A principal economia da zona do euro (a Alemã) teve, em maio, o maior aumento no número de pessoas desempregadas desde 2009, provocando uma corrida no mercado de bonds. O mercado de renda-fixa está posicionado esperando a divulgação de estímulos monetários na reunião do Banco Central Europeu da próxima quinta-feira, dia 5 de junho.
As bolsas de ações subiram levemente na semana, apesar do crescimento magro do PIB americano no primeiro trimestre do ano, encerrando pelo quarto mês consecutivo em alta.
Os índices de commodities nos últimos cinco dias caíram, pressionados pelos grãos, metais preciosos e os componentes de energia, descontando parte do prêmio da crise na Ucrânia com a Rússia. Isto porque Vladimir Putin resolveu recuar suas tropas da fronteira ucraniana depois das eleições presidenciais, ao dizer que respeita o resultado das urnas.
Foto: Érico Hiller/ Café Editora
Na curta semana o café em Nova Iorque perdeu US$ 5.82 a saca, e em Londres US$ 3.96 a saca, influenciado pela divulgação da safra vietnamita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Houve um dia de alta, na quinta-feira, reação depois de uma notícia sobre o rendimento ruim da colheita de uma fazenda na região de Alfenas no Brasil, mas os compradores não deram sequência do movimento no dia seguinte.
A safra 14/15 do Vietnã foi estimada em 29.167 milhões de sacas pelo USDA, 167 mil sacas a mais do que a do ano anterior. Como alguns trabalhavam com uma perspectiva de queda de produção no próximo ciclo, o dado ajudou a tirar mais suporte dos preços, que já estavam fracos. O relatório aponta um constante incremento na área plantada, atingindo atualmente um total de 653 mil hectares – apesar do governo há algum tempo ter recomendado que a área não ultrapassasse os 500 mil hectares. Os preços praticados nos últimos anos têm estimulado o trato cultural, e a renovação do parque na ordem de 10% ao ano, com substituição das árvores mais velhas e menos produtivas. Não será surpresa vermos uma maior expansão da área e da produtividade nos próximos anos, gerando um suprimento que o mercado precisa, dada a demanda crescente pela variedade.
Do fórum organizado pela BM&F sobre o agronegócio, em São Paulo, saíram algumas entrevistas de participantes indicando a produção brasileira entre 48 e 55 milhões de sacas, e o estoque de passagem para o fim de junho entre 5.3 e 13 milhões de sacas, intervalos generosos, e que mudam significativamente o S&D mundial dependendo do número que se considere – nada novo até aqui.
Um importante “player” em um estudo detalhado da situação brasileira, diz não ser totalmente impossível, como muitos têm afirmado, que a safra 15/16 possa surpreender. Outro participante não arriscou falar em números para 15/16, mas também não está tão pessimista para a produção atual e a próxima. Claro que há tantos mais falando que não é bem assim, mas como os últimos relatórios têm sido menos alarmantes, e o cenário mais critico já foi bastante divulgado anteriormente, o sentimento (mais uma vez) vai se alterando e reflete na queda da bolsa.
O fechamento da semana não é de todo ruim, e o Commitments of Traders (COT) continua mostrando que ninguém está mexendo muito em suas posições, o que por ora não diz muito, mas preocupará em um segundo momento em função da posição comprada dos fundos.
Enquanto ficarmos dentro do intervalo entre 170.00 e 190.00 centavos as emoções devem ficar contidas.
Boa semana e muito bons negócios a todos.
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
As bolsas de ações subiram levemente na semana, apesar do crescimento magro do PIB americano no primeiro trimestre do ano, encerrando pelo quarto mês consecutivo em alta.
Os índices de commodities nos últimos cinco dias caíram, pressionados pelos grãos, metais preciosos e os componentes de energia, descontando parte do prêmio da crise na Ucrânia com a Rússia. Isto porque Vladimir Putin resolveu recuar suas tropas da fronteira ucraniana depois das eleições presidenciais, ao dizer que respeita o resultado das urnas.
Foto: Érico Hiller/ Café Editora
Na curta semana o café em Nova Iorque perdeu US$ 5.82 a saca, e em Londres US$ 3.96 a saca, influenciado pela divulgação da safra vietnamita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Houve um dia de alta, na quinta-feira, reação depois de uma notícia sobre o rendimento ruim da colheita de uma fazenda na região de Alfenas no Brasil, mas os compradores não deram sequência do movimento no dia seguinte.
A safra 14/15 do Vietnã foi estimada em 29.167 milhões de sacas pelo USDA, 167 mil sacas a mais do que a do ano anterior. Como alguns trabalhavam com uma perspectiva de queda de produção no próximo ciclo, o dado ajudou a tirar mais suporte dos preços, que já estavam fracos. O relatório aponta um constante incremento na área plantada, atingindo atualmente um total de 653 mil hectares – apesar do governo há algum tempo ter recomendado que a área não ultrapassasse os 500 mil hectares. Os preços praticados nos últimos anos têm estimulado o trato cultural, e a renovação do parque na ordem de 10% ao ano, com substituição das árvores mais velhas e menos produtivas. Não será surpresa vermos uma maior expansão da área e da produtividade nos próximos anos, gerando um suprimento que o mercado precisa, dada a demanda crescente pela variedade.
Do fórum organizado pela BM&F sobre o agronegócio, em São Paulo, saíram algumas entrevistas de participantes indicando a produção brasileira entre 48 e 55 milhões de sacas, e o estoque de passagem para o fim de junho entre 5.3 e 13 milhões de sacas, intervalos generosos, e que mudam significativamente o S&D mundial dependendo do número que se considere – nada novo até aqui.
Um importante “player” em um estudo detalhado da situação brasileira, diz não ser totalmente impossível, como muitos têm afirmado, que a safra 15/16 possa surpreender. Outro participante não arriscou falar em números para 15/16, mas também não está tão pessimista para a produção atual e a próxima. Claro que há tantos mais falando que não é bem assim, mas como os últimos relatórios têm sido menos alarmantes, e o cenário mais critico já foi bastante divulgado anteriormente, o sentimento (mais uma vez) vai se alterando e reflete na queda da bolsa.
O fechamento da semana não é de todo ruim, e o Commitments of Traders (COT) continua mostrando que ninguém está mexendo muito em suas posições, o que por ora não diz muito, mas preocupará em um segundo momento em função da posição comprada dos fundos.
Enquanto ficarmos dentro do intervalo entre 170.00 e 190.00 centavos as emoções devem ficar contidas.
Boa semana e muito bons negócios a todos.
*Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
Saiba mais sobre o autor desse conteúdo
Rodrigo Correa da Costa Nova Iorque - Nova Iorque - Estados Unidos
Nenhum comentário:
Postar um comentário