sábado, 31 de março de 2012

MEPES, DEPOIMENTO FINAL


Onde estão os ex-alunos e ex-colaboradores da Escola Família Agrícola?
Como estão?
O que fazem?
No momento em que o Mepes completa 25 anos de vida ativa, temos de ter respostas para estas perguntas.
Valeu a pena a caminhada até aqui?
Sabemos da importância do Mepes na vida de milhares de pessoas. Sabemos que sem o Mepes, muitos dos nossos agricultores de hoje, estariam marginalizados nas cidades.
O que o Mepes tem feito ou pode fazer pelos seus ex-alunos e ex-colaboradores? Podemos inverter a questão; o que os ex-alunos e ex-colaboradores tem feito e o que podem fazer pelo Mepes?
Quem tem o privilégio de andar pelo interior do Espírito Santo e manter contato com pessoas que passaram pelo Mepes, confessa que várias vezes se emocionou; pelo que viu, sentiu e registrou.
Por tudo isto perguntamos:
O que faço?
O que posso fazer?
O que podemos fazer?
Estas perguntas nos desafiam.
MEPES 25 ANOS
CONVERSA FRANCA, AMIZADE LONGA.
O NOSSO TESTEMUNHO E A NOSSA ESPERANÇA.
RONALD MANSUR,
ELIANE STAUFFER DE ANDRADE MANSUR
AUGUSTO DE ANDRADE MANSUR
VINICIUS DE ANDRADE MANSUR
HELENA DE ANDRADE MANSUR

IDENTIDADE DO MEPIANO



Até aqui o Mepes, seu trabalho e o seu pessoal. Estamos cumprindo parte de nossa missão. Estamos na ponte de chegada.
O texto que segue é a chave para perceber a fonte da prática e da filosofia do Mepes.
1-      O Mepes é um grupo de amigos que, tendo ouvido o grito de sofrimento de muitos irmãos das comunidades mais carentes do meio rural, e o convite de Cristo para segui-lo, responderam com generosidade e, por isso, uniram-se na ação libertadora, orientada por programas bem definidos: EFAs, DAC, CCS, Equipe Central.
2-      Cada um vive a sua resposta dentro da sua competência profissional e dentro do tempo que poderá dar (um ou mais anos). As diversidades das funções (médicos, técnicos, educadores, trabalhadores, serventes, religiosos, padres) não deveria criar privilégios ou distinção, mas todos serão amigos e irmãos que executam diferentes tarefas, e com responsabilidade diferentes, membros de um único corpo a serviço da liberdade das Comunidades Rurais.
3-      Cada um procurará exercer a ação liberadora, de um lado como ‘’missão’’ e do outro lado como serviço aos irmãos. Por isso deverá executá-la, com máximo de seriedade, competência, delicadeza e generosidade, dando cada um o máximo que pode dar dentro das suas limitações e dificuldades.
4-      Acredita que a vida ensina mais do que a escola, por isso a sua preocupação é engajar-se sinceramente na vida das comunidades às quais é enviado, adaptando a sua capacidade àquelas exigências e procurando um constante aperfeiçoamento e aprofundamento de seus conhecimentos técnicos e científicos.
5-      Vive em grupo (ou equipe). Sabe que o grupo exige uma ascese constante que purifica. Aceita esta realidade sabendo também que o grupo ajudar a enxergar melhor a realidade e interpretar melhor os ‘’sinais do tempo’’ que estão se fazendo na história e cada dia e que são o dedo de Deus que indica  direção e a voz Dele que convida a enfrentar as lutas certas.
6-      Toma as decisões em grupo. Para isso educa-se no respeito profundo das pessoas do grupo, seja qual for a sua posição social. Sabe que a preferência de Deus é para os homens simples e pobres, e, portanto, prestará mais atenção e terá maior respeito para os pobres e para os simples.
7-      Engaja-se com todas as suas energias e com pureza de coração para um desenvolvimento que exija como condição a participação do povo. Para isso é preparado a escolher sempre os meios que privilegiam o associativismo, a participação e a comunhão (comum-união).
8-      Acredita que o número é a força dos pequenos. Mas as massas devem ser organizadas ao redor de objetivos concretos e possíveis. Por isso com a equipe sabe organizar o povo, respeita a liderança que encontra (prepara outra).
9-      É paciente. Sabe esperar o momento oportuno, preparando-o convenientemente. Não fica passivo, mas faz o acontecer e procura sempre as soluções possíveis.
10-Sabe que o ótimo é o pior inimigo do bom. Portanto, é concreto e possibilista, não deixa de alcançar um resultado hoje, em vista de um hipotético resultado amanhã.
11-Aceita as suas limitações e a dos outros. Sabe que a libertação não vem de um dia para o outro, mas é uma caminhada onde um ajuda o outro a carregar a cruz.
12-Tem uma consciência lúcida e um coração puro para ver quais dos seus defeitos são de sua responsabilidade e, portanto, devem ser combatidos e quais são as conseqüências de uma situação e, portanto, aceitados e sublimados.
13-É sincero. Ama a verdade e sabe dizê-la com amizade e respeito, mas sem fingimento, aos mais poderosos e aos mais humildes.
14-Sabe que Deus predilige os pobres e humildes e resiste aos poderosos e aos orgulhosos. Por isso não se deixa enganar pelas aparências e procura ter no seu coração as mesmas preferências de Deus.
15-Na ação usa esse critério: faz tudo como dependesse dele e espera tudo como dependesse de Deus. Por isso, para alcançar o objetivo, não renuncia a nenhum meio lícito, humano ou técnico, para depois ficar tranqüilo, esperando o resultado das mãos de Deus.
16-Acredita na providência de Deus que atua não somente na vida de cada um, mas, também, na vida das Entidades e das Organizações que a Deus se entregam. Por isso, vive gênero, não mesquinho consigo e com outros, sabendo que Deus será fiel e nunca lhe fará faltar o necessário.
17-Sabe que sem sofrimento não há vitória. Nos momentos da prova não desanima, mas aprofunda a sua fé e aperfeiçoa a sua técnica. Não fica inerte, procura e intensifica os laços de amizade: é a união que faz a força.
18-Acredita no homem feito a imagem de Deus e confia somente num tipo de desenvolvimento; o desenvolvimento feito pelo homem, a serviço do homem todo e de todos os homens.
19-Acredita que os bens (materiais e espirituais) não são patrimônio exclusivo de ninguém, mas, então no mundo para serem colocados a serviço de todos os homens e para o crescimento de todos.
20-Sabe que ‘’quem tem mais deve dar mais’’. Por isso tudo quanto ele tem, ou porque recebeu, ou porque aprendeu na escola e na vida, deve ser colocado à disposiççao dos mais pobres.
21-O operário é digno do seu alimento (Mateus 10.7). Recebe pelo seu trabalho, sabendo que não é um ‘’salário’’ fruto de sua contratação onde há trocas de mercadorias (o serviço prestado de um lado e o dinheiro do outro) mas é direito inalienável definido, de um lado, pelas suas legítimas exigências pessoas e familiares e, do outro lado, pelo serviço prestado.
22-Reconhece na Educação e na Saúde direitos fundamenais da pessoa humana e, por isso, não deixará que a Educação e a Saúde, se transformem em instrumentos de dominação ou exploração política, econômica e cultural.
23-O comportamento externo será orientado pela consciência de cada um, admitindo que a equipe, o grupo, ou outros colegas possam, para o bem das pessoas e o bom nome da Entidade, fazer observações e correções.
24-Vive numa estrutura e acredita que a estrutura é indispensável para garantir a continuidade a um processo de desenvolvimento de uma comunidade, mas reconhece que a pessoa humana precede e vale mais que qualquer estrutura, por isso não deixa a estrutura sacrificar a pessoa, a não ser, quando o bem comum ou de muitos, a pessoas expontaneamente  e livremente se sacrifique.
25-O Mepes privilegia o intercâmbio de pessoas e de experiências. É antigo no Movimento o lema:

