10/06/2015 16:30
Açaí é opção preferida dos estudantes da rede pública de ensino do município. Mudança na alimentação escolar foi possível graças ao PNAE e ao PAA
Belém, 10 – O mingau de açaí é a opção de merenda mais pedida pelos estudantes da rede pública de ensino da cidade de Igarapé-Miri (PA), a 140 quilômetros de Belém. O fruto, alimento tradicional do paraense, é comprado das famílias agricultoras do município de quase 60 mil habitantes, considerado a capital mundial do açaí.
Bartolomeu da Costa é um dos agricultores que vendem o produto para a merenda. “Os nossos filhos saem de casa e comem na escola o que nós produzimos”, diz Bartolomeu, com orgulho. “Antes, eles só tomavam esse mingau em casa; não tinha isso na escola”, disse ele, ao relatar sua experiência nesta quarta-feira (10) no 1º Encontro Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia, em Belém.
Bartolomeu e outras 60 famílias do assentamento Emanuel – organizadas em duas cooperativas – já comercializaram para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A mudança na alimentação escolar foi possível graças à lei que determina que, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) devem ser utilizados na alimentação escolar, com a aquisição de produtos da agricultura familiar local e regional. Já os alimentos comprados pelo PAA são destinados a entidades socioassistenciais para atender famílias em situação de vulnerabilidade social.
Para Bartolomeu, o desafio agora é vender mais para os programas. Ele explica que a experiência ensinou muito para as famílias, que agora conseguem também comercializar seus produtos em feiras da cidade, uma vez por mês. “Quando a gente vai para feira, vende tudo e muito rápido. E isso nos ensina que a população quer ter acesso a alimentos de qualidade.”
Qualidade – Ao participar do encontro temático, o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, ressaltou a importância da inserção do pescado – proteína de alta qualidade – na merenda escolar, a exemplo do estado do Acre e da experiência que está sendo criada no Pará. Ele falou também sobre a relação entre segurança alimentar e nutricional e produção de alimentos na região.
“A preocupação com a segurança alimentar e nutricional deveria estar presente sempre que falássemos sobre produção de alimentos no Brasil, especialmente na Amazônia. Temos um potencial enorme para produzir, mas nem sempre dedicamos atenção devida para transformar as potencialidades e a nossa produção em uma garantia de que todo brasileiro se alimente dignamente”, disse.
O ministro lembrou os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que mostram que o Brasil conseguiu reduzir à metade o número absoluto de pessoas subalimentadas, graças às ações como a valorização real do salário mínimo, programas de transferência de renda (Bolsa Família) e fortalecimento da agricultura familiar.
Helder reforçou que o desafio hoje é incentivar a população brasileira a ter hábitos alimentares mais saudáveis e combater o sobrepeso e a obesidade. “A pesca e a aquicultura têm um papel importante nesse cenário. E o caminho é claro: aumento de produção dentro de um contexto de inclusão social, pesquisa, educação, saúde, assistência técnica, associativismo, cooperativismo e, em um dos nossos maiores desafios, produção sustentável”, afirmou.
O 1º Encontro Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia é promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), com o apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
O evento é o primeiro de uma série de encontros temáticos preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o tema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”, a conferência nacional será promovida em Brasília, entre os dias 3 e 6 de novembro.
Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br
Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
Bartolomeu da Costa é um dos agricultores que vendem o produto para a merenda. “Os nossos filhos saem de casa e comem na escola o que nós produzimos”, diz Bartolomeu, com orgulho. “Antes, eles só tomavam esse mingau em casa; não tinha isso na escola”, disse ele, ao relatar sua experiência nesta quarta-feira (10) no 1º Encontro Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia, em Belém.
Bartolomeu e outras 60 famílias do assentamento Emanuel – organizadas em duas cooperativas – já comercializaram para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A mudança na alimentação escolar foi possível graças à lei que determina que, no mínimo, 30% dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) devem ser utilizados na alimentação escolar, com a aquisição de produtos da agricultura familiar local e regional. Já os alimentos comprados pelo PAA são destinados a entidades socioassistenciais para atender famílias em situação de vulnerabilidade social.
Confira:Segurança alimentar: desafio é garantir acesso dos povos tradicionais às políticas públicas
Governo federal reforça ações para fortalecer agricultura familiar no Pará
Encontro discute segurança alimentar e nutricional na Amazônia
Para Bartolomeu, o desafio agora é vender mais para os programas. Ele explica que a experiência ensinou muito para as famílias, que agora conseguem também comercializar seus produtos em feiras da cidade, uma vez por mês. “Quando a gente vai para feira, vende tudo e muito rápido. E isso nos ensina que a população quer ter acesso a alimentos de qualidade.”
Qualidade – Ao participar do encontro temático, o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, ressaltou a importância da inserção do pescado – proteína de alta qualidade – na merenda escolar, a exemplo do estado do Acre e da experiência que está sendo criada no Pará. Ele falou também sobre a relação entre segurança alimentar e nutricional e produção de alimentos na região.
“A preocupação com a segurança alimentar e nutricional deveria estar presente sempre que falássemos sobre produção de alimentos no Brasil, especialmente na Amazônia. Temos um potencial enorme para produzir, mas nem sempre dedicamos atenção devida para transformar as potencialidades e a nossa produção em uma garantia de que todo brasileiro se alimente dignamente”, disse.
O ministro lembrou os dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que mostram que o Brasil conseguiu reduzir à metade o número absoluto de pessoas subalimentadas, graças às ações como a valorização real do salário mínimo, programas de transferência de renda (Bolsa Família) e fortalecimento da agricultura familiar.
Helder reforçou que o desafio hoje é incentivar a população brasileira a ter hábitos alimentares mais saudáveis e combater o sobrepeso e a obesidade. “A pesca e a aquicultura têm um papel importante nesse cenário. E o caminho é claro: aumento de produção dentro de um contexto de inclusão social, pesquisa, educação, saúde, assistência técnica, associativismo, cooperativismo e, em um dos nossos maiores desafios, produção sustentável”, afirmou.
O 1º Encontro Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia é promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), com o apoio da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
O evento é o primeiro de uma série de encontros temáticos preparatórios para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Com o tema “Comida de verdade no campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”, a conferência nacional será promovida em Brasília, entre os dias 3 e 6 de novembro.
Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br
Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
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