01.03.13 - Brasil
Selvino Heck
Assessor Especial da Secretaria Geral da Presidência da República
Adital
Quarta-feira de cinzas, a Igreja católica lançou a Campanha da Fraternidade/2013: "Fraternidade e Juventude – Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8). Na oração da Campanha, uma frase sugestiva: "Ser Profetas em Tempos de Mudança”.
Que significa hoje ser profetas em tempos de mudança?
D. Damasceno, presidente da CNBB e cardeal eleitor do próximo papa, disse que os cristãos devem pedir a Deus que os cardeais "possam também estar abertos aos sinais dos tempos”. O jornal pergunta: "O que significa sinais dos tempos para o senhor?” (FSP, 25.02.13, A16). D. Damasceno responde: "Significa mudanças profundas que todos nós experimentamos. Estamos falando hoje de uma mudança de época e não uma época de mudanças. Não são mudanças superficiais, mas que atingem a pessoa, os seus valores, o seu modo de viver, o seu estilo de vida, a sua maneira de julgar as coisas e de se relacionar com Deus, com o próximo, com a natureza.” Para D. Damasceno, a resposta aos sinais dos tempos é "uma igreja solidária com os pobres sobretudo, que esteja a serviço do mundo e não o mundo a serviço da Igreja.”
O texto da Campanha da Fraternidade (CF) fala do protagonismo dos jovens: "O protagonista é aquele que participa da sociedade e da Igreja de modo a influir significativamente nas transformações que fazem o mundo melhor”. E fala em protagonismo que dê sentido à vida, protagonismo que gere comunidade, protagonismo e experiência religiosa, protagonismo e compromisso na sociedade, protagonismo e a justa relação entre fé, razão e ciência.
O protagonismo na sociedade, segundo o texto da CF, significa que todas as organizações eclesiais juvenis são convocadas a se engajar plenamente nos trabalhos de edificação de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. "A juventude é o tempo propício à formação para a cidadania. Sugere-se a participação nos Conselhos de Juventude, "recentemente criados no Brasil. Tais Conselhos buscam defender os direitos dos jovens e acompanhar as Políticas Públicas que os favoreçam.”
Diz o livro-texto: "Somos profetas quando animamos quem está fazendo o que é certo e quando protestamos e resistimos a propostas que prejudicam os direitos das pessoas”.
Os jovens estão hoje no turbilhão dos tempos de mudança, no centro das crises, seja do mundo, da economia ou da própria Igreja.
O 1º Encontro de Juventudes da Rede de Educação Cidadã (RECID) diz que a América Latina vive hoje um contexto de disputa de projetos. "Neste contexto assumimos a defesa de um projeto político para o Brasil identificado com a integração soberana dos países latino-americanos, com realização de reformas estruturais (reforma política, reforma urbana, reforma agrária, democratização da comunicação, etc.) que beneficiem o povo brasileiro. Chamamos este projeto de Projeto Popular para o Brasil”.
Em meus tempos de jovem e de Pastoral de Juventude, anos setenta e oitenta do século passado, as palavras-chaves eram: mudança, revolução, esperança, transformação, sonho, utopia. Os verbos: coragem de falar, participar, anunciar.
Não há de ser diferente hoje, anos dois mil, terceiro milênio, 2013. A crise do capitalismo neoliberal na Europa, a crise na Igreja católica levando à renúncia do Papa colocam a necessidade e a urgência do anúncio do novo. Hora de dizer: "Eis-me aqui, envia-me.” Hora de ser profeta, de soltar o grito, de ter coragem.
Como disseram os jovens da RECID na Carta final do 1º Encontro: "Após quatro dias de muita formação, mística e animação, concluímos que, onde estivermos, nossa principal luta é a defesa da VIDA. Voltaremos para nossos estados com o compromisso de partilharmos esta vivência junto aos companheiros e companheiros que lá ficaram. Acreditamos que a garantia de uma vida digna para as juventudes do Brasil se efetiva pela construção de um Projeto Popular que seja fruto da ampla mobilização do povo. Hoje, temos a certeza de podermos dizer: os desavisados que se cuidem, pois na nossa voz já se anuncia a manhã desejada!”