ENCONTRAR-SE PARA SE CONHECER
CONHECER-SE PARA CAMINHAR JUNTOS
CAMINHAR JUNTOS PARA CRESCER
CRESCER PARA AMAR-SE MAIS.

Onde está indicado a profunda riqueza do intercâmbio. A experiência ensinou que não é fácil unir num trabalho comum pessoas de educação, mentalidade e culturas diferentes. Apesar das dificuldades, acredita no enriquecimento deste encontro deste encontro, quando, de um lado e do outro, procura-se oferecer, com simplicidade, a parte melhor de si e se é pronto a receber, com igual simplicidade, a parte melhor do outro.
Estas condições, também o serviço será melhor e o enriquecimento não será somente das duas partes, mas também da comunidade que recebe o serviço.

26-O Mepes é inspirado e orientado por motivações profundamente religiosas. Atua no meio de um povo, o meio rural, que vive com autenticidade  a sua experiência religiosa. No respeito a ação de Deus nas pessoas e da liberdade humana, aceita colaboradores de outros credos, religiosos não católicos ou que se professam ateus.
A única condição é que, por parte destes amigos, seja respeitada com lealdade a religiosidade do povo e a orientação do Movimento.
Mar Grande, Salvador,Bahia, janeiro de 1982.

Já conhecendo a ponte e tendo a chave na mão, temos condições de caminhar mais um pouco, para chegar a última página de:
MEPES 25 ANOS.
CONVERSA FRANCA, AMIZADE LONTA.
O NOSSO TESTEMUNHO E A NOSSA ESPERANÇA.

RONALD MANSUR
ELIANE STAUFFER DE ANDRADE MANSUR
AUGUSTO DE ANDRADE MANSUR
VINÍCIUS DE ANDRADE MANSUR
HELENA DE ANDRADE MANSUR.

Mais saúde para as mulheres do campo



Senar/ES promove Programa Útero é Vida, levando informações sobre saúde e atendimento às mulheres rurais de onze municípios capixabas

O Senar/ES, por meio do Programa Útero é Vida, tem proporcionado mais saúde a centenas de mulheres que vivem no meio rural. O programa leva informações sobre a saúde da mulher e oferece a realização de exames preventivos contra o câncer do colo do útero. A doença é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres em todo o país, ficando atrás apenas do câncer de mama.

No evento, as mulheres são recepcionadas por agentes de saúde, participam de palestras educativas com temas relacionados à saúde e fazem coleta de material para realizar o exame preventivo de câncer do colo do útero. Tudo gratuitamente.

A grande novidade em 2012 é a parceria firmada com o programa Mamografia Express, que conta com uma unidade móvel totalmente aparelhada para realizar o diagnóstico do câncer de mama, e as mulheres rurais poderão também realizar gratuitamente e com toda comodidade seus exames de mamografia.

