segunda-feira, 8 de junho de 2015

J.Hawilla teria cobrado US$ 30 milhões de propina da Nike, afirma "WSJ"


Redação Portal IMPRENSA 08/06/2015 09:00
O jornalista e empresário José Hawilla, proprietário da empresa de marketing esportivo Traffic, teria cobrado US$ 30 milhões de propina da Nike em contrato negociado entre a empresa e o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. 

Crédito:Divulgação
Jornal afirma que jornalista cobrou US$ 30 milhões de propina da Nike
Segundo o Wall Street Journal, o valor teria sido uma exigência para que a marca estampasse seu logo na camisa da seleção. A negociação, estimada em US$ 200 milhões, chegou a ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em 1998.

Philip Knight, um dos fundadores da Nike, ficou surpreso ao receber a informação. "Ficamos um pouco surpresos com a política do futebol e de como os negócios são feitos nesse mundo", afirmou. "De certa forma, é o mais político de todos os esportes". De acordo com o jornal americano, o empresário está colaborando com as investigações.
 
A Traffic foi autorizada a cobrar US$ 40 milhões da Nike e recebeu cerca de US$ 30 milhões durante três anos, que teriam sido destinados ao pagamento de propinas. No ano passado, a empresa faturou aproximadamente 500 milhões de dólares. 

Hawilla, um dos principais envolvidos no escândalo de corrupção da Fifa, é um dos réus que se declararam culpados pelas acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

Grampos

Uma reportagem do jornal Miami Herald revela ainda que o jornalista usava grampos telefônicos desde 2013, após um acordo feito por ele para contribuir com a Justiça americana nas investigações.  

De acordo com a reportagem, Hawilla gravou conversas com outros envolvidos em esquema de pagamento de propina e lavagem de dinheiro ligados a contratos de futebol, incluindo o então presidente da CBF, José Maria Marin, um dos presos quando a operação foi deflagrada na Suíça, durante congresso da Fifa no qual seria eleito um novo presidente.

A publicação informa que a conversa obtida pelo FBI entre Hawilla e Marin ocorreu em abril de 2014, em Miami. Durante o diálogo, eles trataram da distribuição de propina - R$ 2 milhões anuais - relacionada aos direitos de transmissão da Copa do Brasil. Marin teria sugerido que Ricardo Teixeira deveria parar de receber e que o dinheiro passasse a ser encaminhado para ele e a Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF.

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