segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Árabes darão US$ 100 milhões/mês à Palestina


Dinheiro será utilizado para pagar salários e administrar déficit. Após aprovação de novo status dos palestinos nas Nações Unidas, Israel suspendeu repasses de arrecadação de impostos.

Da redação
São Paulo – Ministros dos países da Liga Árabe concordaram no domingo (09), durante reunião realizada em Doha, no Catar, em repassar aproximadamente US$ 100 milhões por mês à Palestina. A Autoridade Nacional Palestina (ANP) irá usar o dinheiro para administrar o déficit orçamentário, manter os serviços básicos e pagar os salários dos funcionários públicos.

Embora o repasse do dinheiro aos palestinos já tenha sido acertado, não está claro ainda como ele será feito nem quanto cada país vai contribuir. De acordo com o secretário-geral da instituição, Nabil Al Arabi, ele e representantes do Catar irão se encontrar com membros dos governos das nações do bloco para negociar qual será a participação de cada um. “Quero uma resposta em 15 dias (sobre valor)”, disse Al Arabi, segundo agências de notícias internacionais.

Além do Catar, compõem a Liga Árabe a Argélia, Bahrein, Ihas Comores, Djibuti, Egito, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina, Somália, Arábia Saudita, Sudão, Tunísia, Emirados Árabes Unidos e Iêmen. A Síria está suspensa por causa dos conflitos em seu território.

O repasse de dinheiro para a Palestina já estava previsto em uma resolução aprovada pela Liga Árabe em março, em Bagdá, no Iraque. Foi decidido, porém, que o dinheiro será desembolsado agora porque, após a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovar a participação da Palestina como “estado observador”, em 29 de novembro, o governo de Israel anunciou a suspensão de remessa referente a impostos sobre a exportação de produtos palestinos.

A Palestina está em dificuldades financeiras. O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, tem dito que o estado “pode quebrar” se não conseguir dinheiro. Nos últimos meses, o governo tem atrasado o pagamento dos salários dos funcionários.

Em setembro deste ano, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um estudo sobre a situação da economia palestina no qual afirmava que o déficit fiscal nos territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia era de US$ 400 milhões e que se nada fosse feito esse déficit iria afetar o pagamento de salários. Segundo o levantamento, o desemprego atinge 30% da população da Faixa de Gaza e 16% dos moradores da Cisjordânia.

Em 2012, os dois territórios estão crescendo menos do que em 2010 e 2011. Também segundo o Fundo, um dos motivos que levaram a situação econômica da Palestina a se deteriorar em 2012 foi o que chamou de “queda acentuada” nas doações que a Palestina recebe, principalmente aquelas provenientes das nações árabes.

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