O primeiro evento deste ano aconteceu no dia 17 de março no município de Apiacá. Foram realizados 96 exames preventivos de câncer de colo do útero e 66 mamografias. O programa contou com a presença do presidente do Sindicato Rural do município, Rodrigo Melo Mota, e do prefeito Humberto Alves de Souza.

A dona de casa Vanda Miliolle de Sá Lima, 38 anos, foi uma das mulheres atendidas no município. Ela fez o exame preventivo contra o câncer do colo do útero pela primeira vez. “Eu nunca tinha feito esse tipo de exame porque tinha vergonha, mas fui convencida pela agente de saúde, que junto com uma amiga minha, insistiu para que eu participasse da ação”, revelou.

Vanda entendeu a importância da realização periódica dos exames para prevenção da doença. “Se eu estiver doente, então é melhor saber logo, porque assim terei tempo de me tratar e ficar curada”, afirmou.

 A aposentada Maria Cecília Emidio, 60 anos, também participou da ação. Ela fez o primeiro preventivo aos 45 e, desde então, não deixou mais de fazer. “É importante realizar os exames para manter a saúde. Passei isso para minha filha, que também não abre mão de se cuidar”, defende.

Além do atendimento médico, as participantes também recebem tratamento de beleza com cabeleireiros e manicures que cuidam do visual das mulheres enquanto elas cuidam da saúde.

As mamães também não precisam se preocupar, já que enquanto elas participam dos eventos, as crianças têm à disposição um espaço de recreação com profissionais capacitados e responsáveis para cuidar dos pequenos.

Prevenção
No Brasil, cerca de 50 mil novos casos de câncer de mama são diagnosticados por ano. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que o Espírito Santo apresente cerca de 900 casos da doença em 2012. O câncer de mama é o que mais mata mulheres no país. A melhor maneira de se prevenir é fazendo o autoexame da mama, que deve ser realizado sempre dez dias após cada menstruação, além da mamografia anual, que deve começar entre 45 e 50 anos.

Já para o câncer de colo do útero a estimativa é de que sejam diagnosticados 340 novos casos no estado. A principal infecção que pode levar a esse tipo de câncer é a do papilomavírus humano (HPV). A prevenção é feita através de exame ginecológico, o papanicolau, e deve ser realizada anualmente.

A maneira mais eficiente de combate ao câncer de mama e ao câncer do colo do útero ainda é a prevenção. Hoje, a maioria dos casos é curável se diagnosticada no início.




Mais informações:
Faes – (27) 3185-9200
Iá! Comunicação/Elaine Maximiniano – (27) 3314-5909//96116237

ALBUINO AZEREDO 2


28 de junho de 1993
Na vida temos certezas e dúvidas.
Certeza temos de que janeiro teve 31 dias, fevereiro 28, março 31 e abril teve 30 dias.
Mas no Mepes não sabemos quantos dias terá maio.
Nesta incerteza e nesta dúvida nós sabemos que os dias custam a passar. A nossa angústia é de termos um compromisso com quem já cumpriu a sua tarefa. Estamos em débito. Não sabemos como e quando será o final de maio.
Certeza temos de nossa caminhada, porque temos 25 anos de estrada. Certeza temos de nosso compromisso. Certeza temos quando vemos todo Espírito Santo e todo Brasil vir até Anchieta pedir socorro para educação rural. Estamos abertos e não somos donos da verdade.
Certeza temos quando da África vem um apelo e três irmãos de Moçambique para aqui estudar. Certeza temos quando estes nossos irmãos não mais chegam nos porões da vergonha da escravidão. Hoje eles chegam na harmonia da paz, do amor e da solidariedade.
No Mepes temos certezas e dúvidas, mas lutamos para termos forças para ir adiante. Certeza queremos ter de voltar aqui sem dúvida.

