Na última segunda-feira (29/10), a redação do Jornal da Tarde diante do anúncio de fechamento da publicação pelo Grupo Estado, em conjunto com o sindicato da categoria, conseguiu barrar as demissões durante um mês para que haja uma negociação entre as partes.
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De acordo com o portal Correio do Brasil, representantes do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e do Grupo Estado reuniram-se em audiência no Tribunal Regional do Trabalho ainda na segunda, e, ao final, foi fechado um acordo prevendo.
Entre os principais pontos, estão estabilidade no emprego para todos os jornalistas do Grupo Estado até o final de novembro; constituição de uma Comissão de Negociação composta de três representantes de cada lado, além dos diretores do Sindicato, que vai negociar a situação de todos os trabalhadores neste prazo de um mês; autorização para realizar uma assembleia com os jornalistas dentro da empresa, na última segunda.
Na audiência, a bancada do Sindicato foi composta pelo presidente Guto Camargo, o diretor jurídico Paulo Zocchi, e os advogados Raphael Maia e Vagner Patini. A audiência foi também acompanhada pela presença de mais de dez jornalistas do JT.
O SJSP defendeu que não houvesse nenhuma demissão, com o aproveitamento de todos os jornalistas em outras funções jornalísticas no grupo, no jornal O Estado de S. Paulo, na Agência Estado ou no portal. Propuseram ainda a estabilidade por três meses, para que houvesse prazo para a negociação.
A empresa comunicou, pela primeira vez, que a redação seria fechada no dia seguinte, e disse que, dos jornalistas, pretendia demitir até 25, de 44, sendo três PJs. Afirmou ainda que pretendia abrir um prazo de negociação de quatro dias, até a próxima sexta-feira (2/11)
Para a juíza, era absurda a ideia de “negociação” em quatro dias e afirmou que já emitira sua opinião a favor do reaproveitamento no Grupo Estado de todos os jornalistas do JT, sem demissão.
Os representantes do Sindicato pediram as mesmas garantias para os três PJs. A juíza se dispôs a entrar imediatamente com uma acusação contra o Grupo por fraude nas relações de trabalho.
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