Como diz um dos programas da Secretaria Nacional da Juventude: Viva a JUVENTUDE VIVA!
Em primeiro de março de dois mil e treze.
Que significa hoje ser profetas em tempos de mudança?
D. Damasceno, presidente da CNBB e cardeal eleitor do próximo papa, disse que os cristãos devem pedir a Deus que os cardeais "possam também estar abertos aos sinais dos tempos”. O jornal pergunta: "O que significa sinais dos tempos para o senhor?” (FSP, 25.02.13, A16). D. Damasceno responde: "Significa mudanças profundas que todos nós experimentamos. Estamos falando hoje de uma mudança de época e não uma época de mudanças. Não são mudanças superficiais, mas que atingem a pessoa, os seus valores, o seu modo de viver, o seu estilo de vida, a sua maneira de julgar as coisas e de se relacionar com Deus, com o próximo, com a natureza.” Para D. Damasceno, a resposta aos sinais dos tempos é "uma igreja solidária com os pobres sobretudo, que esteja a serviço do mundo e não o mundo a serviço da Igreja.”
O texto da Campanha da Fraternidade (CF) fala do protagonismo dos jovens: "O protagonista é aquele que participa da sociedade e da Igreja de modo a influir significativamente nas transformações que fazem o mundo melhor”. E fala em protagonismo que dê sentido à vida, protagonismo que gere comunidade, protagonismo e experiência religiosa, protagonismo e compromisso na sociedade, protagonismo e a justa relação entre fé, razão e ciência.
O protagonismo na sociedade, segundo o texto da CF, significa que todas as organizações eclesiais juvenis são convocadas a se engajar plenamente nos trabalhos de edificação de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária. "A juventude é o tempo propício à formação para a cidadania. Sugere-se a participação nos Conselhos de Juventude, "recentemente criados no Brasil. Tais Conselhos buscam defender os direitos dos jovens e acompanhar as Políticas Públicas que os favoreçam.”
Diz o livro-texto: "Somos profetas quando animamos quem está fazendo o que é certo e quando protestamos e resistimos a propostas que prejudicam os direitos das pessoas”.
Os jovens estão hoje no turbilhão dos tempos de mudança, no centro das crises, seja do mundo, da economia ou da própria Igreja.
O 1º Encontro de Juventudes da Rede de Educação Cidadã (RECID) diz que a América Latina vive hoje um contexto de disputa de projetos. "Neste contexto assumimos a defesa de um projeto político para o Brasil identificado com a integração soberana dos países latino-americanos, com realização de reformas estruturais (reforma política, reforma urbana, reforma agrária, democratização da comunicação, etc.) que beneficiem o povo brasileiro. Chamamos este projeto de Projeto Popular para o Brasil”.
Em meus tempos de jovem e de Pastoral de Juventude, anos setenta e oitenta do século passado, as palavras-chaves eram: mudança, revolução, esperança, transformação, sonho, utopia. Os verbos: coragem de falar, participar, anunciar.
Não há de ser diferente hoje, anos dois mil, terceiro milênio, 2013. A crise do capitalismo neoliberal na Europa, a crise na Igreja católica levando à renúncia do Papa colocam a necessidade e a urgência do anúncio do novo. Hora de dizer: "Eis-me aqui, envia-me.” Hora de ser profeta, de soltar o grito, de ter coragem.
Como disseram os jovens da RECID na Carta final do 1º Encontro: "Após quatro dias de muita formação, mística e animação, concluímos que, onde estivermos, nossa principal luta é a defesa da VIDA. Voltaremos para nossos estados com o compromisso de partilharmos esta vivência junto aos companheiros e companheiros que lá ficaram. Acreditamos que a garantia de uma vida digna para as juventudes do Brasil se efetiva pela construção de um Projeto Popular que seja fruto da ampla mobilização do povo. Hoje, temos a certeza de podermos dizer: os desavisados que se cuidem, pois na nossa voz já se anuncia a manhã desejada!”
Como diz um dos programas da Secretaria Nacional da Juventude: Viva a JUVENTUDE VIVA!
Em primeiro de março de dois mil e treze.
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