ALBUÍNO AZEREDO 1


A GAZETA 15 de junho de 1992
Mais uma vez estamos em contato para falar do Mepes. Estamos cumprindo uma missão que não nos foi delegada, mas que achamos necessária por dever de consciência. Aqui está presente uma pequena parte das pessoas envolvidas no Mepes. Gente que veio de longe, que deixou os seus afazeres, mas que sabe da importância deste encontro para o futuro da comunidade rural capixaba e também do Brasil.
Aproveito a ocasião para mais uma vez registrar o caminho até aqui percorrido pelo Mepes, muito longo e cheio de vida. Hoje nós nos apresentamos, como muitos outros fizeram no passado, certo de que no futuro haverá um renovar de forças. Acreditamos nisto.
A primeira semente da verdadeira educação rural no Brasil foi lançada no Espírito Santo  pelo padre Humberto Pietrogrande, em 1965. A germinação ocorre todos os dias. Mas, como um verdadeiro milagre, a primeira germinação ocorreu em três lugares diferentes. Falo do surgimento, em 1969, das EFAs de Anchieta, Rio Novo do Sul e Alfredo Chaves.
Senhor Governador, hoje vamos recorrer a canção popular:
...que a semente seja santa
Que essa mesa seja farta
Que essa casa seja santa...
A primeira semente foi farta e santa, era boa e foi cuidada por gente generosa, como as que aqui estão. Foi gente deste tipo que nos permitiu estar aqui hoje, pensando no futuro, mas agindo no presente. O sonho virou realidade. A realidade incomoda. Uma pessoas incomodada é o primeiro passo para uma mudança.
Depois vieram as EFAs de Iconha, Jaguaré, Rio Bananal, São Mateus, Montanha, Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Pinheiro, Boa Esperança, as creches, o Centro Comunitário de Saúde de Anchieta e o Centro de Formação de Monitores de Piúma.
Numa segunda fase começaram a surgir EFAs com o mesmo sistema de ensino do Mepes, mas independente organicamente, em: Domingos Martins, Santa Maria do Jatibá, Jaguaré e Barra de São Francisco. Mais adiante vão surgir escolas em Venda Nova do Imigrante e Mantenópolis, porque assim as comunidades já decidiram.
Do Espírito Santo saíram sementes de EFA soara 12 Estados Brasileiros, hoje somanto 72 EFAs. Tudo aconteceu e teve como ponto de partida o nosso Estado, pequeno, mas nunca negando apoio aos irmãos de outras regiões. Muitas vezes o chamado vinha em forma de desespero, porque famílias inteiras estavam indo para os grandes centros, no caminho da marginalidade total.
Nestes 24 anos de atuação do Mepes, muita água passou por debaixo da ponte, como diz o ditado popular. O Mepes teve muita incompreensão, muito não e portas fechadas. Mas, se o Mepes chegou até aqui, é porque teve apoio e algumas portas abertas.
Senhor Governador, volto novamente à canção popular do Ivan Lins e Vitor Martins:
...que o perdão seja sagrado
Que a fé seja infinita
Que o homem seja livre
Que a justiça sobreviva...
Lembro ainda que para termos semente farta e santa, daquelas que germinam e dão bons frutos e novamente boas sementes, precisamos caminhar juntos. Lembro também palavras do meu querido padre Humberto Pietrogrande, num momento de muita dificuldade no Mepes, vivendo uma grande crise, ele sabiamente disse:
...conversa franca, amizade longa. O amanhã começa hoje

JOSÉ GOLDENBERG


1991
Senhor Ministro da Educação, tomo a liberdade de lhe escrever, aproveitando a sua passagem pelo Espírito Santo.
Faço das tuas palavras a introdução de nossa conversa. Na edição de domingo do jornal Folha de São Paulo, trouxe a seguinte colocação:
... a elite brasileira aceitou apenas no papel a idéia de que a educação é fundamental para o desenvolvimento do país e instrumento importante para a modernização. Não há uma conscientização da importância real da educação numa sociedade e, portanto, ela não é fiscalizada devidamente.
Sou jornalista profissional e atuo na TV Gazeta como editor de um programa rural (Jornal do Campo), que vai ao ar todos os domingos. É a ligação com o meio rural que me levou a manter contato com um conjunto de escolas rurais no nosso Estado, a Escolas Família Agrícola (EFA). Este sistema tem a sua origem na França e se espalhou por todo Mundo, teve o seu início aqui no Espírito Santo há 23 anos. Hoje são 10 escolas de 1º grau e três do 2º grau e um Centro de Formação de Monitores. As escolas são geridas pelas comunidades e estão sob coordenação de uma entidade chama Movimento de Educação Promocional do Espírito Santo- Mepes.
Basicamente a EFA funciona em sintonia com a comunidade rural (família) e com a sua realidade. Na EFA de 1º grau o aluno fica uma semana na escola e uma semana em casa. Na EFA de 2º grau a alternância se dá no intervalo de duas semanas. Neste esquema o jovem não perde o contato com a sua família-realidade.
Estou anexando várias cópias de material que fala sobre o Mepes, sua estrutura e seu funcionamento. Também segue o plano de curso do2º grau.
Senhor Ministro, agora no início do mês de outubro vamos ter aqui em Vitória um seminário internacional que vai debater a educação rural. Gostaríamos de contar com a sua presença tão ilustre. Dom Luciano Mendes presidente da CNBB, vai estar no seminário, bem como um grupo esperado de 120 pessoas representando todo sistema de EFA do Brasil, Argentina, Uruguai, França e Itália.
Agradeço a atenção e gostaria de ter um retorno deste nosso primeiro contato. Finalizando quero deixar as palavras do padre Humberto, fundador do Mepes, que entende a educação e a vida como um renovar de: encontrar-se para conhecer-se. Conhecer-se para caminhar juntos. Caminhar juntos para amar mais.
Um abraço e com a sinceridade afirmo que no Mepes a EDUCAÇAO foi aceita no papel e na vida diária como fundamental para todos.
Até uma próxima oportunidade, que espero que ocorra.

