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Trabalho feito com tração animal deixa rua nivelada e permite mecanização.
Cafeicultura de montanha no Brasil ocupa área de 600 mil hectares.
Do Globo Rural
A cafeicultura de montanha no Brasil ocupa uma área de aproximadamente 600 mil hectares. A produção nesse tipo de relevo está concentrada nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, com algo em torno de 12 milhões de sacas por ano. Isso corresponde a 25% de tudo o que se colhe de café no país.
A beleza da paisagem contrasta com a dificuldade de se trabalhar em um terreno irregular. Seja qual for a tarefa na lavoura, o primeiro desafio é conseguir ficar em pé. Para o grão não descer morro abaixo, o trabalhador improvisa até uma escora para segurar o pano de colheita.
A declividade nas montanhas produtoras de café sempre foi um obstáculo para o agricultor. É o que ressalta o agrônomo José Braz Matiello, da Fundação Pró-Café. “Desde os tempos passados, quando a colonização foi feita nessa região, o café veio parar na montanha. O terreno é bom, o clima é bom, chove bem. Porque uma parte do dia pega sol, outra não pega. O café gosta dessa meia sombra.”
Para poder mecanizar, a Fundação Pró-Café, juntamente com a Federação da Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, propõe a construção do que tecnicamente vem sendo chamado de microterraceamento.
Na propriedade da família Degli Esposti, em Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, todo café está plantado em curva de nível.
O personagem que mais faz força no microterraceamento é o boi. “É preciso ter tração animal, porque se não seria muito mais difícil o acesso a essa lavoura”, explica Geraldo Degli Esposti, agricultor.
A rua entre uma carreira e outra de café deve ter no mínimo três metros de largura. São pelo menos quatro passadas até que o microterraceamento fique pronto. Como o boi anda em média dois quilômetros por hora, o trabalho em um hectare demora em torno de três dias.
“O trabalhador pode fazer todos os tratos que ele quer fazer. Adubar, é uma facilidade para botar o pano de colheita e além disso também segura a água da erosão. Toda água, todo adubo que coloca aqui vai infiltrar e vai favorecer muito a lavoura.”, explica o agrônomo Matiello.
“O trator que a gente usa é estreito, ele tem um metro mais ou menos, então a bitola dele dá para passar tranquila”, diz Matiello. Equipamentos pequenos já fazem parte da cafeicultura nacional, mesmo em áreas planas, porque as lavouras têm ficado cada vez mais adensadas.
Nas áreas onde o trabalho é mais antigo, o agricultor notou diferença não só na facilidade de lidar com a lavoura, mas também no vigor das plantas. “A gente vê nitidamente que as folhas estão crescendo. Agora nesse período não é típico de brotação nova e aqui a gente nota nitidamente que está saindo brotação nova”, explica o agricultor Fernando Degli Sposti. “Isso é sinal de produtividade no próximo ano.”
O microterraceamento com tração animal custa em torno de R$ 600 por hectare.
Veja o video da matéria no site do Globo Rural
Do Globo Rural
A declividade nas montanhas produtoras de café sempre foi um obstáculo para o agricultor. É o que ressalta o agrônomo José Braz Matiello, da Fundação Pró-Café. “Desde os tempos passados, quando a colonização foi feita nessa região, o café veio parar na montanha. O terreno é bom, o clima é bom, chove bem. Porque uma parte do dia pega sol, outra não pega. O café gosta dessa meia sombra.”
Na propriedade da família Degli Esposti, em Bom Jesus do Itabapoana, no noroeste do Estado do Rio de Janeiro, todo café está plantado em curva de nível.
O personagem que mais faz força no microterraceamento é o boi. “É preciso ter tração animal, porque se não seria muito mais difícil o acesso a essa lavoura”, explica Geraldo Degli Esposti, agricultor.
A rua entre uma carreira e outra de café deve ter no mínimo três metros de largura. São pelo menos quatro passadas até que o microterraceamento fique pronto. Como o boi anda em média dois quilômetros por hora, o trabalho em um hectare demora em torno de três dias.
“O trabalhador pode fazer todos os tratos que ele quer fazer. Adubar, é uma facilidade para botar o pano de colheita e além disso também segura a água da erosão. Toda água, todo adubo que coloca aqui vai infiltrar e vai favorecer muito a lavoura.”, explica o agrônomo Matiello.
“O trator que a gente usa é estreito, ele tem um metro mais ou menos, então a bitola dele dá para passar tranquila”, diz Matiello. Equipamentos pequenos já fazem parte da cafeicultura nacional, mesmo em áreas planas, porque as lavouras têm ficado cada vez mais adensadas.
Nas áreas onde o trabalho é mais antigo, o agricultor notou diferença não só na facilidade de lidar com a lavoura, mas também no vigor das plantas. “A gente vê nitidamente que as folhas estão crescendo. Agora nesse período não é típico de brotação nova e aqui a gente nota nitidamente que está saindo brotação nova”, explica o agricultor Fernando Degli Sposti. “Isso é sinal de produtividade no próximo ano.”
O microterraceamento com tração animal custa em torno de R$ 600 por hectare.
Veja o video da matéria no site do Globo Rural
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