segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Terra partida


O conflito entre israelenses e palestinos voltou a se intensificar em novembro. No Estúdio CH desta semana, o cientista político Maurício Santoro, da Anistia Internacional, retorna ao programa para comentar as bases históricas do problema.

Ciência Hoje
Em entrevista a Fred Furtado, Santoro explica que o plano original da Organização das Nações Unidas (ONU) para a criação de Israel previa também a formação de um Estado palestino para a população árabe local, o que nunca foi cumprido. Além disso, apesar da decisão da ONU, as nações árabes não reconheceram a criação de Israel, em 1948.
Desde então, a região tem sido palco de pelo menos uma guerra por década. A mais importante, segundo o cientista político, foi a de 1967, chamada de Guerra dos Seis Dias, que mudou inteiramente o equilíbrio de forças políticas na região. Israel se apoderou de vários territórios que haviam sido designados pela ONU aos palestinos, como a Cisjordânia, a Faixa de Gaza e a parte oriental de Jerusalém.
Santoro comenta que, com o fim da Guerra Fria, houve uma expectativa de que a situação melhoraria. No entanto, surgiram novas rivalidades, principalmente entre Estados Unidos e Irã, que disputam influência na região. Para o cientista político, o fato é que ninguém conseguiu até hoje resolver as questões centrais do enfrentamento entre israelenses e palestinos, como o controle de Jerusalém.
pesquisador fala ainda da decisão dos dois lados de apenas gerenciar o conflito – intervir somente quando o oponente ganhar força política ou militar, mas sem ter qualquer compromisso com a paz –, da repercussão da guerra na mídia e do que podemos esperar do futuro.
Clique abaixo para ouvir a entrevista completa.

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