sábado, 1 de dezembro de 2012

Organizações convocam movimentos sociais para Cúpula dos Povos de Santiago



 
Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Organizações sociais, sindicais e políticas da América Latina, Caribe e Europa convocam todos os movimentos sociais, populares e políticos da mesma região para participarem da Cúpula dos Povos Latino-americanos, caribenhos e europeus Pela Justiça Social, a Solidariedade Internacional e a Defesa dos bens comuns, que acontecerá em janeiro de 2013, em Santiago do Chile.
Este momento acontecerá em paralelo à Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), que se realizará também em Santiago, entre 26 e 28 de janeiro, onde os governos discutirão sobre investimentos a partir do tema "Aliança para o Desenvolvimento Sustentável: Promovendo Investimentos de Qualidade Social e Ambiental”. Durante a Cúpula de chefes de Estado, o governo do Chile entregará a condução da Celac para o governo de Cuba.
Segundo a convocatória, o objetivo da Cúpula dos Povos é fazer com que os governos ouçam as demandas e propostas dos povos mobilizados contra as políticas neoliberais "para que suas lutas e resistências para as políticas injustas que são impostas, encontrem um espaço para a articulação e construção de alternativas”.
Citando a maior crise mundial econômica das últimas décadas, as organizações ressaltam que a Cúpula dos Povos de Santiago é uma oportunidade para questionar as tentativas de governos em utilizar o investimento de capitais europeus na América Latina, como saída para a crise, justo no momento em que povos organizados protestam contra o modelo extrativista e os Tratados de Livre Comércio (TLC), por seu caráter predador dos direitos sociais.
"Os povos da América Latina, Caribe e da Europa dizemos não a estes TLCs, exigimos que se renegociem os que estão em vigor e que se detenha a negociação ou ratificação dos outros, até que os povos sejam devidamente consultados sobre o tipo de relações bi-continentais que querem estabelecer para servir seus interesses, e não os dos investidores e das transnacionais”, explicam.
Na convocatória, as organizações enfatizam que exigirão o fim das políticas de ajuste e austeridade que promovem retrocessos sociais, e para isso propõem a construção de um novo tipo de relação entre União Europeia e América Latina e Caribe, "baseado na igualdade, na descolonização e no respeito à soberania e aos direitos das nações”.
Entre os eixos temáticos que nortearão os debates da Cúpula dos Povos estão participação cidadã, modelo de sociedade desejada, reivindicações dos povos originários, direitos humanos, integração, investimentos e comércio, democratização das comunicações, entre outros.
Para seguir os passos da Cúpula dos Povos, consulte o e-mail da lista: cumbre-chile-2013@lists.riseup.net

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