Rede Social do Café
O novo método desenvolvido por Nixdorf utiliza um cromatógrafo, equipamento que separa os componentes, no caso, carboidratos, de uma mistura e provê o observador de gráficos contendo as proporções relativas de cada componente. A técnica funciona a partir da comparação entre os perfis de açúcares encontrados nas plantas que produzem os diversos tipos de café e nas que produzem as impurezas acrescidas ao café.
Assim, os tipos de açúcar mais abundantes nas espécies vegetais são utilizados como marcadores na fase de detecção de sua presença em uma amostra. A análise do café arábica, por exemplo, revelou que a galactose é o sacarídeo (açúcar) predominante neste tipo de café. Por outro lado, no triticale — adulterante comum, híbrido de trigo e centeio —, abunda a glicose, enquanto que, no açaí, predomina a manose.
Com o uso do cromatógrafo, é possível distinguir substâncias presentes em misturas aparentemente homogêneas de café e impurezas “com 95% de precisão”, segundo Nixdorf. A pesquisadora ressalta também ser possível avaliar a contaminação por partes da planta do café que não o próprio grão, como galhos e folhas, uma vez que estas partes se caracterizam por proporções distintas de carboidratos.
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Sobre o autor - Luiz Guilherme Trevisan Gomes
É graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Atualmente, cursa o MBA em Controladoria e Finanças na Universidade de São Paulo (USP). Entusiasta da razão e da ciência, fundou o espaço de divulgação científica Make It Clear Brasil, em 2013.
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