Alex Tsipras: "A Grécia hoje pode ser Portugal amanhã"
Alex Tsipras, líder da coligação da esquerda grega Syriza, alertou que a "Grécia hoje pode ser Portugal amanhã", caso o país continue a seguir as medidas de austeridade impostas pela troika. Tsipras adiantou ainda que o seu país neste momento enfrenta uma crise humanitária. Segundo Tsipras, 2013 será "o pior ano da recessão" na Grécia, dado a alarmante taxa de desemprego e o aumento do número de suicídios.
Esquerda.net
"A Grécia está um ano, um ano e meio à frente de Portugal na recessão. Os países têm a mesma experiência, os mesmos inimigos e o mesmo tratamento da 'troika'", frisou Alex Tsipras esta terça-feria em declarações à agência Lusa em São Paulo, no Brasil.
Para o líder da Syriza, 2013 será "o pior ano da recessão" na Grécia, com consequências humanitárias dramáticas, dado a alarmante taxa de desemprego e o aumento exponencial do número de suicídios.
"Não temos que lutar somente contra os inimigos políticos, mas também contra o desastre social. Temos de criar ações solidárias neste momento", defendeu Tsipras.
A Grécia “neste momento enfrenta uma crise humanitária”
Durante uma reunião com o ex presidente brasileiro Lula da Silva, o representante da Syriza afirmou que a Grécia foi eleita “como cobaia da crise europeia” e salientou que “ povo [grego] está a ser barbaramente atingido por esta crise”.
“O rendimento médio sofreu uma redução de aproximadamente 40%, o PIB caiu 25 pontos nos últimos quatro anos e a taxa oficial de desemprego já é de 26%. Entre os jovens, passa de 50%”, lembrou Alex Tsipras.
“Não seria exagero dizer que a Grécia, um país no coração da Europa, em desenvolvimento, com rendimento per capita de país desenvolvido, neste momento enfrenta uma crise humanitária”, lamentou.
As políticas de austeridade condenam-nos a uma recessão perpétua
“Nos últimos três anos, recebemos 140 bilhões de euros em empréstimos. Desse valor, só 19 bilhões foram para a economia real. Esses empréstimos estão a condenar-nos a uma recessão perpétua, porque não temos a menor possibilidade de pagar essa dívida”, alertou Alex Tsipras, defendendo que, caso as medidas de austeridade prossigam, a situação só irá piorar.
Para Tsipras, o próximo ano será "crucial" em toda a Europa, e o recuo da crise dependerá de fatores como as decisões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e o resultado das eleições na Alemanha.
Sobre esta última questão, o dirigente da coligação radical da esquerda grega adiantou que não acredita que "haja uma possibilidade de que Merkel perca as eleições”. “Steinbrück terá posições parecidas e os eleitores vão preferir ficar com a original", declarou.
Durante a sua visita ao Brasil, Alexis Tsipras voltou a defender uma conferência europeia sobre a dívida soberana, organizada nos mesmos moldes que a Conferência de Londres de 1953 que perdoou quase 63% da dívida da Alemanha no pós-guerra.
“A Europa tem que trilhar o crescimento para superar a crise, precisamos de um plano Marshall de investimentos, uma mudança na política de impostos, que recaem fortemente sobre os trabalhadores e a classe média, e um programa de investimento na infraestrutura do país”, defendeu.
Segundo avançou ainda o líder grego, a crise não é europeia, mas "mundial", e só será vencida com o fim da austeridade e com a aposta dos governos em investimentos públicos, na criação de emprego e no desenvolvimento social.
Para o líder da Syriza, 2013 será "o pior ano da recessão" na Grécia, com consequências humanitárias dramáticas, dado a alarmante taxa de desemprego e o aumento exponencial do número de suicídios.
"Não temos que lutar somente contra os inimigos políticos, mas também contra o desastre social. Temos de criar ações solidárias neste momento", defendeu Tsipras.
A Grécia “neste momento enfrenta uma crise humanitária”
Durante uma reunião com o ex presidente brasileiro Lula da Silva, o representante da Syriza afirmou que a Grécia foi eleita “como cobaia da crise europeia” e salientou que “ povo [grego] está a ser barbaramente atingido por esta crise”.
“O rendimento médio sofreu uma redução de aproximadamente 40%, o PIB caiu 25 pontos nos últimos quatro anos e a taxa oficial de desemprego já é de 26%. Entre os jovens, passa de 50%”, lembrou Alex Tsipras.
“Não seria exagero dizer que a Grécia, um país no coração da Europa, em desenvolvimento, com rendimento per capita de país desenvolvido, neste momento enfrenta uma crise humanitária”, lamentou.
As políticas de austeridade condenam-nos a uma recessão perpétua
“Nos últimos três anos, recebemos 140 bilhões de euros em empréstimos. Desse valor, só 19 bilhões foram para a economia real. Esses empréstimos estão a condenar-nos a uma recessão perpétua, porque não temos a menor possibilidade de pagar essa dívida”, alertou Alex Tsipras, defendendo que, caso as medidas de austeridade prossigam, a situação só irá piorar.
Para Tsipras, o próximo ano será "crucial" em toda a Europa, e o recuo da crise dependerá de fatores como as decisões do FMI (Fundo Monetário Internacional) e o resultado das eleições na Alemanha.
Sobre esta última questão, o dirigente da coligação radical da esquerda grega adiantou que não acredita que "haja uma possibilidade de que Merkel perca as eleições”. “Steinbrück terá posições parecidas e os eleitores vão preferir ficar com a original", declarou.
Durante a sua visita ao Brasil, Alexis Tsipras voltou a defender uma conferência europeia sobre a dívida soberana, organizada nos mesmos moldes que a Conferência de Londres de 1953 que perdoou quase 63% da dívida da Alemanha no pós-guerra.
“A Europa tem que trilhar o crescimento para superar a crise, precisamos de um plano Marshall de investimentos, uma mudança na política de impostos, que recaem fortemente sobre os trabalhadores e a classe média, e um programa de investimento na infraestrutura do país”, defendeu.
Segundo avançou ainda o líder grego, a crise não é europeia, mas "mundial", e só será vencida com o fim da austeridade e com a aposta dos governos em investimentos públicos, na criação de emprego e no desenvolvimento social.
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