Países integrantes da CELAC destacaram a necessidade de superar a fome por meio da inclusão produtiva de agricultores familiares, do comércio internacional e do acesso a serviços públicos de saúde e de educação, entre outros.
Santiago do Chile, 31 de janeiro de 2013 – As Chefas e Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos se comprometeram a promover a segurança alimentar e nutricional de suas populações na Declaração de Santiago da I Cúpula da CELAC.
Na declaração, os países disseram: “reconhecemos que a causa principal da fome é a pobreza e que, para superá-la, é preciso coordenar ações relacionadas com a inclusão produtiva dos pequenos agricultores familiares, o comércio internacional e o acesso a serviços públicos de saúde e educação, entre outros, por meio do contínuo apoio dos diferentes organismos, mecanismos e agências regionais.”
Os países membros da CELAC destacaram o recente informe da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que afirma que os países da América Latina e Caribe foram os que mais avançaram em políticas de segurança alimentar e nutricional, ainda que 49 milhões de pessoas estejam sofram de fome na região.
A Declaração também ressaltou “com satisfação, as propostas de cooperação entre FAO e CELAC” para superar o problema da fome, dizendo que “reiteramos nosso compromisso de fortalecer os processos de integração no âmbito alimentar e conjugar esforços no apoio da iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025.”
Durante sua participação na Cúpula da CELAC, o Diretor Geral da FAO, Graziano da Silva, disse que “América Latina e Caribe foi a primeira região a assumir o desafio de erradicar a fome, e não somente diminuí-la, ao lançar a Iniciativa América Latina e Caribe sem Fome 2025”.
A Declaração de Santiago reconhece este compromisso dizendo: “reiteramos nosso compromisso para erradicar a fome e a pobreza na região e, neste sentido, ratificamos a Declaração da I Reunião de Ministros da América Latina e Caribe sobre o Desenvolvimento Social e Erradicação da Fome e da Pobreza, adotada no âmbito da CALC (março 2011) e dos Comunicados Especiais sobre Segurança Alimentar e Nutricional e contra a Especulação Financeira e a Excessiva Volatilidade de Preços dos Alimentos, realizados no âmbito da Cúpula Fundacional da CELAC, celebrada em Caracas, em dezembro de 2011.”
Desafio Fome Zero das Nações Unidas
A Declaração de Santiago também expressa seu apoio ao Desafio Mundial Fome Zero, proposto na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20) que reconhece a alimentação adequada como um direito humano.
Ano passado, Antigua e Barbuda uniu-se ao Desafio Fome Zero, cujo plano de ação foi discutido durante a CELAC pelo Diretor Geral da FAO e o Primeiro Ministro de Antigua e Barbuda, Baldwin Spencer. “Antigua e Barbuda decidiu dizer ´não´ à fome e, tanto a FAO como a comunidade internacional estão dando seu total apoio a esta iniciativa. É uma meta completamente alcançável no curto prazo, especialmente se envolver a sociedade como um todo neste processo”, disse Graziano.
Preocupação com as barreiras ao comércio
Os Chefes e Chefas de Estado também expressaram sua “preocupação com a crescente proliferação de barreiras que destorçam o comércio, especialmente os de exportações de países em desenvolvimento e, em particular, dos pequenos produtores.
Os países pediram o pleno cumprimento dos acordos da OMC sobre este assunto, particularmente no que se refere às barreiras técnicas que obstruem a inovação tecnológica da produção agropecuária, com seu consequente impacto na segurança alimentar.
Mais informações:
Contato de imprensa:
Juan José Tohá – Oficial de la FAO
Celular: (56-2) 9 514 7688
E-mail: Juan.Toha@fao.org
Twitter: @faonoticias
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