Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
Diante da anulação do processo de julgamento do ex-presidente e ditador da Guatemala, General José Efraín Ríos Montt, e do ex-chefe de inteligência militar, general José Mauricio Rodríguez, que são acusados de serem responsáveis por 15 massacres que resultaram na morte de pelo menos 1771 pessoas da etnia indígena Mayas-Ixiles, entre os anos 1982 e 1983, em Quiché, a organização Todos por Guatemala iniciou uma campanha de coleta de assinaturas pedindo o apoio da população guatemalteca, organizações e pessoas de diversas partes do planeta para exigir justiça no caso.Depois de várias semanas do primeiro julgamento de um presidente na América, acusado por genocídio e por crimes contra a humanidade, a juíza Carol Patricia Flores, da Primeira Vara A de Maior Risco da Guatemala, anulou o processo no último dia 18 de abril, transgredindo sua jurisdição, debilitando o sistema de justiça guatemalteco e colocando em risco a vida de vítimas e testemunhas.
No entanto, a decisão não passou despercebida e não foi bem recebida por organizações sociais e de direitos humanos da Guatemala que veem na ação uma ameaça de "total impunidade e de mais violações de direitos humanos” no país. Para a organização Todos por Guatemala, o ato de suspender o julgamento contra o ex-ditador e seu chefe de inteligência "constitui uma manobra ilegal da parte da defesa e dos setores mais conservadores da sociedade guatemalteca” que põe em risco a consolidação de um Estado de Direito.
Através dessa mobilização, a organização e todos os/as assinantes pedem que a Corte de Constitucionalidade atue imediatamente para reverter e anular o parecer da juíza Carol Patricia Flores e dar continuidade no processo que pode marcar o fim da impunidade no país. Também pedem que o atual governo garanta o respeito à vida e aos direitos humanos das testemunhas e sobreviventes do massacre.
Aproveitando a ocasião, a campanha pretende pressionar o governo e o sistema de justiça da Guatemala para garantir a investigação efetiva, detenção e processamento judicial dos responsáveis pela repressão política, perseguição e assassinato contra líderes comunitários e de direitos humanos, já que nos últimos meses sete dirigentes foram assassinados e vários estão detidos em consequência da repressão contra o trabalho de defesa dos direitos de povos e meio ambiente.
Contexto
Fundador do partido Frente Republicana Guatemalteca, o General José Efraín Ríos Montt governou a Guatemala entre março de 1982 e agosto de 1983, período marcado pelos meses mais violentos e repressores dentro do contexto histórico de grandes conflitos entre grupos guerrilheiros e governo da guerra civil que ao todo durou de 1960 até 1996 e resultou em milhares de mortos e desaparecidos. De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% das violações de direitos humanos durante a guerra civil na Guatemala foram praticadas entre 1978 e 1984. Em 1999, Rigoberta Menchú, prêmio Nobel da Paz, denunciou casos de tortura, genocídios, terrorismo e prisões arbitrárias cometidas durante o governo do ex-ditador.
Para apoiar a causa e aderir sua assinatura, escreva para: info@todosporguatemala.org
No entanto, a decisão não passou despercebida e não foi bem recebida por organizações sociais e de direitos humanos da Guatemala que veem na ação uma ameaça de "total impunidade e de mais violações de direitos humanos” no país. Para a organização Todos por Guatemala, o ato de suspender o julgamento contra o ex-ditador e seu chefe de inteligência "constitui uma manobra ilegal da parte da defesa e dos setores mais conservadores da sociedade guatemalteca” que põe em risco a consolidação de um Estado de Direito.
Através dessa mobilização, a organização e todos os/as assinantes pedem que a Corte de Constitucionalidade atue imediatamente para reverter e anular o parecer da juíza Carol Patricia Flores e dar continuidade no processo que pode marcar o fim da impunidade no país. Também pedem que o atual governo garanta o respeito à vida e aos direitos humanos das testemunhas e sobreviventes do massacre.
Aproveitando a ocasião, a campanha pretende pressionar o governo e o sistema de justiça da Guatemala para garantir a investigação efetiva, detenção e processamento judicial dos responsáveis pela repressão política, perseguição e assassinato contra líderes comunitários e de direitos humanos, já que nos últimos meses sete dirigentes foram assassinados e vários estão detidos em consequência da repressão contra o trabalho de defesa dos direitos de povos e meio ambiente.
Contexto
Fundador do partido Frente Republicana Guatemalteca, o General José Efraín Ríos Montt governou a Guatemala entre março de 1982 e agosto de 1983, período marcado pelos meses mais violentos e repressores dentro do contexto histórico de grandes conflitos entre grupos guerrilheiros e governo da guerra civil que ao todo durou de 1960 até 1996 e resultou em milhares de mortos e desaparecidos. De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (ONU), 90% das violações de direitos humanos durante a guerra civil na Guatemala foram praticadas entre 1978 e 1984. Em 1999, Rigoberta Menchú, prêmio Nobel da Paz, denunciou casos de tortura, genocídios, terrorismo e prisões arbitrárias cometidas durante o governo do ex-ditador.
Para apoiar a causa e aderir sua assinatura, escreva para: info@todosporguatemala.org
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