Em dezembro de 2012, o comércio varejista do país apresentou, na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, variação de -0,5% para o volume de vendas e 0,2% para a receita nominal de vendas. No caso do volume, é o primeiro resultado negativo após seis meses consecutivos de crescimento.
IBGE
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Na série anual, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo respondem por 44,6% da taxa
A atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico exerceu, em 2012, o terceiro maior impacto no resultado anual do comércio varejista, sendo responsável por 9,4% da magnitude da taxa global, ao registrar variação no volume de vendas de 9,4% em 2012, comparado com o ano de 2011. Englobando segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheira, artigos esportivos, brinquedos, etc., esta atividade teve seu desempenho também influenciado pela evolução positiva da massa de salários e pelo crédito.
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que registrou crescimento de 10,2%, em relação ao ano anterior, exerceu a quarta maior contribuição à taxa anual do comércio varejista. A estabilidade do emprego, expansão da massa de salários e disponibilidade do crédito, como dito anteriormente, somado ao caráter de uso essencial e permanente de seus produtos, são os principais fatores explicativos do desempenho positivo do segmento.
A quinta maior contribuição à taxa global foi da atividade de Combustíveis e lubrificantes, que apresentou resultado positivo no volume de vendas, ao registrar variação acumulada de 6,8% em 2012, com relação ao ano anterior. Esse desempenho se deve à redução de preços (-0,7% do subitem combustíveis versus variação de 5,8% do índice geral – IPCA), assim como ao crescimento da frota de veículos.
Varejo ampliado varia 1,3% em relação a novembro e 8,0% no acumulado em 2012
Para o comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, as variações observadas em relação ao mês de novembro/12, com ajustamento sazonal, foram de 1,3% para o volume e de 1,1% na receita nominal de vendas. Já para os indicadores sem ajustamento, as variações ocorridas foram as seguintes: 5,0% na relação dez12/dez11 e 8,0% no acumulado do ano para o volume de vendas, e de 7,7% e 9,5% para a receita nominal, respectivamente.
Em relação à atividade de Veículos, motos, partes e peças, os resultados para o volume de vendas foram os seguintes: 8,3% sobre o mês anterior, ajustado sazonalmente, 6,8% na comparação dez12/dez11, e de 7,3% no acumulado do ano de 2012. Quanto à receita nominal de vendas as variações foram: 6,7%; 3,7% e 4,2%, respectivamente. O principal fator responsável pelo desempenho da atividade foi a política de redução de IPI anunciada para o setor no final de maio, e que vigorou até 31 de dezembro. Para os automóveis, a alíquota subirá gradualmente no primeiro semestre de 2013 até atingir o valor anterior à mudança. O resultado apresentado para o segmento foi o maior da série desde o ano de 2010.
O segmento de Material de construção, para o volume de vendas, obteve variações de 3,1% na comparação com o mês anterior com ajuste sazonal; de 6,9% sobre dezembro de 2011; e de 7,9% no acumulado do ano. Para a receita nominal de vendas, os números apresentados foram: 3,6% sobre o mês imediatamente anterior com ajuste sazonal; 8,8% comparado com dezembro de 2011; e de 10,1% no acumulado do ano. A redução do IPI para uma cesta de produtos do setor, bem como as condições favoráveis do crédito habitacional, somado ao programa governamental “Minha Casa Minha Vida”, foram os fatores que ajudaram no resultado da atividade. Segundo o Banco Central, o aumento da oferta de crédito habitacional foi de 37,6% no ano de 2012.
Sete UFs têm resultados positivos na comparação com novembro
Por Unidades da Federação, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação mês/mês anterior, apenas sete estados com variações positivas. Os principais acréscimos ocorreram em Rondônia (1,5%); Pará (1,3%); Santa Catarina (1,1%) e em Pernambuco (1,0%). Já as principais quedas se estabeleceram em Tocantins (-6,5%); Mato Grosso do Sul (-5,2%); Amapá (-4,9%); Mato Grosso (-4,8%) e Rio Grande do Sul, com -4,3%.
Ainda no corte regional, no que tange ao volume de vendas, na comparação dezembro 2012/dezembro 2011, só cinco unidades da Federação apresentaram resultados negativos, a saber: Distrito Federal (-3,5%); Amazonas (-1,2%); Acre (-1,0%); Mato Grosso (-0,3%) e Minas Gerais com -0,2%. Nas demais UFs as variações de maior magnitude se estabeleceram em Roraima (14,8%); Espírito Santo (12,2%); Pernambuco (10,6%); Mato Grosso do Sul (10,5%) e Amapá (8,8%). Quanto à participação na composição da taxa docomércio varejista, os destaques, pela ordem, foram: São Paulo (7,7%); Rio de Janeiro (4,1%); Pernambuco (10,6%); Santa Catarina (5,9%) e Bahia, com 5,5%.
Para o comércio varejista ampliado, as maiores taxas mensais de desempenho no volume de vendas ocorreram em Alagoas (14,4%); Roraima (11,2%); Amapá (10,9%); Maranhão (9,0%) e em São Paulo (8,8%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (8,8%); Rio Grande do Sul (4,6%); Bahia (6,8%); Pernambuco (7,4%) e Rio de Janeiro com 1,9%.
Em termos de resultados acumulados, nenhum estado registrou variação negativa para o ano de 2012. Os maiores acréscimos no volume de venda do varejo ocorreram em Roraima (26,7%); Amapá (17,7%); Mato Grosso do Sul (16,9%); Tocantins (15,3%) e Acre, com 12,8%. Para o comércio varejista ampliado as maiores taxas anuais assinaladas foram de 17,9% para Roraima; 15,7% para Tocantins; 14,3% para o Mato Grosso; 12,9% para Alagoas e 12,1% para o Pará.
Resultados trimestrais apontam desaceleração no crescimento
Em termos trimestrais, os números registrados apontam para uma desaceleração no ritmo de crescimento do volume de vendas, na passagem do terceiro para o quarto trimestre do ano, no que diz respeito ao varejo, com queda da taxa de 2,2% para 0,9%, com ajuste sazonal e de 8,6% para 7,3% sem o ajuste (trimestre/igual trimestre do ano anterior). Quanto ao comércio varejista ampliado, o resultado é equivalente, passando a taxa de variação de 2,1% para 0,6% para o índice ajustado e de 9,4% para 8,6% para o não ajustado.
O segundo semestre do ano de 2012 apresentou um crescimento de 3,1% em relação ao semestre anterior, com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o resultado foi de 7,9%, inferior ao do primeiro semestre que alcançou taxa de 9,1%, mostrando uma desaceleração do setor.
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