país
Susana Mendoza
Susana Mendoza
A maioria dos judeus de Israel é favorável à sua separação total com os árabes que vivem no país e representam 20% da população. A defesa, por essa parcela da sociedade local, de um apartheid na Palestina foi a conclusão de uma pesquisa realizada neste mês pelo grupo Dialog e publicada no diário Haaretz.
A três meses das eleições gerais no país, o levantamento, feito com 550 israelenses judeus, aponta os problemas da polarização da sociedade de Israel e seu rebaixamento em direção ao ultranacionalismo.
Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados são favoráveis aos judeus terem preferência em relação aos árabes para ocupar cargos da administração civil e governamental. Além disso, 42% dos israelenses judeus querem que o Estado os trate de forma melhor que o restante da população e dizem que não viveriam em um prédio com vizinhos árabes, nem matriculariam seus filhos em escolas mistas.
Os números não são uma novidade para a população árabe de cidadania israelense. Para a ONG Adalah, de proteção dos direitos da minoria árabe no país, o principal problema é a coalizão de direita do primeiro-ministro Benjamín Netanyahu e a falta de ações do governo para prevenir o racismo.
“Não é nenhuma surpresa que Israel esteja se convertendo em um Estado cada vez mais racista. No momento, não há nenhum tipo de conscientização da população judia sobre os árabes israelenses”, afirma Saleh, um dos porta-vozes da entidade que preferiu não dizer seu nome completo.
“O governo fomenta um clima de rejeição aos palestinos, começando pelo ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, e seu racismo recalcitrante. O governo israelense está se movendo em direção ao apartheid, não apenas na Cisjordânia, mas também dentro de Israel, com diversas leis para discriminar a minoria árabe”, analisa Saleh.
A três meses das eleições gerais no país, o levantamento, feito com 550 israelenses judeus, aponta os problemas da polarização da sociedade de Israel e seu rebaixamento em direção ao ultranacionalismo.
Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados são favoráveis aos judeus terem preferência em relação aos árabes para ocupar cargos da administração civil e governamental. Além disso, 42% dos israelenses judeus querem que o Estado os trate de forma melhor que o restante da população e dizem que não viveriam em um prédio com vizinhos árabes, nem matriculariam seus filhos em escolas mistas.
Os números não são uma novidade para a população árabe de cidadania israelense. Para a ONG Adalah, de proteção dos direitos da minoria árabe no país, o principal problema é a coalizão de direita do primeiro-ministro Benjamín Netanyahu e a falta de ações do governo para prevenir o racismo.
“Não é nenhuma surpresa que Israel esteja se convertendo em um Estado cada vez mais racista. No momento, não há nenhum tipo de conscientização da população judia sobre os árabes israelenses”, afirma Saleh, um dos porta-vozes da entidade que preferiu não dizer seu nome completo.
“O governo fomenta um clima de rejeição aos palestinos, começando pelo ministro de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, e seu racismo recalcitrante. O governo israelense está se movendo em direção ao apartheid, não apenas na Cisjordânia, mas também dentro de Israel, com diversas leis para discriminar a minoria árabe”, analisa Saleh.
Entre as leis que considera prejudiciais aos árabes, o porta-voz cita o favorecimento à compra de terrenos por parte dos judeus e a proibição de conceder cidadania a um cônjuge que tenha nascido nos territórios palestinos.
Anexação da Cisjordânia
Caso Israel tente anexar a Cisjordânia, hipótese pouco provável, os números em favor de um apartheid disparam entre os judeus israelenses. A criação de estradas separadas é apoiada por 74% dos entrevistados e 69% proibiria os árabes de votar para o Parlamento.
Quase metade (47%) dos judeus israelenses seriam favoráveis ao envio dos cidadãos árabes à Cisjordânia e 36% apoiam um intercâmbio de árabes em troca de assentamentos na região.
“Jamais me mudaria para a Cisjordânia. Esta é a minha casa e nunca a deixaria sob nenhum aspecto, mas não acredito que a gente chegue a esta situação”, afirma Saleh.
A pesquisa também aponta que os ultraortodoxos têm a opinião mais radical sobre os árabes, com 80% deles sendo favoráveis ao envio dessas pessoas à Cisjordânia e 95% defendem o apartheid em Israel.
Anexação da Cisjordânia
Caso Israel tente anexar a Cisjordânia, hipótese pouco provável, os números em favor de um apartheid disparam entre os judeus israelenses. A criação de estradas separadas é apoiada por 74% dos entrevistados e 69% proibiria os árabes de votar para o Parlamento.
Quase metade (47%) dos judeus israelenses seriam favoráveis ao envio dos cidadãos árabes à Cisjordânia e 36% apoiam um intercâmbio de árabes em troca de assentamentos na região.
“Jamais me mudaria para a Cisjordânia. Esta é a minha casa e nunca a deixaria sob nenhum aspecto, mas não acredito que a gente chegue a esta situação”, afirma Saleh.
A pesquisa também aponta que os ultraortodoxos têm a opinião mais radical sobre os árabes, com 80% deles sendo favoráveis ao envio dessas pessoas à Cisjordânia e 95% defendem o apartheid em Israel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário