sábado, 30 de junho de 2012

QUANDO E COMO VIERAM OS LIBANESES?


Ando na busca de como e quando meu avô paterno chegou ao Brasil, vindo do Líbano. Na peregrinação de conversas e conversas parece que não saio do lugar. De informação concreta tenho apenas a data de seu falecimento.
A primeira informação que obtive, foi por parte de meu pai, ao me dizer que vovô veio das montanhas de Zgharta. Com base neste dado consegui fazer contatos com vários patrícios, mas o que ficou de concreto é a angústia de andar, conversar e pesquisar, mas praticamente não sair do lugar. É desta maneira que as pessoas interessadas em mergulhar no seu passado ficam quando não atingem o objetivo: poder ler o passado e nele ver o seu ente querido por inteiro – com documentos de identidade e fotografia.
Zgharta tem sido o meu rumo nas buscas. Lembro que em 1992 na Espanha, em Sevilha, comprei o jornal El Paiz e lá estava uma reportagem sobre a invasão israelense ao território libanês. Um mapa ilustrava o texto e nele estava a região de Zgharta. A emoção foi grande e carrego comigo um grande troféu, que funciona como uma bússola.
A gente vai perguntando aos mais velhos, percorre a internet e também busca junto aos patrícios vindos da região de Zgharta mais informações. Quanto mais antiga é a chegada, mais difícil vai ficando a empreitada.  Os registros não existem.
Mais adiante encontrei num texto publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo uma referencia a um navio chamado Zgharta, de propriedade do imigrante Pedro José Aboudib. Segui em frente e encontrei um depoimento de Aboudib datado de 1945, onde ele narra a sua saída do Líbano no ano de 1889, com 16 anos de idade. Como meu avô estava no Espirito Santo nesta época, imagino e pelo relato de Aboudib, que ele aqui veio para encontrar como vovô, que seria amigo de seu pai.
Quando meu pai morreu, eu não tinha grande interesse no tema imigração. Mas meu Sebastião, que viveu 95 anos muito me ajudou na troca de informações sobre o seu pai, como era e como vivia e como se relacionava com os brasileiros e com os seus patrícios de Muniz Freire.  Vou juntando histórias.
Na busca pelo meu avô consegui saber de muitas histórias de outros patrícios que aqui chegaram. Na pesquisa, a informação é a moeda de troca. Perguntar e ouvir. A gente fala o que sabe e passa saber mais um pouco. No próximo encontro temos em nosso poder informações que serão repassadas. Vamos enchendo o embornal com dados de libaneses, sírios e uns poucos palestinos que aqui vieram.
Mas disto tudo parece que vai ficando e solidificando uma situação muito estranha: as pessoas não sabem muito sobre os seus antepassados. Às vezes ouço alguém dizer que eu teria material para escrever um livro sobre a imigração libanesa para o Espírito Santo, que sei muito. Não raro falo que na verdade não sou eu que tenho muitas informações: os meus interlocutores é que sabem pouco da sua história familiar. Registro esta situação com tristeza. Mas esta é a realidade de quase todas as famílias, não sabem a sua Historia. É um amontoado de pequenas informações e dados, que soltas no tempo e na memória das pessoas e grupos familiares, devem e precisam ser ordenadas interpretadas.
Não posso de maneira alguma parar e guardar para mim as informações. Lanço um desafio aos meus queridos patrícios para que juntos iniciemos a coleta de dados e informações para responder o título deste artigo: quando e como vieram os nossos para as terras capixabas.

Libaneses de hoje



Os primeiros que aqui chegaram eram chamados de turcos. Neste grupo está incluído meu avô, que chegou ao Brasil em 1883. Com o nome já oportuguesado de Francisco Marolino Mansor, ficou conhecido como Chico Turco. Existe uma justificativa para o fato: o passaporte era emitido pelo do Governo do Império Turco Otomano, que os dominava por força ocupação.  O domínio turco durou anos.  
Muitos ficaram conhecidos por sírios, este grupo era minoritário na leva da imigração árabe para o Brasil. Mas a maioria ficou mesmo conhecida como libaneses, já que eles predominavam.  Mas a marca e o carimbo de turco carregamos até hoje. Creio que para sempre.   
 Mas a grande leva veio já no século XX. Na medida que se ajeitavam e com algum dinheiro no bolso, sempre financiavam a vida de parentes e amigos. Uma imigração do acolhimento e da gratidão, uma marca verdadeiramente do espírito sírio libanês. 
Um fato marcante no imigrante sírio libanês é a sua grande afinidade e proximidade com a religião. A maior parte veio do seio da Igreja Maronita, que são os católicos romanos do Oriente. Outras religiões também marcaram presença, como os Muçulmanos, Druzos, Ortodoxos e Melquitas. Este assunto merece um parágrafo especial.
A presença da religião na vida dos árabes é marca registrada, bem como a convivência pacifica, pelo menos da nova pátria. Nunca ouvi falar de confronto religioso na colônia árabe. Está situação se contrapõe a máquina de informação que temos hoje, onde coloca o povo árabe como terrorista e fanático. Dois casos que posso citar
O avô da psicanalista Cristina Chequer Gomes era libanês e viveu 80 anos, mas no ano de 2003 descubrimos no Arquivo Público Estadual, que além do nome de família Chequer, seu avo tinha Elachi. Neste mesmo ano ela numa viagem ao Libano encontrou com os seus parentes e teve uma informação interessante. O seu avô era muçulmano. Cristina me revelou que o seu avô já com idade avançada às vezes falava sozinho e a relação primeira era de que ele tinha os tradicionais problemas da idade. Mas hoje ela fala que na realidade ele estava rezando quando falava sozinho. A família nunca soube que ele era muçulmano. 
Outro fato é com relação a colônia libanesa da cidade do Alegre, onde havia muitos Druzos. Segundo a “brima” Odete Jamil Amin, um dia o Monsenhor Pavesi reuniu todos os Druzos e os batizou dizendo que daquele momento em diante eles seriam católicos. O espírito de cordialidade dos brimos prevaleceu e eles levaram a vida como se nada tivesse acontecido.
Estes dois exemplos mostram como o nosso povo encara a vida e dela sempre tira o melhor proveito. Os patrícios sabem viver em comunidade e desta forma estão presentes no Espírito Santo de norte a sul. A força da convivência e do diálogo com as comunidades os fizeram ter uma adaptação no novo meio, na terra estranha para os que aqui chegaram primeiro.
Os nossos antepassados vieram como turcos, mas na realidade eram sírios e libaneses. Aliás, sempre que querem tentar nos tirar do sério, nos chamam de turco. Quando criança, morando no Alegre e em Castelo, eu e meus irmãos e irmãs erámos chamados de turquinhos. Mas na realidade somos hoje todos brasileiros, com o coração árabe. Por isto quem sinal de profundo respeito a meu avô e aos seus patrícios que deixaram a terra natal para vir ao Brasil, costumo dizer: Líbano, minha alma veio de lá.
Se nas tuas veias corre sangue árabe, vamos nos encontrar para juntos escrever a História dos que nos antecederam, dos que vieram de longe para construir uma vida nova no Brasil. Libaneses, uni-vos. ronaldmansur@gmail.com

ONDE IR?


...até a pé nós iremos onde Grêmio estiver...
A grande paixão pelo futebol tem um dos seus pilares na fidelidade que o torcedor isolado, ou mesmo em grupo, deposita no seu clube. Existe neste mundo particular do futebol, situações que não conseguimos definir, medir ou mesmo pesar.
Na realidade o hino retrata uma multidão que comparece aos estádios, acompanha pelo rádio, TV, jornal, internet e ainda debate em conversas do dia a dia o seu querido Grêmio.
Saindo do exemplo entrando no dia a dia, deixo uma questão:
Nós da Rede Gazeta nós poderíamos também agir assim com relação ao Espírito Santo, com os olhos no pluralismo de opiniões?
Não faço distinção de pessoa física ou jurídica. Não separo o atleta, o migrante que foi para Rondônia, o profissional liberal ou mesmo o artista que saiu do estado e a empresa que tem filiais fora do solo capixaba.
Às vezes questiono: temos uma imagem nítida do que é a sociedade capixaba? Soubemos ler ontem a realidade? Ou a realidade hoje não é a mesma que tínhamos certeza ser correta?
Quais a ferramentas e instrumentos que usamos no cotidiano?
Será que a nossa bússola está avariada?
Lembro que quando internamente debatemos o esquema 5 S, um dia afirmei que já estávamos precisando do sexto S. De pronto recebi uma indagação: que senso representará este sexto S? Falei que era o S de cérebro. Recebi de volta informação de cérebro era com C. Satisfeito, disse que era este o meu objetivo: raciocinar.
O que nós precisamos é pensar e agir juntos, assim seguir...
Imagino que entenderemos e aproveitaremos melhor as oportunidades do dia a dia se estivermos juntos, onde estiver o capixaba e seu interesse. Iremos. 22 de dezembro de 2001.
HISTÓRIAS E LEMBRANÇAS QUE OUVI, VIVI E PASSO ADIANTE.
JORNAL DO CAMPO 25 ANOS. AQUI FALA QUEM FAZ. RONALD MANSUR. 51

Vem aí a 8ª FEAFES


Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária do ES 
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Espírito Santo – Fetaes e os Sindicatos de Trabalhadores Rurais – STRs realizarão nos dias 06, 07 e 08 de julho, na Praça do Papa, em Vitória, a 8ª edição da Feira da Agricultura Familiar e Reforma Agrária do Espírito Santo – Feafes.

Em mais de 100 estandes, associações e cooperativas de produtores rurais de diversos municípios capixabas irão expor e comercializar os produtos característicos da agricultura familiar capixaba, como: café, frutas, vinhos, licores, doces, pães, flores, verduras, legumes, hortaliças, defumados, artesanatos, comidas típicas, dentre outros. Também terão shows regionais, apresentações culturais e praça de alimentação.

A Feafes, a cada ano, vem crescendo e se consolidando como um tradicional evento capixaba, que além de promover, valoriza e fortalece a agricultura familiar do nosso estado. A coordenação do evento estima um público de cerca de 50 mil pessoas durante os três dias do evento. A entrada é franca.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

PAA



Sobre o Programa

Criado em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é uma ação do Governo Federal para colaborar com o enfrentamento da fome e da pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar. Para isso, o programa utiliza mecanismos de comercialização que favorecem a aquisição direta de produtos de agricultores familiares ou de suas organizações, estimulando os processos de agregação de valor à produção.
Como funciona
Parte dos alimentos é adquirida pelo governo diretamente dos agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais, para a formação de estoques estratégicos e distribuição à população em maior vulnerabilidade social.
Os produtos destinados à doação são oferecidos para entidades da rede socioassistencial, nos restaurantes populares, bancos de alimentos e cozinhas comunitárias e ainda para cestas de alimentos distribuídas pelo Governo Federal.
Outra parte dos alimentos é adquirida pelas próprias organizações da agricultura familiar, para formação de estoques próprios. Desta forma é possível comercializá-los no momento mais propício, em mercados públicos ou privados, permitindo maior agregação de valor aos produtos.
A compra pode ser feita sem licitação. Cada agricultor pode acessar até um limite anual e os preços não devem ultrapassar o valor dos preços praticados nos mercados locais.

Quem acessa: agricultores familiares, assentados da reforma agrária, comunidades indígenas e demais povos e comunidades tradicionais ou empreendimentos familiares rurais portadores de DAP - Declaração de Aptidão ao Pronaf.
Quem executa: o PAA é executado com recursos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA) e doDesenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com estados, municípios e com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

2010 - 2000 Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade BRASIL

Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião



Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. A pesquisa indica também o aumento do total de espíritas, dos que se declararam sem religião, ainda que em ritmo inferior ao da década anterior, e do conjunto pertencente às outras religiosidades.Os dados de cor, sexo, faixa etária e grau de instruçãorevelam que os católicos romanos e o grupo dos sem religião são os que apresentaram percentagens mais elevadas de pessoas do sexo masculino. Os espíritas apresentaram os mais elevadosindicadores de educação e de rendimentos.
As mudanças, no entanto, não se restringem à composição religiosa da população brasileira. O Censo 2010 também registrou modificações nas características gerais da população, como, por exemplo, a aceleração do processo de envelhecimento populacional, a redução na taxa de fecundidade e a reestruturação da pirâmide etária. A investigação sobre cor ou raça revelou que mais da metade da população declarou-se parda ou preta, sendo que em 21 estados este percentual ficou acima da média nacional (50,7%). As maiores proporções estavam no Pará (76,8%), Bahia (76,3%) e Maranhão (76,2%). Apenas em Santa Catarina (84,0%), Rio Grande do Sul (83,2%), Paraná (70,3%) e São Paulo (63,9%) mais da metade da população havia se declarado branca em 2010.
Além disso, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou possuir pelo menos uma das deficiências investigadas (mental, motora, visual e auditiva), a maioria, mulheres. Entre os idosos, aproximadamente 68% declararam possuir alguma das deficiências. Pretos e amarelos foram os grupos em que se verificaram maiores proporções de deficientes (27,1% para ambos). Em todos os grupos de cor ou raça, havia mais mulheres com deficiência, especialmente entre os pretos (23,5% dos homens e 30,9% das mulheres, uma diferença de 7,4 pontos percentuais). Em 2010, o Censo registrou, ainda, que as desigualdades permanecem em relação aos deficientes, que têm taxas de escolarização menores que a população sem nenhuma das deficiências investigadas. O mesmo ocorreu em relação à ocupação e ao rendimento. Todos esses números referem-se à soma dos três graus de severidade das deficiências investigados (alguma dificuldade, grande dificuldade, não consegue de modo algum).
Estas e outras informações integram a publicação Censo Demográfico 2010: Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência, que pode ser acessada pelo link
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_religiao_deficiencia/default_caracteristicas_religiao_deficiencia.shtm.

Em 30 anos, percentual de evangélicos passa de 6,6% para 22,2%
Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período intercensitário. Em 2000, eles representavam 15,4% da população. Em 2010, chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões). Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.
Já os católicos passaram de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010. Embora o perfil religioso da população brasileira mantenha, em 2010, a histórica maioria católica, esta religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872. Até 1970, a proporção de católicos variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8%.
Esta redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para 70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para 28,5%.
Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro, 45,8% em 2010. O maior percentual era no Piauí, 85,1%. Em relação aos evangélicos, a maior concentração estava em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%).
8,0% dos brasileiros se declararam sem religião em 2010
Entre os espíritas, que passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2,0% em 2010 (3,8 milhões), o aumento mais expressivo foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2,0% para 3,1% entre 2000 e 2010, um aumento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010). O estado com maior proporção de espíritas era o Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%).
O Censo 2010 também registrou aumento entre a população que se declarou sem religião. Em 2000 eram quase 12,5 milhões (7,3%), ultrapassando os 15 milhões em 2010 (8,0%). Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% em 2010.
Homens estão em maior proporção entre católicos e sem religião
Com proporções de 65,5% para homens e 63,8% para mulheres, os católicos são, junto com os sem religião (9,7% para homens e 6,4% para mulheres), os que apresentam mais declarantes do sexo masculino. Nos demais grupos, as mulheres eram maioria.
A proporção de católicos também foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais. O mesmo se deu com os espíritas, cuja maior proporção estava no grupo entre 50 e 59 anos (3,1%). Já entre os evangélicos, os maiores percentuais foram verificados entre as crianças (25,8% na faixa de 5 a 9 anos) e adolescentes (25,4% no grupo de 10 a 14 anos).
No que tange ao recorte por cor ou raça, as proporções de católicos seguem uma distribuição aproximada à do conjunto da população: 48,8% deles se declaram brancos, 43,0%, pardos, 6,8%, pretos, 1,0%, amarelos e 0,3%, indígenas. Entre os espíritas, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no total da população (47,5%). Entre os evangélicos, a maior proporção era de pardos (45,7%). A maior representatividade de pretos foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%). No grupo dos sem religião, a declaração de cor mais presente também foi parda (47,1%).
População espírita tem os melhores indicadores de educação
Os resultados do Censo 2010 indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos no que se refere ao nível de instrução. Este grupo religioso possui a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%) e as menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%). Já os católicos (6,8%), os sem religião (6,7%) e evangélicos pentecostais (6,2%) são os grupos com as maiores proporções de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução. Em relação ao ensino fundamental incompleto são também esses três grupos de religião que apresentam as maiores proporções (39,8%, 39,2% e 42,3%, respectivamente).
Os católicos e os sem religião foram os grupos que tiveram os maiores percentuais de pessoas de 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas (10,6% e 9,4%, respectivamente). Entre a população católica é proporcionalmente elevada a participação dos idosos, entre os quais a proporção de analfabetos é maior. Por outro lado, apenas 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Mais de 60% dos evangélicos pentecostais recebem até 1 salário mínimo
A comparação da distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade por rendimento mensal domiciliar per capita revelou que 55,8% dos católicos estavam concentrados na faixa de até 1 salário mínimo. Mas são os evangélicos pentecostais o grupo com a maior proporção de pessoas nessa classe de rendimento (63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%). No outro extremo, o das classes de rendimento acima de 5 salários mínimos, destaca-se o percentual observado para as pessoas que se declararam espíritas (19,7%).
Brasileiro vive 25 anos a mais que em 1960
Em meio século (1960-2010), a esperança de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos, passando de 48,0 para 73,4 anos. Por outro lado, o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 filhos para 1,9 nesse período, valor abaixo do nível de reposição da população. Essas mudanças alteraram a pirâmide etária, com estreitamento da base e o alargamento do topo, refletindo a estrutura de população mais envelhecida, característica dos países mais desenvolvidos.
Participação de idosos na população saltou de 2,7% para 7,4%
A redução dos níveis de fecundidade acarretou a diminuição de 42,7% (1960) para 24,1% (2010) da participação da população entre 0 e 14 anos de idade no total. Além da queda da fecundidade, a diminuição da mortalidade proporcionou um aumento de 54,6% para 68,5%, nesse período, da participação da população em idade ativa (15 a 64 anos de idade). Já o aumento na participação da população de 65 anos ou mais, no período 1960/2010, saltou de 2,7% para 7,4%.
O Censo 2010 revelou, ainda, que, ao longo de cinco décadas, a razão de sexo passou de 99,8 (1960) homens para cada 100 mulheres para 96 homens. O resultado decorre da superioridade da mortalidade masculina em relação à feminina.
31,1% de brancos e 12,8% de pretos entre 15 e 24 anos frequentavam nível superior
Em 2010, viviam no país 91 milhões de pessoas que se classificaram como brancas (47,7%), cerca de 82 milhões que se declararam pardos (43,1%) e 15 milhões, pretos (7,6%). Os amarelos chegaram a quase 2 milhões (1,1%) e os indígenas a 817 mil (0,4%). A população indígena estava concentrada (60,8%) nas áreas rurais, enquanto 15,6% do total da população brasileira vivia nessas áreas.
No grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava estabelecimento de ensino, houve forte diferença no acesso a níveis de ensino pela população segmentada por cor ou raça. No nível superior, encontravam-se 31,1% dos brancos nesse grupo etário, enquanto apenas 12,8% dos pretos e 13,4% dos pardos. O Censo revelou, também, que a defasagem entre idade e nível de ensino que a pessoa frequentava atingiu cerca de 50% das pessoas de 15 a 24 anos que estavam no ensino fundamental, enquanto já deveriam ter alcançado ao menos o ensino médio.
Ao se observar a posição na ocupação entre brancos, pretos e pardos, observou-se uma maior representação das pessoas que se declararam brancos entre os grupos com proteção da previdência social (empregados com carteira de trabalho assinada, militares e funcionários públicos estatutários), assim como entre os empregadores (3,0% entre brancos, enquanto 0,6% entre pretos e 0,9% entre pardos).
67,7% dos idosos possuíam alguma deficiência em 2010
O Censo 2010 aprofundou a investigação sobre as características das pessoas com deficiência no Brasil, coletando, no questionário da amostra, aplicado a 6,2 milhões de domicílios, dados referentes à distribuição espacial, idade, sexo, cor ou raça, alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e características de trabalho.
No Brasil, de aproximadamente 45,6 milhões de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 38,5 milhões viviam em áreas urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. Na análise por sexo, observou-se que 26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuía pelo menos uma deficiência, contra 21,2% da população masculina (19,8 milhões).
O Censo 2010 também investigou a prevalência de pelo uma das deficiências por faixa de idade, e constatou que era de 7,5% nas crianças de 0 a 14 anos; 24,9% na população de 15 a 64 anos e 67,7% na população com 65 anos ou mais de idade. O maior contingente com pelo menos uma deficiência ocorreu na população de 40 a 59 anos, correspondendo a aproximadamente 17,4 milhões de pessoas, sendo 7,5 milhões de homens e 9,9 milhões de mulheres.
Quase 1/3 das mulheres negras possuem alguma deficiência
A deficiência visual, que atingia 35,8 milhões de pessoas em 2010, era a que mais acometia tanto homens (16,0%) quanto mulheres (21,4%), seguida da deficiência motora (13,3 milhões, 5,3% para homens e 8,5% para mulheres), auditiva (9,7 milhões, 5,3% para homens e 4,9% para mulheres) e mental ou intelectual (2,6 milhões, 1,5% para homens e 1,2% para mulheres).
Em relação à cor ou raça, as populações que se declararam preta ou amarela foram as que apresentaram maior percentual de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 27,1% para ambas, e o menor percentual foi observado na população indígena, 20,1%. A população feminina apresentou percentuais superiores para qualquer cor ou raça declarada, sendo que a maior diferença foi encontrada entre as mulheres (30,9%) e os homens (23,5%) de cor preta, 7,4 pontos percentuais, e a menor diferença, de 3,4 p.p, entre os homens (18,4%) e mulheres (21,8%) indígenas.
Escolarização: 95,2% das crianças com deficiência frequentam escola
Para a população de 15 anos ou mais de idade com pelo menos uma das deficiências investigadas, a taxa de alfabetização foi de 81,7%, uma diferença de 8,9 pontos percentuais em relação ao total da população na mesma faixa etária (90,6%). A região Sudeste apresentou a maior taxa de alfabetização dessa população (88,2%) e a região Nordeste, a menor (69,7%).
Já em relação à taxa de escolarização, 95,2% das crianças de 6 a 14 anos com deficiência frequentavam escola, 1,9 pontos percentuais abaixo do total da população nessa faixa etária (97,1%). Para a mesma população, em nível regional, destacou-se a região Norte com a menor taxa de escolarização (93,3%), porém com a menor diferença entre crianças com (94,0%) e sem deficiência (93,3%.), indicando que a inclusão escolar na região Norte sofre influência de outros fatores, como a infraestrutura de transporte. A maior diferença foi observada na região Sul, 97,7% e 95,3%, respectivamente.
Quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. Enquanto 61,1% da população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou possuía apenas o fundamental incompleto, esse percentual era de 38,2% para as pessoas dessa faixa etária que declararam não ter nenhuma das deficiências investigadas, representando uma diferença de 22,9 pontos percentuais. A menor diferença estava no ensino superior completo: 6,7% para a população de 15 anos ou mais com deficiência e 10,4% para a população sem deficiência. Destaca-se que na região Sudeste 8,5% da população de 15 anos ou mais com deficiência possuíam ensino superior completo.
Trabalhadores com deficiência representam 23,6% do total de pessoas ocupadas
Em 2010, a população ocupada com pelo uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,4 milhões) do total de ocupados (86,4 milhões). Das 44,0 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (10 anos ou mais), 53,8% (23,7 milhões) não estava ocupada. Em relação ao total da população que não estava ocupada (75,6 milhões), a população com deficiência representava 31,3%.
Desigualdade de gênero no mercado de trabalho é reproduzida entre deficientes
Para analisar a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, utilizou-se como indicadores a taxa de atividade, que é o percentual de pessoas economicamente ativas na população de 10 ou mais anos de idade; e o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas de 10 anos ou mais ocupadas na semana de referência.
Para a população com pelo menos uma das deficiências, a taxa de atividade foi de 60,3% para os homens contra 41,7% para as mulheres, uma diferença de 18,6 pontos percentuais. Já em relação ao nível de ocupação, a diferença foi de 19,5 p.p: 57,3% para os homens contra 37,8% para as mulheres.
Em relação à taxa de atividade por tipo de deficiência, a deficiência mental foi a que mais limitou a inserção no mercado de trabalho, tanto para homens como para mulheres (cujas taxas de atividade foram de 22,2% e 16,1%, respectivamente). A deficiência visual foi a que menos influenciou na taxa de atividade, que ficou em 63,7% para os homens e 43,9% para as mulheres. O mesmo foi observado para o nível de ocupação, que, no geral, ficou em 17,4% para pessoas com deficiência mental e 48,4% para pessoas com deficiência visual.
40,2% das pessoas com deficiência e ocupadas possuem carteira assinada
Considerando a posição na ocupação e categoria de emprego, constatou-se que a maioria das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência, ocupadas na semana de referência, era empregada com carteira assinada (40,2%), uma diferença de 9 pontos percentuais em relação à população sem qualquer dessas deficiências (49,2%). Os percentuais de trabalhadores com deficiência por conta própria (27,4%), sem carteira (22,5%), militares e funcionários públicos estatutários (5,9%) e não remunerados (2,2%) são maiores do que na população sem deficiência (20,8%, 20,6% e 5,5%; 1,7%, respectivamente) e na categoria empregador, a diferença foi de 0,3 p.p entre a população sem (2,1%) e com (1,8%) deficiência.
Rendimento: 46,4% das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência recebem até 1 salário mínimo ou não recebem rendimento
Em relação ao rendimento nominal mensal de trabalho recebido pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência, com pelo menos uma das deficiências investigadas, observou-se que 46,4% dessa população ganhava até um salário mínimo ou não tinham rendimento, uma diferença de mais de nove pontos percentuais para população sem qualquer dessas deficiências (37,1%). As diferenças por existência de deficiência diminuem nas classes mais altas de rendimento.
Ao adicionar a essa análise o tipo de deficiência, constatou-se que, para as pessoas de 10 anos ou mais com deficiência mental ou motora, ocupadas na semana de referência, o maior percentual se encontrava nas classes de mais de meio a um salário mínimo de rendimento de trabalho (27,6% e 28,7%, respectivamente). Já a maior parte das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência visual ou auditiva, ocupadas na semana de referência, concentrava-se na classe de 1 a 2 salários mínimos: 29,0% e 28,4%, respectivamente.
Comunicação Social
29 de junho de 2012