sexta-feira, 30 de março de 2012

MEU CARO MAX 6


14 de janeiro de 1991
Hoje, 14 de janeiro de 1991. Estamos sendo bombardeados pela televisão com informações de uma possível guerra no Oriente Médio. Fala-se mesmo no início da terceira guerra mundial, mas uma guerra que certamente será a última. Será o fim?
Hoje, 14 de janeiro de 1991, infelizmente tenho novamente de voltar a lhe escrever. Não é preciso nem mesmo dizer qual é o assunto. Isto mesmo, é sobre o Mepes. Eles continuam vivendo uma guerra diária e difícil. O confronto deles é um pouco diferente de um confronto nuclear, que destrói tudo e coloca um ponto final na vida.
Hoje, 14 de janeiro de 1991, no Mepes a luta prossegue, como vem prosseguindo nestes últimos 23 anos. Esta gente não tem descansado e nem podem respirar por alguns dias em paz. Esta gente tem sido acossada por problemas que surgem quase que diariamente. Eu não sei onde eles guardam oxigênio, porque sempre conseguem respirar por mais um tempo acima do normal. O padre Humberto fala que é a Divina Providência. Viva a sorte e a paciência.
  MEU CARO MAX
Às vezes fico pensando que as minhas ações em favor do Mepes constituem neste momento problemas para o próprio Mepes. Eu que imaginava estar ajudando a uma causa nobre, na verdade devo estar complicando a vida deles.
Devo confessar que nos últimos 12 anos tenho andado praticamente toda semana pelo interior do Estado. Neste período tenho convivido com todo tipo de gente. Encontrei de tudo: de gente com proposta séria a tentativas descaradas de suborno.  Nestes anos vivi o nascimento de movimentos, de associações, de cooperativas e de sindicatos. Eu tenho um testemunho a dar. Eu creio que a minha opinião, que minhas palavras e que o meu comportamento são elementos que devem ter alguma importância. Eu vi tudo e vivi muita coisa.
MEU CARO MAX
Nesta minha caminhada já peguei o Mepes na estrada, com experiência e comum trabalho invejável, mas que não temo devido valor correspondente.
Vi a angústia do padre Humberto se transformar em mais força para dar energia aos Mepianos. Esta gente fazia um belo trabalho e por este motivo pedi licença para entrar na caminhada deles. Esta gente não pode ficar sozinha. Esta gente tem de ter outras companhias, aumentar o número de pés e de mãos. O caminho é longo e o trabalho árduo. Esta gente não engana a ninguém, não dá passos maior do que as pernas e está sempre presente nos momentos de alegria e de dor.
MEU CARO MAX
Eu vi essa gente do Mepes dividir a sua mesa, o seu espaço e dar dias e dias pelo trabalho em prol das populações marginalizadas do campo. Eu vi esta gente dar a sua vida, como Verino Sossai e Valdizio Barbosa. Morreram? Não, foram assassinados porque estavam ao lado do povo. Hoje eles fazem falta nas suas famílias. Eles foram lutadores e certamente levaram uma angústia de terem lutado sempre, mas nem sempre viram os resultados do trabalho. A bandeira deles é a nossa, é a bandeira do Mepes na prática.
Poderia seguir adiante e encher folhas e folhas, falando e falando do Mepes, de sua caminhada e do seu trabalho. Mas, ao que parece o valor que se dá ao Mepes é em função de ser um movimento nascido na cabeça de um simples padre jesuíta e germinado no meio do povo trabalhador do campo. Essa gente sabe o que quer. Essa gente verdadeiramente não tem valor, assim é o que entendemos quando paramos para pensar o muito que se fez e o pouco que se recebeu.
MEU CARO MAX
O Governo tem uma dívida financeira com o  Mepes e uma dívida moral que certamente nunca será paga, nem nós queremos recebê-la, já que este é o nosso papel na sociedade. Nós estamos cumprindo a nossa parte, com alegria, com fé, com determinação, com amor e tem gente que foi muito além,  deram o sangue e a vida pelo Espírito Santo mais justo e mais decente para com os mais pobres e desprotegidos.
Vou ficando por aqui, na expectativa de que você entenda as razões deste teu amigo, que vê o Mepes como a coisa mais sublime e importante do setor educacional-político-social no meio rural capixaba.
Nós passaremos e o Mepes certamente vai ser tocado por outras mãos e outras cabeças, com outros pés que sempre terão o rumo do servir na rota de:
Encontrar-se para conhecer-se.
Conhecer-se para caminhar juntos.
Caminhar juntos para crescer.
Crescer para amar mais.
Finalizando quero deixar um ditado que um dia o padre Humberto traduziu para o Governador Gerson Camata:
CONVERSA FRANCA, AMIZADE LONGA.

MAX MAURO 5


05 de setembro de 1990
Um passo ontem.
Um outro passo hoje.
Amanhã uma longa caminhada.
Uma noite
Um dia.
O sonho virou realidade.
Uma vida.
Muitas vidas.
É assim a gente do Mepes.
Eles são brancos, são pretos, são pardos, são brasileiros, são italianos e são também cidadãos do Mundo.
Formam uma corrente de elos de liberdade.
Sempre um novo passo e uma nova caminhada.
Sempre uma mão amiga:
que afaga,
que ajuda,
que acaricia,
a cada passo da caminhada.
Tem sido sempre assim, é o nosso compromisso e a nossa prática de fé.
Ontem éramos poucos.
Hoje somos muitos.
Mas amanhã poderemos ser bem mais,
Se você vier na nossa caminhada,
Meu caro MAX.

Incaper participa de assembleia de cooperativa do Polo de Acerola neste sábado (31)


FOTOS

Incaper participa de assembleia de cooperativa do Polo de Acerola neste sábado (31)
Foto: Assessoria de Comunicação/Incaper
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Festa de São Marcos acontece de 19 a 29 de abril

Tudo pronto para a realização de mais uma festa do Padroeiro de Nova Venécia, São Marcos.  O evento acontece de 19 a 29 de abril, com missa todos os dias.

No dia 19 acontece a abertura, às 18h30, na Praça Américo Salvador,  no Bairro Filomena, com a concentração dos motoqueiros.

No dia 20, o cantor Jonny entra em cena, lançando o CD Unidos Pela Vida, cuja renda será toda revertida para o Centro de Reabilitação. 

No dia 25 tem a caminhada que sairá do fim da pista do bairro Aeroporto até o Ginásio de Esportes.

O encerramento será no dia 29 às 14h, saindo da comunidade Santa Helena em carreata para o Ginásio de Esportes, onde haverá a missa presidida pelo Bispo Diocesano D. Zanoni Demettino Castro.

Todos os dias haverá barracas com comidas típicas e shows, com 50% do lucro da festa sendo revertido para a construção  do Centro de Reabilitação.

MAX MAURO 4



A trajetória de cada um é o somatório dos passos que foram dados ontem. A nossa vida é o conjunto de nossas ações. O que vamos deixar são os atos concretos. Os gestos ficarão sempre entre poucas pessoas. Já agora caminhando para o final de uma jornada popular na governadoria, certamente terá acumulado lado muitas experiências.
A posição privilegiada de uma função dá sempre uma visão mais ampla da sociedade. Compreendê-la é uma necessidade.
Certamente que o tempo que até passou o colocou muitas vezes em decisões importantes. Fico imaginando quantas vezes a amargura, a angústia e até mesmo a solidão, foram companheiras no momento de dar a palavra final. É a missão de cada um.
Ao longo do tempo, quantas vitórias foram acumuladas? Quantas derrotas foram também contabilizadas? É assim mesmo a vida, equilibrando nos prós e nos contras, mas seguindo em frente.
MEU CARO MAX
Com o coração sangrando, com os olhos cheios de lágrimas, mas com as mãos ao vento, mas com os pés no chão- pronto para uma nova caminhada, não compreendo e, creio, ninguém me fará entender e aceitar o tratamento que o Mepes vem recebendo nestes anos.
O Mepes tem um hospital administrado brilhantemente por um agricultor e com a dedicação de um fabuloso corpo de trabalhadores.
O Mepes às duras penas mantém em funcionamento várias cheches.
O Mepes tem um Centro de Formação de Monitores, que juntamente com milhares de agricultores, mantém viva a educação integral para o homem do campo.vivenciando com ele o seu valor e a sua dignidade.
O Mepes com as suas 13 EFAs não pode ser visto como está sendo olhado.
O Mepes não é mais uma experiência e um sonho, é hoje uma realidade com os pés no chão, porque é formado com gente de fibra e de luta.
O Mepes mora no nosso coração.

Pesquisa diagnostica uso da água no meio rural brasileiro


O Brasil possui uma das maiores reservas de água doce do mundo, em torno de 12% de todo o montante disponível. Entretanto, isto não é suficiente para afirmar que não há escassez hídrica no país. A distribuição dos recursos hídricos é bem desigual nas diferentes regiões brasileiras, grande parte dos mananciais, aproximadamente 80%, se encontram localizados na região amazônica, onde reside somente 5% da população. Por isso, mesmo com grande potencial hídrico, o recurso é objeto de conflito em várias regiões do País. O uso da água no meio rural representa 57% da retirada dos cursos d’água e em se tratando de consumo este número passa para 83% (uso rural, irrigação e animal).

Diante desse cenário, a engenheira agrícola Janaina Paulino buscou, no programa de Pós-graduação em Irrigação e Drenagem, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), entender a percepção dos usuários da água no meio rural quanto a este recurso e como ocorre o seu uso. “Delimitar como o meio rural se relaciona com a água torna-se de extrema valia para se tomar qualquer iniciativa de gestão ou implementação de projetos de capacitação”, comenta a autora do trabalho, que teve orientação de Marcos Vinícius Folegatti, professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB).

Com o título “Diagnóstico do uso da água e necessidade de formação de capacidades no meio rural nas regiões administrativas do Brasil”, a tese de Janaina está inserida no objetivo de dois grandes projetos, “Diagnóstico de demanda e oferta por capacitação e extensão tecnológica em temas relacionados à gestão das águas, nos níveis técnico e superior para cada uma das 5 regiões administrativas do País” (Edital MCT/CNPq/CT-HIDRI/ANA No 48/2008) e “Estudo para o desenvolvimento da capacitação de usuários de recursos hídricos no meio rural”(Processo FINEP 01.09.0260.00). Ambos foram desenvolvidos por mais de dois anos, envolveram mais de 15 pesquisadores de diferentes áreas ligadas à gestão de recursos hídricos e tiveram a coordenação do professor Folegatti e coordenação técnica do pesquisador Rodrigo Máximo Sánchez-Román. “Os dois projetos se completam e, em um âmbito geral, levantaram informações sobre dos usos da água no meio rural; diagnosticaram a demanda e a oferta de capacitação e extensão tecnológica para a gestão dos recursos hídricos nos níveis técnico e superior; determinaram o formato para o funcionamento de uma rede de capacitação e extensão tecnológica, a “Rede Yara”; além de propor um série de materiais didáticos para capacitadores e para usuários da água”, explica a engenheira agrícola.

Trabalho de campo – Sobre a sua pesquisa, Janaina contou com uma equipe técnica de profissionais de diversas áreas de atuação, com mais de 13 colaboradores, que trabalharam por mais de dois anos no planejamento, obtenção e sistematização de dados e elaboração de relatório.

