terça-feira, 9 de outubro de 2012

Florada nos cafezais anima produtores paranaenses



Os agricultores acreditam que seja a melhor dos últimos quatro anos na região, resultado da combinação climática de estiagem por mais de 70 dias e grandes volumes de chuva no final de setembro
A florada nos cafezais na região de Terra Rica enche os produtores de otimismo. A chuva veio em boa hora e a produtividade deve melhorar na próxima safra.  

Os agricultores acreditam que seja a melhor dos últimos quatro anos na região, resultado da combinação climática de estiagem por mais de 70 dias e grandes volumes de chuva no final de setembro. 

O cenário anima os produtores, já que a base de cada flor, pode se tornar um grão na próxima colheita. O agricultor Elísio Nunes é um deles, ele cultiva três alqueires na Chácara Santa Adélia, Distrito de Adhemar de Barros.  “Estou contente com a lavoura”, diz. 
Com o cafezal repleto de botões e florada abundante, a produtividade deve aumentar e Elísio espera colher 125 sacas beneficiadas por alqueire. “A seca de mais de dois meses que atingiu a região atrasou o aparecimento dos botões, mas vai garantir que os grãos de café cresçam ao mesmo tempo”, explica o Jorge Luciano de Souza, técnico em agropecuária da Copagra. 

Com os grãos amadurecendo juntos, o café ganha qualidade e o produtor reduz os custos da lavoura na hora da colheita, já que pode efetuar a mesma em uma única etapa. “Além da colheita ser mais tranquila este conjunto de fatores proporciona melhor padrão de qualidade ao produto final”, salienta o técnico. 
Nova técnica - Em visita a propriedade, Sérgio Rugeri Campos, gerente da Unidade da Copagra, em Terra Rica, repassou ao agricultor conhecimentos sobre apicultura migratória, uma técnica muito utilizada por fruticultores catarinenses e gaúchos, que pode proporcionar um ganho de 20 a 30% em aumento de produção devido a polinização mais eficiente.
Esta técnica pode ser desenvolvida em parceria com apicultores da região, ou seja, durante o período das floradas, o apicultor instala suas colmeias no local. “Assim que termina o período de floração, as colmeias são retiradas para que possa ser feito os tratos culturais da lavoura. O resultado é muito bom, pois o produtor de café melhora a polinização com maiores chances de produção, sendo que o apicultor fica com a produção do mel. Parceria do Ganha Ganha”, explicou Sérgio Rugeri Campos. (Ass. Copagra)

Diário do Nordeste

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