‘Carretela Del Vin’ e show internacional animam Santa Teresa neste final de semana



A XXI Festa do Imigrante Italiano segue até domingo (1º) em Santa Teresa. E neste segundo final de semana do evento estãoreservados momentos importantes com a Carretella Del Vin e o show internacional da banda italiana Le Origine Della Espécie,, além daapresentação da dupla Guilherme e Santiago, que prometem agitar a ‘Doce Terra dos Colibris’.
 
A Festa é realizada pelo Circolo Trentino de Santa Tereza, com patrocínio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado doTurismo, e da Prefeitura do município. A programação inclui também apresentações de danças e músicas italianas.
 
Nesta sexta-feira (29) haverá o show internacional com a banda italiana Le Origine Della Especie e a apresentação da dupla Guilhermee Santiago.  A Carretella Del Vin será realizada no sábado (30). Trata-se de um desfile cultural da tradição italiana, com carrosalegóricos e distribuição de vinho produzido da região, além de petiscos típicos, como queijo, polenta e linguiça. No ano passado, levoumais de 60 mil pessoas às ruas de Santa Teresa.
 
Ainda no sábado haverá shows do Finestra Del Cuore, The Originals e banda Caustones. No domingo (1º) tem ressaca da Carretella,além das apresentações do Finestra Del Cuore, Altitude e Ferrari e Banda. Tudo com entrada franca.
 
Atrativos turísticos
 
Um importante destino turístico capixaba, Santa Teresa dispõe de uma rede de hotéis, pousadas e cama e café que totalizam 1,7 milleitos, segundo dados do próprio setor. Também conta com dezenas de restaurantes, pizzarias, bares, padarias, sorveterias elanchonetes.
Entre as atrações turísticas estão o Museu de Biologia Mello Leitão (fundado pelo cientista e ambientalista Augusto Ruschi), Casa Lambert (museu da cultura italiana), centro histórico com casario centenário, além de vinícolas, muitas florestas e cachoeiras ecomplexos esportivos com rapel, arvorismo e voo livre.
Mais informações sobre a Festa do Imigrante Italiano podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Turismo e Cultura (Semtur)
(27) 3259-2357/3259-1344
turismo@santateresa.es.gov.br
www.twitter.com/SantaTeresa_ES
 Circolo Trentino di Santa Teresa
(27) 3259-1844
santateresa@trentininelmondo.it
 
Programação
 
Dia 29/06 – Sexta-feira
10 horas - Confraternização dos teresenses nos estabelecimentos bancários ao som de música italiana e sanfoneiro
18 horas - Abertura do restaurante no Parque de Exposições e Eventos
20h30 - Show com a banda italiana Le Origine Della Especie
22h30 - Show nacional com Guilherme e Santiago
00h30 - Show com Daniel Caon

Dia 30/06 – Sábado
11 horas - Carretella Del Vin, no centro histórico da cidade
13 horas - Abertura do Parque de Exposições e Eventos
22 horas - Show Italiano com Finestra Del Cuore
00 hora - Show com The Originals
02 horas - Show com a banda Caustones

Dia 01/07 – Domingo
09 horas - Abertura do restaurante no Parque de Exposições e Eventos
10h30 - Ressaca da Carretella Del Vin – saída da praça Augusto Ruschi
12h30 - Show italiano com Finestra Del Cuore
15 horas - Show com a banda Altitude
17 horas - Show com Ferrari e Banda


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