CNI prepara estudo e convidou setor a contribuir com aspectos ambientais da produção do biocombustível, na Câmara Setorial do Biodiesel
A Associação dos Produtores de Biodiesel (APROBIO) participará do grupo temático sobre os benefícios ambientais do uso do biodiesel, criado na reunião de ontem (3/7) na Câmara Setorial do Biodiesel, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
O grupo contribuirá com o Plano Nacional de Mudança Climática, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria, que ontem teve sua representação aprovada na Câmara. O plano da CNI trata da parte do setor privado brasileiro no planejamento maior que o Ministério das Minas e Energia prepara para encaminhar às Nações Unidas como metas do Brasil para a redução da emissão de gases de efeito estufa, um dos compromissos assumidos na Conferência Rio+20 da ONU no ano passado no Rio de Janeiro sobre o clima.
A indústria do biodiesel tem, de fato, muito a contribuir com estes protocolos. Seu produto, segundo a Fipe/USP em estudo encomendado pela APROBIO no ano passado, evitou a emissão de 11 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente de 2008 a 2011, quando a mistura do biocombustível no diesel mineral passou de 2,43% para 4,90%.
De acordo com a FGV, em levantamento feito em 2010, se a mistura de biodiesel por litro de diesel fóssil, hoje em 5%, chegar a 10%, as emissões de CO² serão 8% menores. Com o chamado B20 (20% de mistura) a redução será de 12%. Os percentuais podem parecer pouco expressivos, mas quando se fala em milhões de toneladas equivalentes do gás, elas assumem sua real dimensão.
Com as presenças do presidente da APROBIO, Erasmo Battistella, do diretor superintendente da Associação, Julio Minelli, e do conselheiro Alexandre Pereira, que na Câmara representa a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), a reunião da Câmara tratou ainda de temas como a produção de canola, no âmbito da diversificação das matérias primas do biodiesel, do bioquerosene de aviação comercial e do trabalho da Frente Parlamentar da Agricultura, muito semelhante ao da Frente do Biodiesel, inclusive na composição de deputados e senadores.
O presidente da Câmara, o ex-ministro Odacir Klein, pediu uma maior interface entre as duas frentes para estimular o trabalho conjunto na defesa dos interesses do agronegócio e da agroenergia brasileira.
O representante da Associação Brasileira da Indústria do Óleo de Soja (ABIOVE), Leonardo Zíllio, fez uma projeção da produção de soja e óleo do grão até 2020, com base em dados do MAPA. Para aquele ano, o Ministério previra uma safra de até 105 milhões de toneladas, depois baixou para 87 milhões e agora está em 85 milhões. No seu entender, com esta produção, o fornecimento de óleo de soja para a produção de biodiesel não será problema, como o governo temia.
Atenciosamente,
Christiane Assef Nociti
Assessora de Comunicação
(11) 3031-4721
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