segunda-feira, 27 de maio de 2013

Preços do grão recuam e atingem patamares mais baixos desde 2009


Durante esta semana, os futuros do café, negociados na Bolsa de Nova York (Ice Futures) registraram expressivos recuos, e atingiram níveis mais baixos desde 2009. Somente na última quarta-feira (22), o café arábica encerrou a sessão com mais de 400 pontos de queda nos principais vencimentos, e perdeu o importante patamar de US$ 1,30/ libra-peso no contrato julho. 
Segundo analistas, o sentimento do mercado é de tranquilidade em relação à oferta, fator que tem exercido pressão nas cotações. A expectativa é que a safra brasileira, mesmo sendo de ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade, seja uma grande produção.  Além disso, muitos cafeicultores brasileiros ainda detêm boa parte da safra do ano anterior para comercializar. 

No Brasil, as condições climáticas têm se mostrado favoráveis à colheita do grão, que avança nas principais regiões produtoras do país. Por outro lado, no Hemisfério Norte o clima começa a apresentar temperaturas mais elevadas, quadro que desfavorece o consumo de bebidas quentes em grandes países consumidores.
Frente a essa situação, os compradores que estavam adquirindo o café da mão-pra-boca, diante da crise econômica europeia, tendem a ficar menos agressivos. Fator que contribuiria para manter as cotações internacionais do grão pressionadas negativamente, conforme explica alguns analistas. 
Para completar o cenário, o reajuste no preço mínimo do café arábica para R$ 307,00, anunciado pelo Governo, mas sem uma medida que indicasse uma retração na oferta do país também contribui para exercer pressão negativa nos preços futuros. “Com os preços futuros mais baixos a consequência é imediata no mercado físico brasileiro e os produtores já encontram dificuldades em vender o café fino acima de R$ 290,00 a saca”, afirma o analista de mercado da Maximus Agentes de Investimentos, André Santaella.

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