De início, foi realizado o levantamento dos potenciais locais e instituições que seriam aptos a responder de maneira expressiva as questões sobre a utilização do recurso hídrico na região. A partir de dados do IBGE, foram levantados os municípios que mais utilizavam água no setor rural, contemplando informações de uso da água na produção vegetal e na produção animal.

Assim sendo, recorreram-se às tabelas que apresentavam informações sobre estabelecimentos agropecuários com uso de diferentes métodos de irrigação e diferentes explorações animais. Na irrigação, a análise foi feita incluindo todos os métodos apresentados pelo IBGE, ou seja, inundação, sulcos, aspersão (pivô central), aspersão (outros métodos), localizada e outros métodos de irrigação e/ou molhação. No que tange à produção animal, cinco explorações diferentes foram consideradas: gado de corte em pasto, gado de corte confinado, gado de leite, aves e suínos. Para que a distribuição fosse de forma equitativa nas regiões, foram selecionados os quatro municípios mais expressivos em cada método de irrigação (área irrigada) e em cada exploração animal (cabeças) de cada região, totalizando 180 municípios em todo o país. Em termos de região administrativa, foram selecionados 31 na região Norte, 35 na região Sudeste, 37 na região Centro-Oeste, 38 na região Nordeste e 39 na região Sul.

Após a seleção dos municípios, foram mapeadas as instituições ligadas ao uso da água. “Focamos nos representantes de instituições governamentais e não governamentais. Por parte de instituições governamentais, foram levantados os contatos das prefeituras municipais (secretarias), órgãos de assistência técnica e extensão rural. Das não governamentais, foram contatadas cooperativas, associações, sindicatos e outras que lidam diretamente com o produtor rural, totalizando 357 instituições”, explica Janaina.

Ao mesmo tempo, fora elaborado um questionário de pesquisa, dividido em cinco partes, delimitando dados pessoais do colaborador e da entidade, dados da região de atuação da entidade, onde levantou-se informações referentes a comitês de bacias, política públicas de conservação, legislação, crédito rural, cobrança pelo uso da água entre outros. Na terceira parte apresentou questões referentes à qualidade, uso, fontes de água, disputa pela água e situação atual e passada dos recursos hídricos. A quarta parte tratou da produção vegetal e abordou culturas produzidas, métodos de irrigação e manejo de água e solo. Por fim, a quinta parte trouxe questões sobre o uso e reuso da água e relação agrotóxicos/uso da água/produção animal.

“Com o retorno dos questionários, os dados foram analisados e interpretados de maneira integrada e também por região administrativa, tentando ao máximo buscar a percepção do produtor e/ou extensionista quanto ao entendimento do recurso água, sua importância e seus usos”. Um evento nacional, denominado “Uso sustentável da água no meio rural – uma proposta pedagógica” foi organizado no LEB/ESALQ para apresentar e discutir os resultados que, posteriormente, foram apresentados de maneira presencial, em algumas das instituições que participaram do workshop, nas cinco regiões administrativas.

“Na prática, a pesquisa mostrou que os usuários da água no setor rural já estão percebendo alteração na disponibilidade hídrica das fontes e que as disputas pelo uso da água vêm aumentando ao longo do tempo, ocorrendo principalmente entre o próprio setor agrícola”, afirma Janaina. O estudo mostra que essa percepção revela uma demanda por materiais que visem formar capacidades nos usuários e nos trabalhadores das instituições de extensão rural. “Os serviços de extensão e transferência de tecnologia rural no Brasil não estão funcionando da maneira que deveriam ou em alguns casos são inexistentes”, continua. Entre as regiões, a região Norte foi a que apresentou maior carência de ações voltadas à gestão dos recursos hídricos. A maior atividade usuária da água é a irrigação e muitos avanços devem ocorrer neste setor. Os usuários precisam de suporte técnico e poucos são os profissionais atuantes e preparados para atender tais demandas. Mesmo existindo relatos de iniciativas sobre o reuso da água em algumas regiões, como a Sul, por exemplo, verifica-se que há carência de ações visando este assunto. “O País precisa destes serviços para conseguir ter uma política de desenvolvimento no meio rural que coloque ou mantenha-o nos níveis adequados para enfrentar o mundo globalizado; e o papel da educação ambiental no processo de formação de capacidades na gestão dos recursos hídricos é primordial, pois só através dela é possível, em longo prazo, romper a herança cultural de que a água é um recurso abundante, renovável e ilimitado”, conclui.

Caio Rodrigo AlbuquerqueJornalista
MTb 30356
caiora@esalq.usp.br

COOCAFÉ COOPERATIVA DA REGIÃO DO CAPARAÓ



A Coocafé é uma cooperativa de cafeicultores com sede em Laginha, Minas Gerais,
mas que atua no Espírito Santo. Veja um pouco desta Cooperativa, que é muito
importante para os capixabas.
CONFIRA;
O Espírito Santo faz parte da história da Coocafé, que atua no Estado desde sua
fundação, e conta hoje com  milhares de cooperados capixabas, Armazém Barra
Grande, em Irupi, com sua capacidade já ampliada para armazenar 120 mil sacas de
café, loja em Iúna e, recentemente, a Coocafé também inaugurou duas unidades no
Estado: em 2009, em Ibatiba/ES; e em maio de 2011, em Irupi/ES.
A história nos mostra que a Coocafé sempre foi uma cooperativa também do Espírito
Santo, e sabe que, com o apoio de todos, ainda tem muito o que crescer junto com
este Estado.
Sendo assim, está mais do que evidente que a Coocafé e o Estado do Espírito Santo
estão focados  no progresso e, caminhando juntos, promoverão, cada vez mais, o
desenvolvimento do produtor rural capixaba.        
INFORMAÇÕES COOCAFÉ 2011
Cooperados no ES: 1.326 ( 24% do Total Coocafé – 4.959)
Segmentação:
Até 10 ha 53%
De 10,1 a 20 ha 36%
Maior que 20 ha 11%
80% dos nossos cooperados são agricultores familiares.
Funcionários no ES: 79 ( 28% do Total Coocafé – 280)
Entrada de Café ES: 204.488 (31% do Total Coocafé - 655.932)



Comercialização de Café ES: 135.367 (22% do Total Coocafé - 611.611)
*Faturamento Coocafé ES: R$ 84 milhões ( 26% do Total Coocafé – R$ 318 milhões)
*Valores arredondados
Grande parte dos investimentos realizados pela Coocafé nos últimos anos também
foram direcionados ao Espírito Santo.
Investimentos recentes no Espírito Santo:
 Compra do Terreno de Iúna: R$ 300 mil;
 Construção da nova unidade comercial de Iúna: R$ 90 mil;
 Compra do Terreno de Ibatiba: R$ 540 mil;
 Construção da unidade comercial de Ibatiba: R$ 95 mil;
 Reforma da unidade comercial de Irupi: R$ 15 mil;
 Compra do Terreno do Armazém Barra Grande: R$ 31 mil;
 Construção do Armazém Barra Grande: R$ 400 mil;
 Ampliação do Armazém Barra Grande: R$ 326 mil;
Aproximadamente R$ 2 milhões de investimentos em infra-estrutura no ES,
de 2009 a 2011.

MAX MAURO 3


17 ABRIL DE 1990
Vinte e dois anos são passados e muitas mãos construíram o mais autentico movimento educacional do Espírito Santo.
Foram anos de luta e de trabalho. Anos de trabalho anônimo, de pessoas que nunca mediram esforços, não mediram o dia e a noite, era o Mepes em gestação.
Foram brasileiros e italianos que tijolo a tijolo ergueram uma fortaleza, não de guerra, mas de Paz.
Uma ação multinacional, mas não vendo o lucro sair do sangue de um povo. Uma ação multinacional construída e sedimentada no amor e na solidariedade.
Hoje são 13 EFAs, 11 creches, um hospital, um Centro de Formação de Montores e uma idéia que se alastra pelo Brasil afora.
São homens e mulheres que lutaram e ainda lutam para levar ao homem do campo um tratamento mais justo.
É uma obra feita com pessoas como Taques, Giusti, Lulu Boldrini, Jocelina Nogueira e tantos outros, que a fatalidade da vida levou do nosso convívio. Esta é a gente do Mepes.
São pessoas como Verino Sossai e Valdízio Barbosa dos Santos, que ergueram EFAs, mas que por força da ganância do latifúndio, foram apiadas da caminhada da vida. Esta é a gente do Mepes.
Hoje o Mepes é uma brilhante realidade.
Hoje é fácil falar sobre o Mepes. Hoje é fácil elogiar este trabalho comunitário. Hoje é fácil escrever teses sobre a caminhada do Mepes. Hoje é fácil e muito simples aplaudir o Mepes.
Mas ontem foi pesado o fardo de fazer funcionar a escola diferente.
Teve época que era perigoso falar em libertação pela educação.
Teve época de fogo cerrado, de provocações e de lutas.
Se mergulharmos na história da vida do Mepes, vamos encontrar em cada comunidade, em cada atividade e em cada EFA exemplos de dedicação e determinação diante do próximo e da coletividade.
Podemos pinçar neste universo o nome de muitos, mas hoje queremos fazer um destaque para uma pessoa que sempre esteve engajada no Mepes, antes mesmo do seu nascimento.
Hoje queremos homenagear uma família que tem nestes anos lutado e dividido o seu pão com o Mepes. Isto mesmo, dividindo o seu pão e a sua mesa.
Gente lutadora. Gente simples. Gente de personalidade.
Gente de fibra, gente que unida dá mostras do quanto se é possível construir; quando se tem fé, competência, coragem e esperança.
Registramos o amor da família do pequeno proprietário e grande produtor João Martins e Dona Cici.
É gente assim que encontramos no Mepes.
Tudo o que disse, eu vi e vivi, ninguém me contou.
Por isto é que hoje confundimos a vida e a casa deles com a vida e a casa do Mepes. Gente e exemplo como o de João Martins e Dona Cici é fato normal na trajetória do Mepes.
Por isto é que o Mepes prossegue e é um renovar de: encontrar-se para conhecer-se, conhecer-se para caminhar juntos, caminhar juntos para crescer, crescer para amar mais.
Assim é quem pensa e ama esta grande obra que é o Mepes e o seu idealizador, o padre Humberto.
Por tudo isto:
VINTE E DOIS ANOS SÃO PASSADOS E MUITAS MÃOS CONSTRUÍRAM O MAIS AUTÊNTICO MOVIMENTO EDUCACIONAL DO ESPÍRITO SANTO.